Aliás, a guloseima garante o aroma que parece tomar conta das ruas e vielas da cidade. Sério, é um convite irrecusável para aprecia-lo seja nas muitas chocolatiers ou nos saborosos waffles encontrados a cada esquina. As filas de turistas não deixam passar batido, nem o ronco no estômago quando a fome bater ao sentir esse cheirinho pelo ar. (Quem quiser saber mais sobre esse tão delicioso assunto, é só clicar aqui!)
Fundada por um descendente de Carlos Magno, Bruxelas nasceu no último ponto de navegação do Rio Senne. Cresceu de uma fortaleza no século 10 para uma contagiante metrópole. Essa mistura fica em grande evidência quando se têm contrastes como a Tour Noire, resquícios da antiga muralha que circundava a cidade no século 12, rodeada por um prédio moderno. Combinações de estilos arquitetônicos e inspirações são uma constante. Com relação ao rio, não espere passeios como em Bruges e Ghent. No século 19, os vários braços do Senne foram canalizados para galerias subterrâneas e grandes avenidas foram construídas sobre ele.
Dividida entre cidade baixa e alta, comece a explorar justamente pelo principal ponto turístico, a Grand Place/ Grote Markt. Poderia ser só mais uma típica praça europeia, dessas que chamam atenção, não fosse o fato de ser, talvez, a mais bela delas. Sem exagero é incrível. Não em vão se trata de um Patrimônio Mundial da UNESCO. Uma vez ali é fácil entender o fascínio dos escritores Victor Hugo e Baudelaire, que não poupavam elogios em seus textos. Mas, já que uma imagem vale mais que mil palavras fica aqui uma singela foto panorâmica para tentar descrever tamanha beleza arquitetônica num só lugar.
A Grand Place/ Grote Markt concentra edificações bem decoradas e ornamentadas de diferentes períodos e estilos, indo do barroco ao gótico – como é o caso do Hôtel de Ville, a imponente prefeitura. Datada do século 15, sendo o prédio mais antigo da praça, conta com uma torre de 96 metros de altura que domina o horizonte e serve de referência. Em sua parte mais alta, dá para avistar a estátua do santo padroeiro de Bruxelas: St. Michel. A atração principal é a Conference Room Council Chamber, com tapeçarias e espelhos decorados.
Para quem quiser saber mais sobre a história da cidade, bem em frente encontra-se a Casa do Rei, a Maison du Roi, também em estilo gótico, foi idealizada no século 15 e reformada em 1873. Atualmente abriga o Museu de Bruxelas com uma vasta coleção de pinturas, esculturas, gravuras e fotos.
Pequena grande atração
Tome um tempo para contemplar a praça, mas não muito, pois há muito que ver e fazer. E, o melhor, tudo a curtas caminhadas, como é o caso do monumento mais fotografado do município, o Manneken Pis. Na esquina das ruas Du Chêne e De l’Etuve, você irá se deparar, muito provavelmente, com um aglomerado de turistas, pelo menos foi assim com a gente. O motivo? Uma pequena estátua de meros 60 centímetros. Dentro de uma fonte, cercada por grade, o garotinho fazendo xixi é símbolo da irreverência belga.
Menos visada, e, inclusive um tanto escondida, bem como também cercada por grades, a versão feminina – a Jaenneke Pis – pode ser encontrada bem próximo do famoso Delirium Café (Impasse de la Fidélité 4), que abordamos recentemente em uma das matérias sobre cervejas. Para quem perdeu, é só clicar aqui! Mais uma andadinha e se chega a Praça Saint Gery, área onde nasceu Bruxelas. O destaque fica por conta do Halles Saint-Géry, prédio datado de 1881, e que costumava abrigar um antigo mercado. Hoje em dia o espaço, bem descontraído, abriga exposições de arte de vários artistas.
Outro parque que merece a visita é o Parc du Cinquantenaire, distante dois quilômetros. Caracterizado por três grandes arcos na entrada, é composto por jardins, lagos, monumentos e museus, entre eles o Autoworld (com foco em carros), o da Aviação e o de Arte e História.
Cartão-postal diferenciado
Há pouco falamos que Bruxelas, diferente de outros destinos europeus, não possui ícones marcantes, como é o caso de Paris e a Torre Eiffel, ou Berlim e o Portão de Brandemburgo, por exemplo. No entanto, a capital belga tem sim um, e bem curioso e diferente, diga-se de passagem. Afastado do centro histórico, o metrô pode ser uma boa opção para se chegar ao Atomium.
Lançado para a Feira Mundial de 1958, a estrutura de 102 metros de altura reproduz um átomo gigante – representando um cristal elementar de ferro ampliado 165 bilhões de vezes. Ligadas por tubos (com escadas em seu interior), conecta nove esferas formando oito vértices. Na mais alta está o observatório e o restaurante Panoramic, ambos com uma bela vista de 360º. A atração também conta com exposições permanentes e temporárias dedicadas a arquitetura, design e sociedade.
E por falar em símbolos de outras cidades europeias, menos de dez minutos e você estará na Minieuropa, composta por réplicas em miniatura de cartões-postais famosos, como a Torre Eiffel e o Big Ben. São 300 modelos feitos com riqueza de detalhes. Vizinho à atração, o Parque Laeken, um dos mais charmosos da capital belga, abriga o palácio homônimo, que também serve como residência real desde o século 19. Por lá você encontra um complexo de estufas, onde são cultivadas espécies raras e plantas exóticas em um espaço de 14 mil m².
Fotos: Shutterstock, Pixabay e arquivo pessoal
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*O Travelpedia viajou em virtude do prêmio recebido pelos jornalistas Carolina e Roberto Maia no Concurso Europa de Jornalismo – realizado anualmente pela Comissão Europeia de Turismo. Além das cidades belgas o roteiro contemplou ainda o glamoroso Principado de Mônaco e um stopover em Lisboa a convite da TAP e do hotel Dom Pedro. Durante a viagem os profissionais contaram com o seguro da GTA – Global Travel Assistance.
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