O intuito da reunião é o interesse da Argentina em atrair mais brasileiros para o país. Já que o Brasil é o número 1 na emissão de turistas internacionais. Sendo que, a maior parte viajantes é proveniente da cidade de São Paulo.
A Argentina quer então mais brasileiros atravessando suas fronteiras, que hoje atingem a marca de 1,5 milhão de viajantes. E, por falar no turista brasileiro, de acordo com dados apresentados no encontro, o brasileiro fica em média de 6 a 7 noites na Argentina, e tem 30 anos ou mais.
Segundo a presidente da Abav Nacional, Magda Nassar, a entidade irá se assegurar que as agências de viagens se manterão firmes em comercializar a Argentina. Para então aumentar em pelo menos mais 500 mil o número de visitantes, saltando dos atuais 1,5 milhão para 2 milhões de desembarques, se equiparando ao volume de emissões para os Estados Unidos.
Uma gama de possibilidades
Em virtude do Brasil ser o principal mercado emissor, a ideia é mostrar que a Argentina tem muito a oferecer, indo além da capital Buenos Aires, Bariloche e Ushuaia, destinos que o brasileiro costuma visitar. “Queremos que exista muitas oportunidades para incrementar o fluxo. São muitos produtos turísticos. Mas, claro, também vamos seguir trabalhando os destinos já consolidados”, comentou o subsecretário de Promoção Turística do Ministério de Turismo e Esportes da Argentina, Andrés Krymer.
O subsecretário também salientou as providências para ampliar a conectividade aérea, que responde por 55% das chegadas, seguidas de 30% via terrestre e 15% pelos cruzeiros. Outra ação que está na mira do esforço do Ministério, conduzido neste novo governo por Matías Lammens, para cativar mais visitantes a partir do Brasil se refere à abrir o leque de opções turísticas.
“Queremos mostrar que destinos como, Mendoza e Aconcágua tem um potencial muito grande. É o que vale também para o norte argentino, com destinos como Salta e Jujuy, por exemplo. Além de salientar o quanto a Patagônia é belíssima no verão e por isso merece atenção dos brasileiros”, disse Krymer.
O Ministério do Turismo da Argentina prevê também aprimorar produtos para atrair as atenções em períodos de menor sazonalidade como o verão. Bem como aproveitar as viagens do tipo escapadas, em feriados brasileiros. “Vamos concentrar nossas apostas, ainda, em segmentos que estão sempre em alta, como gastronomia, enoturismo, ecoturismo, religioso, LGBT entre outros”, pontuou Krymer.
Maior conectividade
Com o propósito de marcar presença na preferência do brasileiro, que elege a Argentina como primeiro destino internacional a ser desbravado, a Aerolíneas prevê expandir seus voos. Atualmente são mais de 90 frequências, mas a companhia está solicitando operação de novas rotas e voos diretos para Patagônia a partir de julho, por exemplo.
De acordo com o diretor Geral Brasil da empresa, Diógenes Toloni, a partir de 11 de maio, voltam as operações no Aeroparque. “Assim se torna possível acessar novas localidades, atendendo demandas e possibilitando aos brasileiros conhecer destinos inusitados na Argentina. Queremos trabalhar a Argentina em todas as estações. E não só sazonalidades. Bariloche e Patagônia no verão são incríveis”, disse.
Atualmente a companhia está presente em sete cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Porto Seguro e Florianópolis.