BRUXELAS
Quem preferir economizar, ali nos arredores, na Rue du Pont de la Carpe 7, você encontra o Café Bisson, normalmente eles tem Blues ao vivo todo dia. O dono/bartender é uma atração a parte, já que mais parece um pirata aposentado. Além de cerveja em conta é o único bar que soubemos que vende Westvleteren (a que comentamos no texto sobre cervejas ser a melhor trapista do mundo).
Outra boa opção é o L’Archiduc na Rue Antoine Dansaert 6, um dos bares mais velhos e queridos dos bruxelenses raíz, o lugar é bem compacto e dá a impressão de estar caindo aos pedaços, mas vale a pena.
Fundada em 1900, e fora do centro turístico, produz as que mencionamos na matéria de ontem, como a típica da cidade, a de estilo Lambic, de fermentação espontânea. Lá se fica sabendo, por exemplo, que é no telhado que se encontram os mais de 100 micro-organismos que garantem a bebida o seu sabor único, uma combinação de ácido e amargo. Lá é possível provar rótulos especiais, como a vintage Lambic Grand Cru Bruocsella, envelhecida por 3 anos em barril de carvalho.
Bom saber: está previsto para 2018 a inauguração do Belgian Beer Palace, um novo museu da cerveja que está sendo viabilizado no antigo prédio da bolsa de valores, bem próximo a Grand Place/ Grote Markt. Atração extra que dará ainda mais ênfase ao cenário do turismo cervejeiro no destino.
BRUGES
Compacto, tem um espaço interno onde são feitos os pedidos, e um terraço externo que mesmo no frio vai valer a pena, já que tem vista para o canal. Ou seja, é lindo! Não bastasse o cenário, o local ainda conta com inúmeras opções de rótulos a preços bem convidativos. Abre diariamente das 9h30 até 19h30.
A casa também conta com uma loja, mas nossa dica para compras é a The Bottle Shop, na mesma rua, no número 13. Ali estão reunidos 800 rótulos e diferentes tipos de taças e gifts. Funciona todos os dias das 10h às 18h30.
Bem localizado, no primeiro andar do museu Historium (ao qual contaremos mais em breve), na Markt 1, o Duvelorium – o único bar temático da cerveja Duvel – é daqueles que tem o pacote completo: boas cervejas, ambiente aconchegante e é descontraído, além de contar com um terraço panorâmico. Para os paladares mais curiosos a boa pedida é o menu degustação. Por € 10 se pode provar três cervejas combinadas com deliciosos pralinés (chocolates típicos). Abre diariamente das 10h às 18h.
Daqueles destinos que após as 18 horas as ruas começam a ficar desérticas, já que se trata de uma cidade muito procurada para um bate e volta, onde os turistas (muitos deles!) tendem a passar apenas uma tarde, a partir das 19 horas, quando os bares e lojas começarem a fechar, o Le Trappiste, na Kuipersstraat 33, bem próximo a Grote Markt, pode ser uma ótima pedida já que fica aberto até mais tarde (das 17h à 1h), além de ser bem legal, como dá para notar na foto abaixo.
Quem quiser ir mais afundo no universo da cerveja pode optar pelo tour de 45 minutos da cervejaria De Halve Maan, bem no centro histórico da cidade. Por ali também se encontra um pub e um restaurante. Não deixe de provar a Straffe Hendrik Wild, versão da Trippel que, além de ser refermentada com a levedura Brettanomyces é também engarrafada apenas uma vez por ano.
GHENT
Um achado, o ‘t eínde – fim do mundo segundo nos informou o guia –, é daqueles lugares que surpreendem até quem não é muito fã de cerveja. Curioso em saber como? Simples, o gerente da casa leva como um desafio o fato de alguém dizer que não aprecia tanto a bebida, e após algumas poucas perguntas define qual seria a cerveja que agradaria o seu paladar. Foi o meu caso, com a Gildenbier após três respostas. De quebra ainda pudemos folhear uma espécie de bíblia sagrada onde estão dados de todas as cervejas belgas. Fica situado na Sint-Veerleplein, 8, próximo a um ícone local, o Castelo de Gravensteen – datado da Idade Média.
Fotos: Shutterstock, divulgação e arquivo pessoal
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*O Travelpedia viajou em virtude do prêmio recebido pelos jornalistas Carolina e Roberto Maia no Concurso Europa de Jornalismo – realizado anualmente pela Comissão Europeia de Turismo. Além das cidades belgas o roteiro contemplou ainda o glamoroso Principado de Mônaco e um stopover em Lisboa a convite da TAP e do Dom Pedro. Durante a viagem os profissionais contaram com o seguro da GTA – Global Travel Assistance.
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