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AGRA – Taj Mahal é obra prima da arquitetura mundial

O ponto alto da aventura do TRAVELPEDIA na Índia tinha que ficar no final e para gravar na memória para sempre. Impossível imaginar uma viagem ao país e não pensar no majestoso Taj Mahal. O complexo tem 17 mil metros quadrados classificado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco e como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Ele está na cidade de Agra, no estado de Uttar Pradesh, a 200 km de Nova Délhi.

Obra prima da arquitetura mundial, o famoso mausoléu é um dos pontos turísticos mais visitados do planeta – e que inspirou a famosa música do nosso Jorge Ben Jor. O imponente Taj Mahal foi construído pelo príncipe Shan Jahan para celebrar seu amor por sua esposa favorita, Arjumand Banu Begum, chamada Mumtaz Mahal, que significa a favorita do palácio. Ela morreu aos 39 anos após dar à luz ao seu 14º filho.

Joia arquitetônica feita toda em mármore

Foto: Volker Glätsch/Pixabay

Totalmente construído com mármore branco e com ornamentos em diferentes tipos de pedras semipreciosas encravadas, levou 22 anos para ficar pronto – 1630 a 1652. Mais de 20 mil homens, milhares de mulas e cerca de mil elefantes trabalharam na sua construção. Inegavelmente é uma verdadeira joia da arquitetura. Todas as quatro faces do mausoléu são idênticas e possuem um arco central de 33 metros de altura.

Ademais, o Taj Mahal está cercado por quatro minaretes de 41 metros cada e ladeado por uma mesquita e uma réplica dessa, cuja única função é dar equilíbrio visual ao conjunto da obra. O vistoso domo com base cilíndrica de 7 metros suporta a abóbada de 35 metros de altura. A tumba de Mumtaz Mahal está bem no centro do mausoléu.

Inscrições tiradas do Alcorão – livro sagrado dos muçulmanos – cobrem os muros da edificação. Para garantir flexibilidade em casos de terremotos, 82 poços d’água foram escavados. O jardim que antecede a entrada simboliza o paraíso e contém flores, fontes e ciprestes – árvores que representam a morte.

Obra custou cerca de US$ 1,5 bilhão

Foto: Richard Mcall/Pixabay

Em valores atualizados o Taj Mahal teria custado mais de 40 milhões de rupias, o equivalente a US$ 1,5 bilhão. Atualmente, o complexo recebe cerca de 3 milhões de visitantes por ano. Os ingressos têm que ser comprados um dia antes da visita e custam mil rupias (US$ 40) para estrangeiros. Indianos pagam apenas 40 rupias. O monumento não abre às sextas-feiras.

Taj Mahal preto – De acordo com os guias que levam turistas ao mausoléu, Shan Jahan tinha planos de construir uma réplica do Taj Mahal usando mármore negro do outro lado do Rio Yamuna. Entretanto ele foi deposto por um dos seus filhos que desejava se apoderar do trono. Passou 12 anos preso no palácio até morrer em 1666 com 74 anos de idade. Durante o período de cárcere só conseguia ver o Taj Mahal através de uma pequena janela de sua cela.

Shan Jahan foi enterrado ao lado da sua amada. Ambos os sepulcros repousam sobre plataformas e toda a sua superfície é decorada com incrustações florais com cores e inscrições alusivas ao amor do casal.

Taj Mahal merece várias visitas

Foto: Taj Mahal em noite de lua cheia (Incredible India)

Se tiver tempo não se limite a uma única visita ao Taj Mahal. O mármore branco utilizado é translúcido e muda de cor de acordo com a luz exterior. Assim, ao nascer do sol, por exemplo, ele adquire coloração dourada. Contudo, em noites de lua cheia a experiência imperdível. O passeio noturno pelo mausoléu está disponível cinco noites por mês, incluindo a que a lua cheia aparece, bem como outras duas – antes e depois. Mas, independentemente da hora da visita, acredite, será sempre impactante estar ali e poder apreciar o impressionante mausoléu.

Entre as muitas histórias que envolvem o Taj Mahal, uma delas chama mais a atenção. De acordo com ela, o imperador Shan Jahan teria mandado cortar as mãos de todos os artesãos que trabalharam em sua construção  para que eles nunca mais pudessem produzir outra obra de tamanha magnitude e beleza.

