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Bruges, a Veneza do Norte

Sabe aqueles lugares que conquistam a gente mesmo antes de termos tido a chance de visitar? Pois bem, Bruges foi exatamente assim para mim. Já tinha visto inúmeras fotografias e me encantado. Nem preciso dizer que quando tive a oportunidade de conhecer não decepcionou. Era aquele cenário de conto de fada que eu tanto tinha visto. Um destino medieval que sobrevive ao tempo.

A chegada à chamada Veneza do Norte, por conta de seus canais, é bem simples para quem opta pelo trem. Aliás, uma dos meios de transportes mais práticos na Europa devido a praticidade e extensa malha viária. Distante a cerca de 1h10 de Bruxelas, e a 30 minutos de Ghent, vale a pena passar ao menos uma noite na cidade, já que sua beleza se destaca ainda mais após o crepúsculo. Prepare-se para uma nova versão de Bruges. Um tom de dourado parece tomar conta de tudo: vias, monumentos e, claro, os canais ficam ainda mais belos. A foto abaixo exemplifica bem né?

Não é preciso muito tempo para se encantar. Sem aquele ar de cidade grande, dá para circular tranquilamente seja dia ou noite. E até sem necessidade de mapa, é só ir se guiando pelas torres altas que podem ser vistas de quase todos os pontos.

Famosa quando outrora, nos séculos 13 e 15, era um dos portos da rota dos tecidos, hoje em dia Bruges vem ganhando espaço nos roteiros de quem visita a Bélgica. Daquela época, preservou edifícios góticos, pontes de pedra sobre os canais que a cercam e casinhas de tijolo vermelho que remetem a um cenário de filme. Esse romantismo medieval pode ser visto por todos os lados.

Nossa dica é começar um tour pela cidade caminhando ao longo do canal Dijver em direção ao centro histórico, classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Tome então, como ponto de partida o prédio que abriga a prefeitura e o Museu de Bruges. Não tem como não nota-lo. Sem contar que está situado na Burg Square, área mais antiga do destino e, que tem sido desde sempre seu ponto central.

A grande maioria das edificações tem estilo arquitetônico gótico. Mas, nessa praça em particular é possível contemplar a harmonia entre gótico, barroco e renascentista. Bem como estilos romanescos que podem ser encontrados na mais antiga capela do país e uma das menores do mundo. Quase que escondida, num cantinho, a Basílica do Sangue Sagrado, datada do século 12, guarda uma relíquia: um relicário que contam ter sido trazido da Terra Santa, contendo o sangue de Cristo.

Ao atravessar uma charmosa viela, a Breidelstraat, no caso bem convidativa, já que é justamente a que mencionamos no texto sobre chocolate, onde provamos o nosso primeiro waffle belga (quem perdeu clique aqui), se chega a Market Square, onde no passado eram feitas as trocas de mercadorias.

O coração dessa área histórica se resume talvez a essa praça que é uma graça com suas construções que rendem um belo cartão-postal. Sem contar que está recheada de restaurantes e lojinhas, bem como construções icônicas, como o Belfort, campanário e seus 83 metros de altura e carrilhão de 47 sinos. Por € 8 – e depois de uma escada estreita com 366 degraus –, se tem um panorama de 360º.

É nessa região também que se encontra o Historium, uma atração bem bacana. São sete salas temáticas e sensoriais pela Era de Ouro de Bruges, no início do século 15, mais precisamente em 1435. O visitante é convidado a vivenciar um dia da vida do jovem Jacob, aprendiz do pintor Van Eyk. A visita pode ser finalizada com uma viagem virtual através do Historium VR Experience, seguida de um chope no Duvelorium (saiba mais aqui) e uma vista panorâmica do terraço.

Nem tudo se resume ao passado, seguindo pela Steenstraat, principal rua de comércio da cidade, somos trazidos de volta ao presente já que ali estão concentradas lojas como H&M, Zara, Desigual, C&A, Tommy Hilfiger, Mango, Claires, Foot Locker, Swarovski, Crocs, New Look, Sprit, Pimkie e L’Occitane. Nela também se encontra claro, as chocolatiers, como Godiva, Galler, Pierre Marcolini e Leonidas. Garanta alguns não só para levar para casa, mas para se deliciar durante um passeio de barco pelos canais. Passeio que garante um ponto de vista ainda mais apaixonante de Bruges.

Mas, antes disso não deixe de dar uma passadinha que seja na Catedral do São Salvador. Dos tempos romanos, da sua estrutura original só restaram pedaços de colunas do antigo pórtico. Em seu interior, os vitrais e as pinturas chamam atenção. E completando a tríplice sagrada do destino, a Igreja de Nossa Senhora guarda um tesouro do mundo das artes: a escultura Madonna de Bruges, de Michelangelo. Obra que foi roubada durante a Segunda Guerra e é o grande destaque do altar.

Na hora que a fome bater tenha em mente que a cidade conta com 12 restaurantes listados no Guia Michelin. Entre eles, o De Karmeliet (de especialidade francesa) e o De Gouden Harynck (cozinha mediterrânea). Mas quem não quiser algo tão requintado, ou quiser economizar, na região central há lugarezinhos menores, como o De Mosselkelder, onde a estrela da casa é um ícone nacional que já falamos por aqui no Travelpedia, o moules frites. Peça uma Fruitbier (cerveja feita de frutas) para acompanhar ou uma Bruge Zot. Outra opção é o simpático Le Panier D’Or que, além de gostoso, tem preços atrativos. O menu turístico, que inclui entrada, prato principal e sobremesa, sai por € 17,50.

Quem quiser mais dicas da cidade, ou saber mais sobre o país, deixamos aqui os links de todos os textos já publicamos durante nosso Especial Bélgica que terá fim amanhã, com a também medieval e encantadora Ghent. Não perca!

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Fotos: Shutterstock (destaque), Pixabay e arquivo pessoal

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*O Travelpedia viajou em virtude do prêmio recebido pelos jornalistas Carolina e Roberto Maia no Concurso Europa de Jornalismo – realizado anualmente pela Comissão Europeia de Turismo. Além das cidades belgas o roteiro contemplou ainda o glamoroso Principado de Mônaco e um stopover em Lisboa a convite da TAP e do hotel Dom Pedro. Durante a viagem os profissionais contaram com o seguro da GTA – Global Travel Assistance.

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