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Brasileiros trocam hotéis por casas para temporada na Flórida

Faz tempo que a Flórida virou playground do brasileiro em viagem para os Estados Unidos. O Estado Ensolarado, como é conhecido, é sempre o queridinho dos turistas brasileiros. Por isso não é surpresa alguma que eles passaram ir além das tradicionais estadias em hotéis e optaram por alugar casas. Muitas vezes com custo benefício muito mais vantajoso, principalmente para famílias e grupos. Por isso, investir em imóveis para locar é uma interessante forma de gerar receita na Flórida, e, adivinhem só: os brasileiros estão na lista dos que mais têm procurado esse tipo de aplicação!

“É possível lucrar, e muito, com imóveis comprados com o objetivo de alugar para outras pessoas, nas férias, nos feriados e em períodos mais curtos, além de ser vantajoso também para o inquilino, no comparativo com a diária dos hotéis”, afirma Léo Ickowicz, sócio da consultoria imobiliária Elite International Realty.

De acordo com o executivo, que é brasileiro e atua no mercado imobiliário há mais de 20 anos, na Flórida, a regulamentação do governo permite que alguns imóveis sejam alugados por períodos curtos, diferentemente do que acontece em outros lugares como Nova York, que tem regras bem restritivas, até com necessidade de aprovação dos demais condôminos. “Se trata de uma oportunidade de negócio, com ganho em dólar, para quem quer aproveitar o imóvel por alguns dias e alugar em outros períodos, obtendo recursos para pagar as despesas com ele e ainda ter lucro”, diz.

Em Orlando, o ChampionsGate, um resort com casas, localizado a apenas 25 minutos do Aeroporto Internacional de Orlando e a 20 minutos da Universal Studios e do SeaWorld, é um dos condomínios que permite esse tipo de negócio. É praticamente uma cidade, com clubes, escolas, campos de golfe, área de recreação, lagos e linha de transporte gratuito para os quatro parques temáticos Walt Disney World.

Já em Miami, o Yacht Club at Aventura, perto do Aventura Mall e de Sunny Isles, alguns prédios na Ocean Drive e na Collins Avenue, à beira mar, e o Fortune House, na Brickell Avenue, contam com residências que também podem ser usadas para essa finalidade de locação para temporada.

Interessados nesse mercado devem procurar uma empresa especializada em gerenciamento e locação, com contratos de um ano. Elas cuidam dos utensílios da casa, roupas de cama e piscina, como se fosse um hotel e, após a temporada, envia aos clientes os extratos da conta de luz e condomínio. Atua também em parceria com empresas como Airbnb e Home Away, faz reservas e cuida do check-in e do check-out.

Se o negócio for feito à vista e o imóvel for alugado em 35% do ano, já dá para cobrir despesas. Segundo as companhias de gerenciamento, a taxa de ocupação é de 63% e o lucro com essa média é muito bom, com retorno positivo esperado de 5% a 8%, dependendo do tipo e do tamanho da casa. É possível que a renda pague o financiamento e as contas, conforme o valor da entrada na compra.

Em Orlando, a maioria das residências possui de 3 a 10 quartos e todas apresentam bons resultados quando são colocadas para locação. Algumas são townhouses (geminadas). Evidentemente, quanto maior for o imóvel, maior o número possível de inquilinos, o que abre o leque para famílias grandes e turmas de amigos, com a cobrança de diárias mais elevadas.

Duas ou três famílias gastariam mais do que o dobro de uma casa ficando em hotéis. Entre as vantagens de alugar um imóvel, além da economia, estão comodidade e itens de conforto. “Quase todas as pessoas que ficam nessas residências não voltam mais para hotel. A cozinha é completa, todas as casas têm piscina e churrasqueira. O brasileiro vai muito a parques e shoppings e depois quer ficar curtindo a casa”, afirma Daniel Jerusalmi, corretor da Elite.

Imagens: Pixabay
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