Outros atrativos na cidade

Foto: Roberto Maia/Travelpedia

Entretanto, o Taj Mahal não é o único tesouro de Agra. Antiga capital do Império Mongol, que dominou boa parte do território da Índia e do Paquistão entre os séculos 16 e 18, a cidade guarda também outros importantes patrimônios da humanidade. Situada às margens do Rio Yamuna, o roteiro turístico deve também incluir a visita a outros diversos palácios, mesquitas, muralhas e monumentos.

Agra tem diversos bazares, shoppings, hotéis luxuosos e restaurantes requintados que servem deliciosas iguarias contemporâneas. Aliás, a cidade é um paraíso para compras de produtos trabalhados manualmente como mármore e incrustações de pedras.

Forte Agra

Portão Amar Singh (Foto: Roberto Maia/Travelpedia)

Também conhecido como Forte Vermelho, essa fortaleza foi construída entre 1565 e 1573 pelo imperador mongol Akbar. Dentro de seus muros de 2,5 quilômetros está uma impressionante cidade imperial.

A obra foi concluída pelo neto de Akbar, Shah Jahan, o mesmo do Taj Mahal, que teria acrescentado os monumentos edificados em mármore. Entretanto, originalmente haviam quatro portões de entrada. Dois deles foram murados e apenas um está aberto atualmente – o portão Amar Singh.

Ao entrar na fortaleza chama a atenção o palácio Jehangir Mahal, que teria sido construído por Akbar como o quarto das mulheres e que leva o nome de seu filho, Jehangir. Ao lado dele está um outro palácio construído para Jodha Bai, considerada a rainha favorita do imperador.

Interior do Forte Agra (Foto: Roberto Maia/Travelpedia)

Dentro do complexo estão dependências impressionantes como uma sala de audiência privada (Diwan-i-Khas) e uma para audiências públicas (Diwan-i-Aam). Também já abrigou o lendário Trono do Pavão, que posteriormente foi levado para o Forte Vermelho em Délhi, quando Shah Jahan mudou a capital para lá.

Existem duas mesquitas dentro do Forte Agra, a Nagina Masjid, que foi construída por Shah Jahan como uma mesquita particular para as damas da corte, e Mina Masjid, erguida exclusivamente para seu próprio uso.

O Musamman Burj é outra estrutura interessante. Trata-se de uma torre octogonal com um pavilhão aberto. De acordo com historiadores, foi onde o imperador Shah Jahan morreu, preso e olhando para o seu querido Taj Mahal. Há, ainda, o Khas Mahal, construído em homenagem a Jahanara Begum, a filha mais velha de Shah Jahan; e o Sheesh Mahal (Palácio de Vidro), que teria sido o camarim das rainhas. Suas paredes são incrustadas com vários pequenos espelhos.

Show de luzes e som – Uma outra atração para os visitantes no Forte Agra é a apresentação realizada pelo Departamento de Turismo de Uttar Pradesh e que mostra a história gloriosa da fortaleza.

Fatehpur Sikri

Foto: Roberto Maia/Travelpedia

Cidadela erguida entre 1572 e 1585 pelo imperador Akbar para ser a capital do Império Mongol. Fatehpur Sikri, que significa Cidade da Vitória, foi abandonada 20 anos depois por escassez de água.

Construída com arenito vermelho, possui uma bela mesquita e três palácios, um para cada uma de suas três esposas favoritas. Fatehpur Sikri tem locais chamados Aankh Michauli e Pachisi que seria onde o imperador se entretia com um jogo de tabuleiro indiano – em uma versão em tamanho natural – com suas rainhas. Mas, de acordo com uma lenda, no jogo o imperador utilizava mulheres no lugar das peças.

Foto: Roberto Maia/Travelpedia

Jama Masjid – Uma das maiores mesquitas da Índia, mostra a assimilação de elementos arquitetônicos iranianos. Ela foi construída em 1648 por Jahanara Begum, filha do imperador Mughal Shah Jahan.

Tumba de Salim Chishti – Um oásis branco no meio do arenito vermelho, atrai milhares de turistas anualmente. Muitos devotos vêm de longe com seus “mannats” (desejos) e amarram um fio para cada desejo, esperando que o santo sufi os abençoe e os torne realidade. No aniversário da morte do xeique Salim Chishti, conhecido como “Urs”, uma cerimônia é realizada com a presença de devotos de todo o mundo.

