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5 passos para tirar o passaporte italiano

O passaporte italiano ainda é o desejo de muitas famílias brasileiras. E pelos mais diversos motivos: turismo, estudo, trabalho, aposentadoria, moradia empreendedorismo, entre outros. O documento, que abre as portas para países europeus e os Estados Unidos, é considerado um dos passaportes mais fortes do mundo, e seu proprietário tem à disposição inúmeros benefícios.

CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra, Renato Lopes conta que ter o passaporte italiano é um dos grandes atrativos para investir nos EUA. “O brasileiro que possui a dupla cidadania da Itália pode entrar no país com o visto E-2, de investidor, com aportes de até US$ 150 mil a depender do ramo de atuação, bem diferente dos que não têm a cidadania italiana, onde o investimento deverá estar na casa dos US$ 900 mil.”, explica.

Para quem deseja uma formação escolar/universitária ou mesmo profissional, o passaporte italiano também é ponto de partida importante tanto nos EUA como na Europa. “A cidadania dá acesso a seus portadores a todos os direitos dentro de um país, como educação, saúde, aposentadoria públicas e o direito de trabalho reconhecido. Na educação superior, a Europa tem como atrativo diversos programas de benefícios e descontos, com universidades que cobram anuidades acessíveis.”, completa o executivo.

Confira 5 passos importantes para ter o sonhado passaporte italiano:

1) Quem tem direito à cidadania

No Brasil, são estimados que cerca de 35 milhões de descendentes de italianos que aqui vivem têm direito ao passaporte italiano. Segundo Renato Lopes, existem algumas regras para antes de saber se há ou não direito à cidadania. “A legislação italiana não exige um grau mínimo de parentesco entre o requerente e o ascendente italiano da família, então pode ser via pai, mãe, avós, bisavós, tataravós, entre outros. No entanto, a única exigência é a de que o italiano que imigrou para o Brasil não tenha se naturalizado brasileiro antes do nascimento do primeiro filho.”, explica Lopes.

2) A documentação

Após atestar que o requerente é habilitado para pleitear a dupla cidadania, o próximo passo é juntar o máximo de documentação. Tanto dos parentes italianos quanto dos familiares que desejam ter o passaporte. “Tal etapa é muito importante. Já que essa documentação será necessária para atestar que o requerente no Brasil é passível de ser reconhecido como cidadão italiano. Por isso, o fundamental é que as famílias juntem o máximo de documentos: certidões de nascimento, casamento, óbito, documentos de identificação do parente italiano e dos familiares brasileiros.”, informa.

3) Os tipos de pedido de cidadania

Atualmente, para se obter a cidadania italiana existem três vias: pela comune na Itália, (ou seja, por residência), através do Consulado no Brasil, ambos de forma administrativa, e por meio de uma ação judicial no tribunal de Roma. “Hoje, os processos judiciais, além de mais seguros contra as fraudes, são os que têm apresentado o menor tempo para a finalização de toda a requisição do passaporte.”, comenta Lopes. Neste modelo, o requerente ingressa com uma ação judicial na Itália e espera o deferimento ou indeferimento do juiz competente.

4) Os prazos da Justiça italiana

Uma vez protocolada a ação judicial lá na Itália, para o reconhecimento da cidadania italiana, não há um prazo fixo estipulado pela Justiça no país para o juiz apreciar o processo. “Em média, os processos que vão da Itália ao Brasil têm levado cerca de 12 a 18 meses para que o requerente tenha a decisão transitada em julgado. Ou seja, a decisão final do seu pedido.”, pontua o executivo.

5) A transcrição da comune e o passaporte italiano

Com a decisão transitada em julgado, o requerente ainda terá que esperar um prazo de 3 a 4 meses para que a comune na Itália transcreva a decisão judicial e referente o deferimento do reconhecimento como cidadão italiano do requerente brasileiro. “Essa transcrição dá direito ao documento necessário para dar entrada ao passaporte italiano em qualquer consulado no Brasil. Dá para dizer que do protocolar da ação judicial no tribunal de Roma ao documento da comune, o processo todo leva, em média, de 21 a 24 meses.”, conclui o CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra.

Foto: Shutterstock
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