A peça homenageia o mexicano Roberto Gómez Bolaños, o criador do querido Chaves, e todo o legado que construiu ao decorrer dos anos. Essa é a primeira produção licenciada pelo Grupo Chespirito, e pelo SBT. O responsável pela direção do musical é Zé Henrique de Paula e o roteiro é original da diretora musical Fernanda Maia, ambos conhecidos por outros grandes musicais de sucesso. A coreografia original é de Gabriel Malo, quanto que o projeto cenográfico leva a assinatura de César Costa.
O TRAVELPEDIA marcou presença na reestreia e agora conta em detalhes a emoção de acompanhar o espetáculo. Mas, logo de início, aqui vai uma dica: se você cresceu assistindo Chaves, essa é a grande chance de matar a saudade do menino inocente, atrapalhado e apaixonado por sanduíche de presunto.
A homenagem a Roberto Bolaños começa desde a entrada do teatro. Ao sair do elevador já se é dominado por imagens do personagem. Além disso, a história de Bolaños é contada através de quadros e memorabílias diversas.
Em uma das imagens expostas, é possível vê-lo ainda pequeno, ao lado dos seus irmãos. Já mais velho, aparece ao lado de alguns dos personagens que mais amamos, como Seu Madruga e o professor Girafales, nos bastidores de um esquete dos primeiros programas, lá no começo dos anos 1970.
E se o seu sonho sempre foi entrar no barril do Chaves, essa também é a sua chance! A organização não se esqueceu de tal detalhe e o colocou por lá para compor o cenário, ou seja, vai render muitos registros likes nas mídias sociais. Eu mesma não fiquei de fora e garanti meus cliques. É para causar nostalgia e emoção do início até o fim. Ou seja, esteja preparado para se emocionar!
E por falar no musical…
Se a entrada do teatro foi essa nostalgia toda, o que falar da peça em si? É difícil, pois além das várias risadas garantidas, você também passará por fortes momentos de emoção, então, se você é aquela pessoa que costuma chorar assistindo filmes já pode preparar o seu lencinho. Eu mesma gostaria de ter me preparada e levado um, já que sai bem emocionada ao final.
A história de Roberto Gómez Bolaños começa com um grupo de palhaços que são responsáveis por aceitar ou não outros palhaços para entrar em um lugar misterioso e especial. O último dos palhaços, que tenta garantir o seu passaporte, é o personagem do criador do Chaves.
Mas o nome Bolaños e a roupa que ele usava, deixava a desejar e para mostrar que de fato ele era um palhaço, ocorre uma viagem no tempo, que chega até a famosa Vila do Chaves (em uma reprodução fiel) e seus icônicos moradores e visitantes, como Dona Florinda, Quico, Chiquinha, Seu Madruga, Sr. Barriga, Professor Girafales e até a Dona Clotilde – a famosa “bruxa do 71”.
A ideia dos responsáveis, em unir esses dois mundos, foi feita de forma muito inteligente. O musical, que conta com canções clássicas da série e composições escritas especialmente para a montagem, surpreende os fãs do seriado. Ainda mais por se passar como uma gravação da própria série e que, ao final da mesma, temos o encontro do criador e criatura (Bolaños e Chaves). E o resultado disso é choro, muito choro por parte da maioria da plateia.
Bolaños chega a questionar se criou o Chaves de maneira errada, já que ele passa por diversas situações em sua vida, como a fome. Mas com um lindo pensamento, ele mostra que ama tudo que tem e dá uma verdadeira lição de vida ao público presente.
Então, se você gostou do que leu e quer sentir essa emoção, corre até o Teatro Opus, localizado no Shopping Villa Lobos e garanta o seu ingresso. Isso porque, a reestreia do musical segue em cartaz somente até 9 de fevereiro. E, caso prefira fazer como o saudoso carteiro da Vila do Chaves, o Jaiminho, que evitava a fadiga, os ingressos também podem ser garantidos através do site: uhuu.com .