Sim, o chocolate pode ser um dos produtos mais conhecidos da Suíça, e não por menos, e futuramente contamos um pouco mais sobre isso aqui no Travelpedia, mas você sabia que Bruxelas é tida como “Capital do Chocolate”? Herança dos tempos em que a Bélgica estava sob o domínio espanhol, os belgas – mais precisamente Jean Neuhaus, numa farmácia em 1912 – foram pioneiros nos bombons recheados, os pralinés. A reputação tem sentido, afinal os grãos são moídos mais finos para deixar mais saboroso e mistura-se até 5 ou 7 vezes o cacau para fazer o seu próprio. Hoje em dia a marca, que comercializa cerca de 2.500 toneladas para mais de 120 países, divide espaço com mais de 500 chocolatiers.
Na hora da “caça ao tesouro”, a Grand Place/Grote Markt em Bruxelas é o endereço certeiro, pois concentra as mais renomadas, dentre as quais estão, claro a Neuhaus, bem como Pierre Marcolini, Guylian, Galler, a famosa Godiva (não deixe de provar os badalados e deliciosos morangos cobertos com chocolate) e a popular Leonidas. Quem quiser pode até se aprofundar no assunto e visitar o Museu do Cacau e do Chocolate onde estão reunidas mais de 200 variedades. A visita guiada explica todo o processo de produção e história, desde os primórdios, quando o cacau era cultivado pelos astecas e maias. E a melhor parte é que, durante o tour, dá para provar todos os tipos que são apresentados.
No quesito compras a Leonidas, com lojas espalhadas por várias cidades belgas, talvez seja a de melhor custo benefício, já que tem preços mais em conta e pode ser considerada uma chocolateria popular. Não que isso seja um problema, são deliciosos. Os bombons Manon Café, com chocolate branco creme de café e avelã estão entre os mais pedidos pelos belgas. Aos que estiverem dispostos a pagar bem mais pela guloseima a dica é a Mary, fundada em 1919 por Mary Dellu. A casa situada na Rue Royale, no centro de Bruxelas, produz uma vasta e cara linha de chocolates feitos à mão. Tamanha a qualidade se tornou, em 1942, fornecedora oficial ao rei da Bélgica, título que mantém até hoje e que divide com poucas outras.
Como é o caso da nossa eleita favorita a Galler. Pense num chocolate gostoso. Pois bem, o difícil não é apenas parar de comê-lo, mas antes de tudo escolher um sabor. Sendo assim, peça para provar os que mais te chamarem atenção, e assim ficará mais fácil decidir quais levar. Foi o que fizemos em uma das lojas da marca, na medieval cidade de Bruges. Não tem como não encontra-la, super bem localizada, está bem na esquina de uma das principais vias, a Steenstraat 5, com a Markt Square. De quebra, a simpática vendedora nos contou alguns fatos interessantes, como que anualmente são criados novos sabores para a coleção, a exemplo do recheio de ganache com matcha (chá verde japonês) e com yuzu (fruta cítrica originária do leste asiático).
Dentre os que recomendamos estão o que leva o nome da cidade, o Bruges de caramelo salgado, o Carré de ganache de chocolate ao leite, o Absolut, estilo Noir (dark) feito com grãos de cacau provenientes do Equador. Ainda para quem gosta dos mais amargos, o Extrême é uma ótima opção, assim como o Noir 85% Profond. Quem quiser algo diferente, o praliné de curry pode ser uma boa pedida. Já para os diabéticos há chocolates sem adição de açúcar. E, acredite, nem parece, de tão saborosos que são. E fica a dica, não deixe para compra-los somente nos supermercados, não há tantas opções de sabores quanto numa loja da marca.
Se o chocolate por si só já não fosse suficientemente delicioso, some a ele outra paixão nacional, os waffles. Assim como as fritas, pelas ruas é comum vê-los a venda por tudo quanto é canto. O cheiro parece te guiar a loja mais próxima, que, geralmente está sempre cheia de turistas prontos para atacar um – ou mais, afinal de contas é tarefa praticamente impossível resisti-los. Quente e fofinho o waffle pode ser “puro” somente polvilhado com açúcar e/ou canela (os de Bruxelas tendem a ser mais leves e menos doces) ou acompanhado com chocolate, claro, bem como chantilly, nutella, frutas… Fica a gosto do freguês! A certeza mesmo é que ele irá animar e adoçar seu dia. Então bon appétit!
Nosso primeiro waffle da viagem foi em Bruges, e não poderíamos deixar de indicar o local, já que foi memorável. Bem situado, na Breidelstraat 16, o Chez Albert tinha fila entre meio dia e uma da tarde. Voltamos depois da muvuca, para ver se era tudo isso, e definitivamente era. Hummm! Quem estiver em Ghent também tem chance de prová-lo, há uma filial na St. Veerleplein 12. Em Bruxelas, uma boa pedida é o Mokafé, uma mistura de bar e casa de chá, situado na Galeries Royales Saint-Hubert, uma das mais antigas galerias comerciais europeias. Peça um waffle amanteigado acompanhado do “submarino” – leite fervido com lascas de chocolate.
Fotos: divulgação e arquivo pessoal
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*O Travelpedia viajou em virtude do prêmio recebido pelos jornalistas Carolina e Roberto Maia no Concurso Europa de Jornalismo – realizado anualmente pela Comissão Europeia de Turismo. Além das cidades belgas o roteiro contemplou ainda o glamoroso Principado de Mônaco e um stopover em Lisboa a convite da TAP e do Dom Pedro. Durante a viagem os profissionais contaram com o seguro da GTA – Global Travel Assistance.
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