Oi pessoal, tudo bem com vocês? Depois de uma pausa por aqui, afinal todo mundo merece um descanso né… Volto trazendo algumas palavras para refletirmos e ter esperança de tempos melhores. Afinal, creio que ninguém irá esquecer 2020, não é mesmo? Que ano! Um vírus muito louco surgiu do outro lado do mundo e em questão de poucos meses, a população mundial estava confinada em casa.
No início de 2020, decidimos adotar um cachorro, o Brownie. Mal eu sabia que ele seria a alegria dos dias de quarentena. Poucos meses depois, aliás, dia 17 de março, a minha empresa mandou todo mundo para casa. Até então, por apenas 15 dias. Deixei no escritório mil coisas, no pensamento de pegar tudo duas semanas depois. Inclusive, nós fizemos um bolão entre os funcionários, para adivinhar quando o Covid-19 iria embora. Obviamente ninguém acertou.
Resultado final dessa história? Voltei para o escritório em setembro, mas para retirar todas as minhas coisas de vez, já que estava trocando de emprego. Uma luz de esperança que muitos não tiveram…
Passei meu aniversário em casa, comemorando com delivery de sushi e bolo brasileiro (para quem não sabe, moro no Canadá). Pois bem, 10 dias depois, repetimos a dose no aniversário do meu marido. Em junho, meus pais viriam para ver a Fórmula 1 aqui em Montreal. O voo deles foi cancelado, assim como o evento e todos outros que viriam logo depois. Um reflexo do agravamento do que era já uma pandemia declarada.
O verão chegou e com ele o desespero de sair de casa. Aqui em Montreal, passamos por 6 meses de inverno, então o verão tem que ser realmente aproveitado. O governo flexibilizou e deixou o povo se encontrar em restaurantes e bares. Claramente por pressão da sociedade. Reflexo disso? Tudo fechado desde o dia 01/10. Muitos restaurantes que eu amava acabaram falindo, nem sei como as academias vão ter forças para reabrir… Hoje, dia 20/01/2021, estamos em lockdown com toque de recolher das 20h às 5h. Loucura! Nunca pensei viver algo assim.
Mas, voltando para 2020… Apesar de estar no Canadá e a situação estar relativamente sob controle, meus parentes e amigos vivem no Brasil. Ou seja, tenho dias de terror. Como dormir sabendo que seu pai e irmão precisam trabalhar presencialmente? Que a sua amiga é grupo de risco? Que a sua avó está isolada e sozinha? Difícil! Acho que ninguém conseguiu dormir tranquilamente nesses últimos meses. Que dirá ter esperança de dias melhores, não é mesmo?
Porém 2020 veio pra mostrar que a gente não controla nada. Sim, devemos fazer planos e correr atrás dos nossos sonhos. Contudo, a gente não tem poder de nada. Simples assim! O último ano, aquele que todos preferem esquecer, trouxe a distância para muitas pessoas. A falta do riso, carinho e abraço pesaram dia após dia.
O ano de 2020 levou muita gente querida, deixando um buraco na vida das pessoas que ficam. A pandemia e tudo que ela engloba, fez a gente se readaptar: rotina, trabalho, alimentação, serviços, encontros… Viramos nossa vida de cabeça para baixo e tá difícil desvirar. Aliás, será que algum dia teremos de volta o nosso “normal”?
Olhando para trás, eu vejo o quanto 2020 foi necessário. Parece loucura dizer isso, mas não é. Óbvio que não me refiro no sentido de sofrimento e perdas. Mas de evolução! Eu tive que desacelerar, reaprender, sair da minha zona de conforto. Precisei aprender a ter paciência. Bem como aceitar o processo das coisas, zelar por mim e minha família. Foi um ano desafiador, para dizer o mínimo. No entanto, que trouxe muito conhecimento e aprendizado. Acredito que se a pessoa não evoluiu em 2020, ela não evolui nunca mais!
Sei que olhamos para 2021 e suplicamos para que ele seja melhor. E vai ser. Há sim esperança a nutrir dentro de nós. Afinal, já diz o ditado que, esperança é a última que morre. E as vacinas chegaram! As pessoas já estão sendo imunizadas pelo mundo. E logo logo, poderemos viajar, encontrar, abraçar e celebrar da forma que amamos.
Porém, não podemos depositar toda nossa esperança em um ano, sem fazer a nossa parte. Até porque, a vacina não irá resolver tudo. Diariamente temos e teremos que seguir fazer nossa parte. Querer um ano melhor e uma vida “normal” sem usar máscaras e álcool, fazendo festinhas clandestinas, não respeitando distanciamento social… Difícil progredir, né? Depois culparemos o ano pelos nossos próprios erros.
O que eu quero dizer é: 2021 é sim o ano da esperança, mas isso só vai acontecer se a gente fizer a nossa parte. Tenho fé que tão logo viveremos momentos melhores. E vocês? #ficaemcasasepuder
Um beijo e vamos juntos!
Gi
Foto do destaque: Pixabay
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