NOVA YORK – Recentemente contei aqui que há meses venho me preparando para esse evento. A curiosidade e a novidade de participar da super exclusiva festa branca, Dîner en Blanc, que começou há 70 anos na França, foi motivo de muita antecipação para mim.
Aos poucos se tinha um conglomerado branco de 50 pessoas. Já começamos a chamar um pouco a atenção das pessoas no parque (haviam três grupos de 50 pessoas). Feito o “check in”, a líder nos guia para o metrô e dá as instruções de qual estação descer (o local da festa ainda era uma incógnita para os convidados – aí estava o “quê” secreto do evento).
Os três conglomerados então se juntam e assim temos 150 pessoas, andando em fila, descendo as escadas do metrô. Um grupo se concentra na frente, outro no meio e o terceiro no final. Os participantes, empolgadíssimos, começam a interagir, ansiosos e já tentando deduzir onde será a festa. A reação das pessoas no metrô é bastante divertida, e parte da experiência em si.
Isso foi motivo de frustração a todos no meu grupo. Quando finalmente fomos liberados, cada casal (o membro tem direito a levar um acompanhante) tinha um número de fila e deveria segui-lo para saber onde possificar a mesa. Para minha alegria de estreia, o local do Dîner en Blanc Nova York 2016 foi nada mais, nada menos que em uma das minhas áreas prediletas da Big Apple – o Battery Park City (mais precisamente, atrás do Jewish Heritage Museum), com uma vista incrível da Estátua da Liberdade.
As meninas que vieram atrás de mim não seguiram as regras e levaram uma mesa tamanho extra o que me frustrou, já que fiquei dias procurando a certa para seguir as regras. Primeiro porque eu não consegui montar a minha direito, segundo que a delas destoava. Além disso, eles pedem para levar decoração e pratos de porcelana, o que causa um efeito mágico. Elas levaram sushi com copos plásticos e zerro decoração. Me incomodou olhar para a mesa delas, já que todos os outros convidados se esforçaram tanto. No mais foi muito bacana andar pelos corredores e olhar milhares de mesas, todas brancas, com pessoas de branco, decorações fofíssimas e de bônus: vista para o principal ícone de Nova York.
Mas, apesar dos incômodos até então, após montar minha mesa, tomar duas taças de vinho e comer o meu jantarzinho – que fiz com todo o carinho com o meu marido -, finalmente relaxei. Na sequência do jantar, que ocorre assim que todos os grupos terminam de montar seus lugares e balançam seus guardanapos brancos no ar, começa a festa, super animada com DJ.
Infelizmente termina cedo, às 22h, o que me deixou com gostinho de quero mais. Ainda mais que nós do Brasil não temos hora para encerrar agito (rs). Certamente a palavra MAGIA define o evento. Dos preparativos, até a ida ao metrô e o local final, ver as mesas e as roupas dos participantes, a balada… As pessoas estão compartilhando com você essa experiência, e todos tem um sorriso no rosto e uma energia intensa (menos eu na montagem e na hora de ir embora – não foi fácil voltar ao metrô com todas as tralhas), mas virei uma super fã do Dîner en Blanc. Com adaptações no futuro, como, por exemplo, comprar o jantar para evitar carregar peso, um cart mais poderoso, e certamente, uma compra extra de garrafa de vinho. Já estou contando os dias para a próxima edição.
Fotos: Patricia Toussie e divulgação