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Azeite: saiba como escolher e harmonizar

Das entradas até mesmo às sobremesas mais sofisticadas, o azeite pode fazer muita diferença na harmonização dos ingredientes. Tanto por seu sabor e aroma, quanto por se tratar de uma opção mais saudável quando comparado a outros óleos vegetais. No entanto, na hora de escolher um bom produto, algumas dúvidas podem surgir. Assim, para esclarecer essas questões, a Josapar, dona da marca Azeite Nova Oliva, consultou Chania Chagas, expert internacional e sommelier em azeites de oliva.

Rotulagem

De acordo com Chania, as palavras “extra virgem” ou “virgem” nos rótulos indicam o tipo de azeite que está comprando. Os azeites extra virgem são os que mais trazem benefícios à saúde devido à sua composição (gorduras monoinsaturadas e antioxidantes). Bem como realçam o sabor dos alimentos, pelos seus diferentes padrões sensoriais. Você também pode procurar pela palavra ‘orgânico’, que aponta para um produto cultivado e processado com matérias-primas que não fazem o uso de pesticidas e agrotóxicos”, comenta.

Intensidade

Ao preferir um óleo mais intenso ou suave, três características presentes em um bom azeite extra virgem devem ser levadas em conta: frutado, amargo e picante. Portanto, é importante provar os azeites para saber qual se adéqua melhor ao seu paladar.

“Lembrando que um bom azeite, feito de frutos saudáveis, traz frescor e um sabor que devemos reconhecer e valorizar. Um azeite com sabor de azeitona em conserva geralmente está fermentado e não deveria ser classificado como extra virgem”, explica a sommelier.

Conservação

O azeite tem os mesmos inimigos do vinho: a luz, o ar e as altas temperaturas. Por isso, é recomendável armazená-lo em local fresco e seco, que evite a exposição à luz e ao calor. Uma garrafa escura ajuda a manter melhor as propriedades do azeite, reduzindo a sua oxidação e deterioração. Além disso, garrafas transparentes devem ser sempre armazenadas e nunca expostas à luz.

Data de fabricação ou envase

De acordo com a especialista, é importante procurar a data de fabricação de um azeite, bem como a sua data de envase. Ao contrário dos vinhos, o azeite, quanto mais novo melhor. Esse prazo vai depender da variedade da azeitona utilizada para saber a estabilidade que o óleo terá em garrafa. Portanto, o ideal é sempre consumir azeites mais frescos.

Origem

É muito importante buscar informações sobre o produtor do azeite e sua origem. Um bom óleo é produzido e embalado no local de origem e esta informação deve constar no rótulo. “Lembre-se sempre que um autêntico azeite de oliva extra virgem não apresenta ‘defeitos sensoriais’ em seu aroma e/ou sabor. Quando provar um azeite, certifique-se de que tem uma consistência fluida e um sabor agradável de fruta fresca”, diz Chania.

Harmonização de pratos

Assim, na harmonização do azeite de oliva extra virgem é preciso combinar a sua intensidade com a do prato. Azeites mais intensos, amargos e picantes, combinam melhor com pratos mais condimentados, carnes vermelhas, risotos, pizzas e molhos de sabor acentuado. Do mesmo modo, pratos de intensidade média, como saladas compostas por ingredientes além de folhas verdes, pães, queijos, carnes brancas e frutos do mar, combinam com azeites de aroma frutado, por exemplo.

Por fim, segundo a especialista, os azeites mais suaves são ideais para saladas verdes, pratos mais leves, legumes grelhados e frutos do mar. Bem como com sobremesas, quando a proposta for acrescentar um toque de sofisticação em termos de sabor, aroma e apresentação.

Fotos: Pixabay

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