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Confira um roteirinho básico para 2 dias em Turim, na Itália

A Itália possui inúmeras cidades-points que todos os brasileiros desejam visitar, como Roma, Milão e Florença. Eu já conheço essas e outras cittàs, mas hoje vim falar sobre uma pouco conhecida: Turim. A cidade se localiza na região de Piemonte e é super pertinho da França – de Lyon, onde resido, deu 3 horas e pouquinho de carro e a paisagem das montanhas cheias de neve vale cada segundo da viagem. Passei um final de semana e aproveitei muito. Por isso preparei um roteirinho básico para quem quer ir para Turim e conhecer, além de muitas atrações, o primeiro Eataly do mundo!

Dia 1

Cheguei cedo e fiz o check-in no hotel. O escolhido para o final de semana foi o Victoria, localizado em uma área nobre, pertinho da Piazza Castello, uma das atrações mais conhecidas na cidade.  A hospedagem é impecável, o café da manhã é colonial e cheio de delícias italianas e o SPA é incrível. Super recomendo e vou usar o endereço dele como referência para os passeios a seguir. Ah, fiz a reserva pelo Booking.

A primeira parada foi o famoso Eataly, o primeiro da rede. A maior unidade fica a uns 15 minutos de carro do hotel, mas caso você tenha ido para Turim de trem, a estação de metrô mais próxima é a Spezia. Se a opção for não ir até lá, existe uma mini-loja do Eataly (Via Giuseppe Luigi Lagrange, 3) a 5 minutos a pé do Victoria Hotel, mas não tem nem metade da variedade que a unidade de Torino Lingotto (Via Nizza, 230) possui.

Já fiz um post aqui no TRAVELPEDIA falando sobre a minha experiência no Eataly, mas faço um pequeno resumo: vá e compre muitas delícias artesanais, pois é super em conta, mas não se anime muito com o almoço. Apesar de barato, as massas e pizzas não são lá essas coisas e decepcionam um pouquinho… Mas estando na Itália, nada é ruim, não é mesmo? Ah, prove os gelatos – eles são divinos!

De barriga cheia, deixei o carro no hotel e fui a pé (deu uns 10 minutos andando) visitar o famoso Museo Nazionale Del Cinema. O acervo se localiza no Mole Antonelliana, um prédio histórico, símbolo da cidade. Dentro dele, você encontrará uma enorme coleção de peças antigas do cinema italiano, além de atividades cientificas e educacionais. É realmente uma experiência inesquecível e uma viagem na história cheia de emoções e sensações. Você pode adquirir o ingresso por € 10 para visitar apenas o museu ou comprar o pacote de € 14 que inclui o acervo e a vista panorâmica. Recomendo a segunda opção – a paisagem é linda!

Logo em seguida, resolvi visitar o Museo Egizio, super recomendado no TripAdvisor. Saindo do Museo Nazionale Del Cinema, o trajeto a pé foi em torno de 10 minutos e deu pra conhecer muito da região passando pelas movimentadas ruas e vielinhas que só a Itália tem. O acervo é o único, além do Museu do Cairo, que é dedicado apenas à cultura e artes egípcias que foram encontradas por arqueólogos entre 1900 e 1935. Vale muito a pena para descobrir um pouco mais sobre a história do Egito e explorar objetos, esculturas, múmias e túmulos dos séculos passados.  O ingresso custa € 15.

Para o jantar, optei pela Osteria La Capannina, um dos restaurantes mais incríveis que já fui, em todas as minhas experiências na Itália. Do hotel, deu cerca de 10 minutos de carro e a estação de metrô mais próxima do é a Vinzaglio. Pois bem, sabe aqueles restaurantes que você chega e não quer mais ir embora?

Começando pelo atendimento, o garçom era daquele tipo “italianão” que fazia de tudo para agradar e tentar entender os pedidos em inglês. Dei start com o vinho tinto da casa (muito bom!), junto de uma entradinha chamada Tartare di Tonno, um tartar de atum fresco com burrata- simplesmente divino.

Como não fiquei feliz com a minha pizza do Eataly, resolvi matar a vontade de uma redonda. Meu comentário? A melhor que já comi na vida! Tanto a minha quanto a do meu namorado estavam uma delícia (salivo só de lembrar). Não provei as massas, mas as que bisbilhotei passando entre as mesas, pareciam deliciosas. De sobremesa pedi o petit gatêau de pistache com sorvete – que é muito amor para um prato só.

Dia 2

Acordei cedinho para aproveitar o último dia na cidade e visitar o campo esportivo do Juventus, antes do jogo contra o Palermo. Eu não recomendo a experiência de ir ao estádio em dia de partida, pois fica muito complicada a movimentação e você pode não conseguir ingresso. O campo fica bem afastado do centro: a estação mais próxima é a Rigolo Stadio e do hotel deu cerca de 30 minutos de carro.

Há duas opções: visitar apenas o museu com a história do clube ou conhecer o acervo e o estádio. Optei pela segunda, mas aqui vai uma dica esperta: reserve os tíquetes online. A bilheteria local só vende ingressos do tour para o dia em si e, muitas vezes, eles se esgotam rápido. Reservando através do site você se garante. O museu é lindo, repleto de história e objetos antigos, mas entrar no campo é o ponto alto do tour: é emoção à flor da pele. Eu sou apaixonada por campeonatos e clubes europeus, então, recomendo a sensação de estar lá dentro, ao vivo e a cores!

Saindo do estádio, resolvi conhecer a Colline di Torino, que dá para ser visitada de ônibus ou de carro. O tempo estava bom, o que fez a paisagem ser ainda mais surpreendente quando cheguei ao topo. A vista é de tirar o fôlego e ao ver tudo aquilo, firmei o meu pensamento sobre o quanto a Itália é encantadora. De lá de cima, os rios, prédios e toda a historia de Turim brilhavam com o sol. Jamais vou esquecer a vista.

Hora de mangiar! O restaurante escolhido foi a Osteria Al Tagliere, pertinho do hotel, do metrô XVIII Dicembre e da Piazza Castello. As ruas ao redor são todas estreitinhas, bem italianas e cheias de variedades de lojas e sorveterias (onde garanti minha sobremesa). Optei pelo vinho branco da casa, muito gostoso, e por um spaghetti com funghi dos deuses. Meu namorado foi de nhoque com queijos, que estava gostoso, mas era um pouco enjoativo. Adorei o local e recomendo para quem quer provar a típica cozinha piemontesa.

Para finalizar o combo de museus, após o almoço a pedida foi o Museo Dell’Automobile Torino. Aprendi a gostar de carros por influência do meu pai e irmão, então, para mim, ver automóveis italianos antigos de pertinho foi incrível. Achei o acervo bem completinho, com muitos modelos, expostos em ordem cronológica. No fim, o museu nos presenteia com amostras de carros atuais como Ferrari e Lamborghini. Não tem como não ficar de boca aberta.

O que eu levei comigo de Turim? Além de alguns quilinhos extras e produtos gostosos, muito conhecimento, vistas lindas e mais uma experiência de viagem inesquecível. E aí, ficaram com vontade de conhecer a cidade? Eu já quero voltar, com certeza!

See you soon!

Bisous,

Gi

Fotos: Gi Ferraz e Pixabay (destaque) 
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