A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros – CLIA Brasil e seus associados Costa Cruzeiros e MSC Cruzeiros decidiram estender por mais 14 dias a suspensão das operações nos portos do Brasil, prevista agora até o dia 18 de fevereiro.
A decisão tem o objetivo de analisar a evolução do quadro epidemiológico do país e, também, de dar continuidade às discussões necessárias com as autoridades competentes nacionais, estaduais e municipais para a retomada da temporada.
Para a volta dos cruzeiros, de acordo com a Portaria Interministerial número 666, publicada em 20 de janeiro de 2022, é necessário que todos os estados e municípios que recebem as embarcações estejam de acordo com o retorno das operações, a fim de atender os trâmites e exigências dos rigorosos protocolos de segurança estabelecidos pela Anvisa.
Segundo a CLIA, os cruzeiros são o único segmento que exige, antes do embarque para passageiros e tripulantes, níveis extremamente altos de vacinação e 100% de testes de cada indivíduo. No Brasil, os protocolos exigem que todos os hóspedes estejam com o ciclo vacinal completo, apresentem testes negativos antes do embarque, testagem contínua a bordo, uso de máscaras, distanciamento social e menor ocupação dos navios, entre outros protocolos.
“De um total de aproximadamente 130 mil passageiros transportados, entre 5 de novembro e 3 de janeiro de 2021, cerca de 1,1 mil casos foram confirmados, o que representa menos de 1% do total das pessoas atendidas – incluindo hóspedes e tripulantes”, diz nota da CLIA Brasil.
Os cinco navios da temporada se encontram fundeados no litoral de Santos, já preparados para a retomada, com os protocolos totalmente implantados e mais de 7 mil tripulantes brasileiros e estrangeiros a bordo prontos para o trabalho.
Conforme estudo da CLIA Brasil em parceria com a FGV, estima-se que cada navio gera em torno de R$ 350 milhões de impacto para a economia brasileira. E que a cada 13 cruzeiristas, um emprego é gerado.
A temporada atual, que começou em novembro de 2021, tinha previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos, envolvendo uma cadeia extensa de setores da economia, entre eles comércio, alimentação, transportes, hospedagem, serviços turísticos, agenciamento, receptivos e combustíveis, entre muitos outros.