A capital do Midi Pirineus é daqueles lugares aos quais o melhor jeito de desfrutar é caminhando. No entanto, quem preferir pode optar por um Pass Tourisme. Disponível no aeroporto ou no escritório de turismo da cidade, o passe ilimitado para trem, ônibus e metrô também dá acesso gratuito à boa parte das atrações, ou aquele descotinho camarada que tanto ajuda em viagens. Os tíquetes estão disponíveis para 1, 2 ou 3 dias e saem, respectivamente, por € 19,50; € 26,50 e € 33,50.
Para facilitar a vida de quem está a caminho, ou despertar o interesse de quem se quer cogitou ir, montamos uma listinha esperta do que não pode ficar de fora do roteiro:
A art de vivre local por entre praças e cafés, ou às margens do Rio Garonne onde um dos patrimônios da Unesco se destaca: o Hotel Dieu Saint-Jacques – Centro Hospitalar Universitário, que no século 16 atendia peregrinos rumo a Santiago de Compostela.
Inaugurada em 1659, a Pont Neuf liga a parte moderna e antiga da cidade. Fora o detalhe técnico, por assim dizer, garante um passeio bem bacana: andar de bike. Se estiver com tempo, e esperamos que esteja, aproveite – o aluguel sai por € 1. Quer evitar a fadiga? Sem problemas! Há tours de barco pelo Canal du Midi a partir de € 10. Apesar de hoje em dia ser utilizado somente para turismo, é considerado o canal navegável mais antigo da Europa. Segue de Toulouse a Sète no Mediterrâneo – são cerca e 260 quilômetros.
Na Praça do Capitólio estão dois ícones arquitetônicos: a sede da prefeitura (Hotel de Ville) e o Teatro Nacional. Este segundo, de 1792, se destaca graças a fachada marcada por oito colunas de mármore rosa. E antes que se perguntem, a gente antecipa que dá sim para entrar e visitar o Capitólio. Bom, ao menos uma parte. O que vale para a Sala dos Ilustres, a mais luxuosa e que com obras de Henri Martin, Jean-Paul Laurens, Paul Gevais, entre outros.
Nos arredores há inúmeras lojas e restaurantes. Aliás, neste quesito são várias as especialidades gastronômicas da região: cassoulet (guisado de feijão branco, pato e ganso), foie gras, magret de canard (peito de pato), fenetra (doce típico), brique du capitole (uma espécie de bombom) e licor de Armagnac.
Uma boa pedida é o Mercado Victor Hugo, na praça de mesmo nome. Considerado um dos melhores da França, funciona de terça a domingo somente no período da manhã.
Não deixe de visitar o conjunto conventual dos Jacobinos, da ordem dos Dominicanos, uma verdadeira joia da arte gótica meridional. Na igreja, onde se encontra as relíquias de São Tomás de Aquino, o destaque é abóbada em forma de palmeira. Outro ponto sagrado que não dá para passar batido é a Basílica Saint-Sernin (foto que ilustra o destaque desta matéria). Considerada a maior igreja romanesca conservada da Europa é mais um dos patrimônios da Unesco.
Aos que procuram um pouco de cultura em suas viagens destacamos dois museus em particular: o Les Abattoirs de Arte Moderna e Contemporânea, em um antigo matadouro no bairro se Saint-Cyprien; e o Augustins de Belas Artes, nas dependências de um mosteiro gótico de 1396. Este último conta com uma das coleções mais importantes do país. São mais de 4 mil obras assinadas por mestres como Benjamin-Constant, Courbet, Delacroix, Guercino, Jean-Paul Laurens, Perugino, Philippe de Champaigne, Rubens e Van Dyck.
Já na Sede da Airbus (que permite visita a linha de montagem), e do primeiro voo do Concorde, há 40 anos atrás, a modernidade de Toulouse pode ser muito bem explorada na Cidade Espacial. Além de conhecer melhor o dia a dia de astronautas, dá para ver de pertinho um foguete utilizado para transportar satélites e sondas. E, no museu, uma pedra lunar trazida da missão Apollo 15.