O Japão, por exemplo, deixa qualquer brasileiro fascinado. Por mais que se preparem para as imensas diferenças culturais e costumes, a extrema organização e limpeza das cidades japonesas sempre superam as expectativas. Isso vai além de simplesmente jogar lixo nas lixeiras. As pessoas não comem nas ruas ou andando, não falam em transportes públicos (muito menos ao telefone), nem fumam em espaços públicos. Tudo isso contribui para um ambiente agradável para todos, inclusive para os visitantes.
Além disso, ao andar pelas ruas japonesas, sempre se vê pessoas utilizando máscaras – mesmo antes da pandemia do novo coronavírus. Com isso, as pessoas doentes visam não contaminar os outros. Mas não significa que estejam infectadas com algo grave. Basta uma gripe ou resfriado para que o japonês utilize a máscara.
Ainda na Ásia, a Abreu conta que o Vietnã e o Camboja causam assombro por outro motivo: o trânsito. Em ambos destinos, as grandes cidades são bastante caóticas, e é preciso ter muita paciência ao andar a pé, principalmente para atravessar as ruas. Para completar, as motocicletas são extremamente populares entre vietnamitas e cambojanos. Os viajantes não apenas veem muitas delas circulando, mas podem se deparar com cenas como várias pessoas em cima de uma única moto, e motoristas lendo jornais, comendo e até dormindo sobre os veículos. Tal cenário caótico também é bem comum na Índia, onde além de tudo se tem as sagradas vacas pelo caminho!
Quem faz viagens por vários destinos da China pode estranhar não só seus costumes, mas seus horários. Mesmo com sua grande extensão territorial, o governo chinês decidiu utilizar apenas um fuso horário, 11 horas à frente do horário de Brasília. Isto significa que, enquanto amanhece às 5h da manhã em Xangai, em Lhasa, no Tibete, a luz do dia só chega às 7h. Por sua vez, a cidade tibetana tem o pôr do sol em torno das 21h, duas horas depois que a noite caiu em Xangai.
Mas não é só a Ásia que conta com costumes e diferenças culturais surpreendentes. Na Austrália, por exemplo, a Abreu diz que é comum ver pessoas descalças. Não, isso não acontece só na praia. Se no Brasil, paulistanos e cariocas discutem se é socialmente aceito ir a um shopping calçando chinelo de dedo, a Austrália já decidiu há muito tempo que os sapatos não são necessários em lugar nenhum, se essa for a sua vontade. Shoppings, cafés, aeroportos – não há limites!
Em países com influências árabes, como Marrocos e Egito, por sua vez, a pechincha é um hábito de todos os comerciantes nos mercados de rua conhecidos como souks. Para nós, brasileiros, isso não é tão estranho. Afinal, adoramos a oportunidade de conseguir um bom desconto. E os vendedores marroquinos e egípcios não querem apenas lucrar mais. Se o turista aceita o preço inicial, que geralmente é jogado às alturas, o vendedor não fica contente. O que traz alegria é o processo de negociação até chegar a um acordo.
No Irã e na Turquia, a surpresa acontece no banheiro. Isso mesmo! Embora muitos hotéis tenham banheiros equipados como no Ocidente, outros estabelecimentos têm o toalete padrão do país: em forma de latrina no chão! Bem diferente das privadas futurísticas que se encontra no Japão, por exemplo.
Por fim, em uma viagem à África do Sul, se os turistas quiserem aprender algumas palavras ou expressões no idioma local, a dúvida será: qual delas? O país reconhece 11 línguas oficiais, como inglês, africâner e zulu. O próprio inglês pode ser ouvido com mais variações de sotaque do que se pode contar. Para completar, há muitos trabalhadores estrangeiros vivendo por lá, o que faz com que seja comum escutar francês, português e outras línguas africanas nas ruas.