Tumba de Itimad-Ud-Daulah

Foto: Makalu/Pixabay

Dedicada a Mirza Ghias Beg, o pai da imperatriz mogol Nur Jahan, esta bela tumba de mármore branco com incrustações de pedras semipreciosas, foi construída em sua memória entre 1622 e 1628. A imponente estrutura, localizada nas margens do Rio Yamuna, foi considerada precursora do Taj Mahal. Por isso, é também chamado de “Baby Taj”.

As telas de treliça de mármore, conhecidas como jaalis, conferem à tumba um ar mais suave e delicado em comparação com os mausoléus de arenito vermelho comuns na região de Uttar Pradesh.

Tumba de Mariyam

Foto: Wikimedia Commons/Sauravmitra

Esta outra tumba, em arenito vermelho, foi construída em memória da esposa do imperador mogol Akbar, Mariam-uz-Zamani Begum. Ela era conhecida como Hira Kunwari, Harka Bai ou, mais popularmente, Jodha Bai. Originalmente era uma princesa Rajput e embora o governante Mughal já tivesse várias outras esposas, ela se tornou a mãe do herdeiro do trono, Jehangir. Por consequência ganhou o apelido de Rainha Mãe do Hindustão.

Jodha Bai foi a mais antiga imperatriz hindu na história do império mogol e, por isso, ocupa posição importante na história medieval da Índia. Seu casamento com Akbar, marcou um passo radical nas alianças entre religiões. De tal forma que deu início a uma mudança gradual nos princípios religiosos, sociais e políticos de Akbar.

Construído pelo imperador Jehangir em 1623, o mausoléu de Jodha Bai fica a apenas um quilômetro de distância da tumba de Akbar, em Sikandra, e está localizado perto de Fatehpur Sikri.

Sikandra

Foto: Incredible India

Mausoléu do imperador Akbar, foi construído com arenito vermelho e mármore. A obra foi concluída por seu filho, Jehangir, em 1613. Ele simboliza a filosofia do governante e reúne o que há de melhor nas arquiteturas hindu e islâmica. Aliás, é um dos monumentos mais bem preservados da região.

O interior da tumba tem caligrafia que reflete os princípios de Din-e-Ilahi, um movimento religioso fundado por Akbar que reuniu o Islã, o Hinduísmo e várias outras religiões.

Viagem realizada a convite da Raidho Viagens com o apoio da Ethiopian Airlines e com a proteção do seguro viagem Global Travel Assistance – GTA

SERVIÇO

MOEDA

Rúpia (INR)

IDIOMA

O híndi é a língua nacional, bem como outros 25 idiomas oficiais e 844 dialetos falados em cada região. Contudo, o inglês é amplamente utilizado em todo o país.

FUSO HORÁRIO

Mais 8h30 em relação ao horário de Brasília

VISTO

É necessário. Mas, a Autorização Eletrônica de Viagem (ETA) pode ser solicitada através do site. Podem solicitar o Visto Eletrônico (e-Visa) pessoas em viagem de turismo (e-Tourist Visa), Negócios (e-Business Visa) e tratamento médico (e-Medical Visa). O passaporte deve ter necessariamente validade mínima de 6 meses.

SAÚDE

É exigido o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela.

CLIMA

São três as estações dominantes – inverno (dezembro a fevereiro), verão (março a maio) com temperaturas em torno dos 40 graus e as monções (junho a setembro) quando ocorrem ventos, trovoadas e chuvas intensas. Assim sendo, a melhor época para visitar a Índia é de outubro a março.

CONSULADO DA ÍNDIA EM SÃO PAULO

Av. Paulista, 925, 7º andar – Informações: tel. (11) 3171-0340 e pelo site .

CONSULADOS DO BRASIL NA ÍNDIA

Nova Délhi – 8 Aurangzeb Road – Tel. +91 11 2301 7301. Horário de atendimento: segunda a sexta das 9h às 13h e das 15h às 19h. Informações aqui .

Mumbai – Unit 12B, 12º andar, Edifício Bakhtawar RN Goenka Marg, Nariman Point. Informações aqui .

COMO CHEGAR

Não há voos direto entre o Brasil e a Índia. Assim, a conexão deve ser realizada em aeroportos da Europa, Emirados Árabes, África e outros destinos asiáticos como Tailândia, Indonésia, Japão, China e Malásia. TRAVELPEDIA utilizou a Ethiopian Airlines, que voa cinco vezes por semana a partir de São Paulo para Adis Abeba, capital da Etiópia. Todos os voos são a bordo do Boeing 787-8 Dreamliner.

