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24 horas em Chamonix, a estação de esqui mais famosa da França

Primeiramente, Feliz Ano Novo! Que o ano de todos vocês venha com muita luz e, claro, muitas viagens. Terminei 2016 turistando pela Itália (foram 11 cidades em 10 dias!) e obviamente que vem coisa boa por aí. Aguardem! Mas, enquanto não rola um especial italiano por aqui no TRAVELPEDIA, seguirei na onda do inverno, frio, neve e ski.

Morando aqui em Lyon, tive a oportunidade de visitar Chamonix, a cidade mais badalada para a prática do ski e esportes de inverno na França – e ouso a dizer da Europa! Como já tinha outras viagens programadas durante a estação (dezembro a fevereiro), dei um jeitinho de – ao lado do maridão – passar um dia lá em um feriado nacional de novembro. A viagem de carro é bem rápida: foram 2h30 de estrada, ou seja, o combo Lyon + Annecy + Chamonix super funciona e é um bom roteiro para quem quer conhecer a região dos Alpes franceses. (Ao final desta matéria você encontra os links para saber mais sobre Lyon e Annecy).

Foto: Pixabay

Quando programei a viagem, até esperava que o tempo estivesse ao maior estilo Frozen, mas, para a minha surpresa, na semana planejada, nevou o esperado para o mês de dezembro todo! Era muita neve, muita mesmo! E lógico que fiquei contente, pois o cenário iria mudar muito.

Bom, cheguei de manhã de carro e a maior dificuldade foi saber lidar com a neve na estrada. O nosso carro não tem pneus específicos para essa situação, assim, tivemos que dobrar a atenção e cuidado. Nosso hotel, o Best Western Plus Excelsior Chamonix Hôtel & Spa, ficava mais afastado do centro, pois ele fica entre as montanhas. Foi meio difícil chegar por conta da neve e pelo fato de o carro ter atolado na porta do hotel (sorte que os moradores pararam para nos ajudar). Tirando o “perrengue”, valeu muito a pena a escolha da hospedagem.

Foto: Pixabay

O panorama é maravilhoso, e demos sorte, nosso quarto tinha vista direta para as montanhas. O diferencial é que o hotel é inteiro feito de vidro, dando a impressão de que estamos realmente no meio da floresta. Não é todo o dia que se pode tomar café da manhã ou aproveitar a sauna e jacuzzi vendo a neve cair, não é mesmo? Minha única dica é: se estiver nevando, pague a parte o estacionamento coberto, assim você conseguirá sair e voltar sem perder tempo tirando toda a neve de cima e do caminho do seu carro.

Após deixarmos as malas no hotel, fomos conhecer o centro da cidade. Eu amei a arquitetura, daquelas bem típicas da região – uma graça, cheia de construções históricas. E, apesar de toda a antiguidade, há muitas lojas, restaurantes e hotéis por lá. O centrinho é bem completo e é gostoso passear por lá. Se você busca comprar (ou até mesmo alugar) equipamentos para praticar esportes de inverno, ali é o lugar. Você encontrará desde marcas populares até profissionais, com preços bem em conta.

Como estava nevando muito na hora do almoço, optamos por um local onde pudéssemos ver a beleza dos floquinhos. O escolhido foi o Chalet 4810 para um delicioso brunch. Foi uma média de € 17 pra cada um, mas valeu a pena. Fora o visual, a refeição incluía muitos tipos de pães, geleias e cremes de avelãs artesanais, suco de laranja feito na hora, café, salada, ovos, frutas…  Uma infinidade de coisas. Foi a melhor opção que fizemos para aguentar com energia o resto do dia. Agora vamos ao que de fato interessa…

O que fazer em Chamonix?

Foto: Pixabay

L’Aiguille du Midi – É o maior teleférico do mundo em subida vertical – ele sobe entre os picos que cercam o Mont Blanc. É, além do mais cheio, o mais caro (€ 60 ida e volta). Mas tudo tem o seu preço: ao chegar lá em cima, você se depara com a vista mais bonita da região e, em dias claros, dá para ver todos os Alpes (franceses, suíços e italianos). Infelizmente, quando fui, o bondinho estava fechado e acabei indo no único aberto: o Flégère.

Flégère – Saindo do centrinho, o bonde sobe 1894 metros de altura. Nós paramos no meio de uma estação de esqui, que ainda estava fechada. Apesar de não poder praticar nenhum esporte, eu e o Amine (meu marido) brincamos na neve, tiramos muitas fotos e apreciamos uma vista inesquecível. Já tinha visto neve antes, mas não nessa quantidade. Foi uma experiência muito legal. O melhor foi o preço: € 17,50 (ida e volta).

Mer de Glace – Mais uma infelicidade na nossa conta, outra atração que estava fechada. O “mar de vidro” é uma das maiores geleiras da Europa e fica em um dos vales dos Alpes. Apesar de já ter perdido mais de 70% do seu tamanho original, devido ao aquecimento global, a atração ainda continua sendo requisitada pelos turistas. A impressão que se tem ao ver é um lago eternamente congelado, com um plus de cavernas de gelo. Para chegar ate lá é possível pegar um trenzinho turístico no centrinho ou fazer uma trilha (que pode ser perigosa no inverno extremo).

Tirando os passeios acima, as maiores atrações de Chamonix, claro, são os esportes de inverno, como o snowboard e a patinação no gelo. As pistas, normalmente, abrem em dezembro e fecham em março, mas tudo depende da quantidade de neve que cai. Todas as informações, tanto de preços, quanto de pistas e teleféricos abertos, podem ser encontradas no site oficial: www.chamonix.com.

Foto: arquivo pessoal/ Gi Ferraz

Depois da brincadeira voltamos ao hotel, aproveitamos a área de lazer e saímos para jantar. O restaurante escolhido foi o La Télécabine, no centro da cidade. O local é lindo, todo decorado com objetos dos Alpes, inclusive algumas mesas são dentro de bondinhos do teleférico. Pedimos um vinho sugerido pelo garçom e o famoso fondue de queijo da região, feito com comté e cogumelos. Estava – sem exagero – maravilhoso! O preço do prato é médio, € 21 por pessoa. Se ainda tiver espaço, peça de sobremesa os profiteroles feitos na casa, com sorvete de baunilha e calda de chocolate. Hummm!

Nós pegamos a estrada de volta para Lyon na manhã seguinte, dando adeus às lindas montanhas de Chamonix. Se valeu a pena? Muito! A cidade é maravilhosa, comemos super bem e nos divertimos feito crianças na neve. Conseguimos aproveitar mesmo tendo passado apenas 24h por lá. Contudo, minha dica é: fique 1 ou 2 dias, caso não haja esportes de inverno disponíveis e se tiver, separe 5 dias, pois as pistas de esqui são realmente imperdíveis.

Como chegar?

O aeroporto mais próximo é o de Genebra, na Suíça, e o translado pode ser feito através de trens, vans ou carros. Eu sugiro alugar um veículo, pois, além do preço, normalmente mais barato que o trem, você tem mobilidade na cidade. Mas não faça como a gente – verifique os pneus para rodar na neve!

Bom, é isso! Curtiram saber um pouco mais de Chamonix? Alguém já foi? Conta para gente. E fiquem de olho por aqui, pois além de algumas mudanças pessoais, o Especial Itália está por vir e vai ser lindo. Mamma mia!

See you soon!

Bisous,

Gi

 

Foto do destaque: Pixabay
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