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Alemanha: Essen, um destino reiventado no coração do Vale do Ruhr

Deutsches Bergbau-Museum Bochum

Depois de abordarmos a charmosa cidade de Mülheim, a beira do Ruhr, quem perdeu é só clicar aqui, chegou a vez de falar sobre Essen, mais um dos interessantes destinos da região Renânia do Norte-Vestfália, estado da Alemanha que apresentamos no Travelpedia e que você pode saber mais clicando aqui. No coração do Vale do Ruhr, Essen, um antigo centro de mineração de carvão, foi eleita pela Comissão Europeia como Capital Verde da Europa 2017. Algo perceptível e que impressiona.

O reconhecimento é frente ao desafio em superar sua história industrial e reinventar-se de maneira ambientalmente sustentável, tornando-se exemplo para outras cidades. Apesar disso, fragmentos desse passado seguem marcando o perfil da região do Ruhr até hoje. Dito isso não tem como de cara não falar da mina Zollverein, que não só é um Patrimônio Mundial da UNESCO, mas também serve de símbolo da transformação de toda essa área. Deixando de lado a modéstia, costuma ser chamada de “a mina mais bonita do mundo”.

Construída em 1932 seguindo o estilo “Bauhaus”, foi a última em Essen a ser fechada (em 1986), tendo extraído e processado carvão por 135 anos. A Zollverein chegou a ser a maior e mais moderna. Em 2001, foi elevada à condição de patrimônio e tornou-se um dos mais importantes monumentos industriais no mundo, com enormes transportadoras, a sala de esvaziamento do carvão, os trilhos com carros de transporte e as caldeiras.

Composta harmoniosamente segundo os princípios de simetria e geometria, com fachadas de tijolos vermelhos em estruturas de aço ao estilo de enxaimel, a construção tem até hoje um alto nível estético. A fundação Stiftung Zollverein, criada em 1998, logo passou a buscar a conservação e uma nova finalidade para o monumento industrial. Com sucesso: atualmente, o lugar é o principal centro cultural na Região do Ruhr e também um museu que mantém viva a história da mineração e do desenvolvimento da arquitetura industrial.

No roteiro, a modernidade dos anos de 1920 e 1930, o desenvolvimento da indústria pesada e o processamento do ouro negro – na antiga instalação de peneiração, nos depósitos de carvão e nas instalações de lavagem – podem ser sentidos em máquinas e esteiras transportadoras gigantescas, fileiras intermináveis de fornos e seis impressionantes chaminés. O circuito é complementado por maquetes, filmes e instalações. Mas não é só isso que impressiona. O museu Red Dot Design, instalado na mina, tem a maior coleção de design contemporâneo no mundo e tornou-se também parte do patrimônio mundial. No acerto estão cerca de mil ícones do gênero, premiados com o cobiçado prêmio internacional red dot design award.

Red Dot Design Museum (Foto: Simon Bierwald)

O lado verde e cultural de Essen

Foto: Commons Images

Na lista de passeios no destino está ainda a Villa Hügel, uma mansão ricamente decorada com quadros, tetos italianos e escadas de madeira com entalhes artísticos.  A residência que mais parece um castelo é não só testemunho da riqueza da família de industriais Krupp, mas também da importância econômica de Essen na era da industrialização. Construída entre 1870 e 1873, tem 269 aposentos, 8.100 m² de área útil e está situada em um parque de 28 hectares, em localização privilegiada sobre o vale do Ruhr e o lago Baldeneysee. Os concertos e exposições de arte que vêm sendo realizados desde 1956 a transformaram em um centro cultural.

Bem como o vilarejo de operários e cidade-jardim Margarethenhöhe, com o considerável número de 935 casas. Já durante sua construção, entre 1909 e 1930, era considerada um exemplo. Ainda hoje, as residências, praticamente todas diferentes umas das outras, exercem uma atração especial. Gabletes ornamentados e arcadas, janelas salientes, persianas de madeira e bases de madeira completam a agradável impressão geral dessa pequena cidade dentro da cidade.

Foto: divulgação

Já o Museu Folkwang, fundado em 1922, alcançou fama internacional e pertence hoje ao grupo dos mais importantes, com notáveis coleções da pintura alemã e francesa do século 19, do Modernismo clássico e da arte pós 1945. Entre as obras expostas encontram-se nomes como Van Gogh, Cézanne, Gauguin, Renoir, Monet, Munch, Picasso, Warhol, Pollock e Dalí. O acervo fotográfico vem mostrando a história da fotografia desde a década de 1920, através de mais de 50 mil objetos.

Outra atração igualmente interessante é a “Goldene Madonna” (Madonna dourada), parte do tesouro da catedral de Essen. A mais antiga escultura de Maria do mundo e uma das mais importantes obras de arte do início da Idade Média é ao mesmo tempo de uma simplicidade tocante e de uma beleza de tirar o fôlego.

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*A jornalista viajou a convite do Centro de Turismo Alemão (DZT), voando Lufthansa e coberta com a proteção do seguro-viagem April – Coris.

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Fotos: Carolina Maia e destaque de divulgação

 

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