TRANSPORTES

Aéreo – Por conta da grande extensão territorial da Índia, as viagens aéreas são as melhores opções para se locomover com rapidez dentro do país. O Aeroporto Indira Gandhi, em Nova Délhi é o que possui o maior número de voos e as principais companhias aéreas locais são: Air IndiaJet AirwaysKingfisher e IndiGo Airlines .

Ferroviário – A Índia possui uma ampla malha ferroviária. Os bilhetes são baratos e os serviços são pontuais. Há opções de trens luxuosos como o Deccan Odyssey, que desce o litoral do Mar da Arábia entre Mumbai e Goa numa jornada de uma semana; o sofisticado Maharajas’ Express, que circula por cidades do Rajastão – Uidapur, Jaipur, Agra e Nova Délhi; e do Palace on Wheels, que parte da capital com destino ao Rajastão. Todos oferecem refeições a bordo. Porém é importante reservar com bastante antecedência pelo site da Indian Rail .

ONDE FICAR

Agra tem hotéis com 5, 4 e 3 estrelas, sendo alguns deles extremamente luxuosos. Há também opções de hospedagem que nada ficam a dever aos melhores do mundo.

Courtyard by Marriott Agra

DoubleTree by Hilton

O QUE COMER

Vale ressaltar que a gastronomia é diferente em cada região.  Sempre com ingredientes, influências e receitas estabelecidas através das condições climáticas, fatores religiosos e culturais.

Em todas as mesas você irá encontrar os pães (chamados naan) e os aromáticos cardamomo e curry.

Aliás, a maioria quase absoluta dos pratos indianos são bem condimentados e apimentados – muito apimentados! –, inclusive os servidos nas redes de fast food.

Carne bovina não existe nos cardápios, contente-se com carne de frango, cabrito e peixes. Há muitas e variadas opções vegetarianas.

Para beber, não deixe de experimentar a típica lassi, que pode ser doce, salgada ou suco de frutas – manga é a mais comum. A bebida é preparada a base de iogurte natural com essência de rosas.

COMPRAS
Foto: Roberto Maia/Travelpedia

Agra é um paraíso para as compras. Há desde souvenirs baratos até artesanatos luxuosos. Destaque para os trabalhos de incrustação de mármore e pedra macia, bem como artigos de couro e latão, tapetes, joias e bordados. São vários os mercados locais que oferecem uma variedade de produtos. Entre os mais populares estão os seguintes:

DICAS

Comida de rua – Evite! As condições de higiene nem sempre são as mais adequadas. São comuns os turistas com infecções intestinais e que terminam a viagem à base de soro, água e bolachas. Melhor comer nos restaurantes dos hotéis e casas recomendas. Coma apenas alimentos cozidos e evite saladas e frutas descascadas.

Remédios  Leve os principais, em caso de necessidade. Principalmente para problemas estomacais e intestinais. Tenha sempre álcool em gel na bolsa ou na mochila.

Água  Beba sempre água mineral engarrafada e com a tampa lacrada ou aberta na sua frente. Evite tomar refrigerantes, sucos e drinques com gelo (feito com água). Use água mineral até na hora de escovar os dentes.

Roupas – Mulheres devem ter atenção e evitar deixar à mostra as pernas, barriga e ombros, principalmente em lugares considerados sagrados. Em alguns templos e mesquitas a entrada somente é permitida com o uso de lenços cobrindo a cabeça.

Cumprimentos  A maneira usual é juntar as mãos em oração à frente do peito ao mesmo tempo em que faz uma curta vênia com a cabeça. Diga também Namastê.

Telefonia e internet  Para ficar online o tempo todo e fazer chamadas locais sugerimos comprar um chip de celular no aeroporto, que custa em torno de US$ 20.

Esmolas – Por toda parte você será abordado por adultos e crianças pedindo. A decisão é sua, mas alerto que se der para alguém, em questão de segundos, estará rodeado por muitos outros pedintes também querendo dinheiro. Confusão na certa!

Gorjeta  Pode-se dizer que ela é quase obrigatória e esperada pelos prestadores de serviços. Nos restaurantes deixe 10% do valor da conta e nos hotéis US$ 1 por mala. Portanto, tenha sempre dinheiro trocado.

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS
Foto do destaque: Dave Parkinson/Pixabay

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