A temporada de cruzeiros marítimos 2024/2025 acaba de encerrar com números impressionantes para o setor turístico nacional. Com nove embarcações dedicadas ao mercado sul-americano e aproximadamente 862 mil leitos ofertados, o período reafirmou sua importância estratégica para a economia brasileira.
Durante mais de 170 dias, os cruzeiros percorreram 18 destinos no Brasil e América do Sul. Consequentemente, a movimentação financeira gerada pode igualar ou até superar os R$ 5,2 bilhões registrados na temporada anterior.
Além disso, o setor contribui diretamente para a geração de empregos. Assim, cerca de 80 mil postos de trabalho, entre diretos, indiretos e induzidos, foram criados graças à indústria náutica.
Os resultados oficiais serão apresentados no 7º Fórum CLIA Brasil, marcado para 3 de setembro, em Brasília. Entretanto, as projeções iniciais já apontam para um cenário altamente positivo.
Roteiros diversificados atraem turistas
A MSC Cruzeiros operou com seis embarcações: MSC Armonia, MSC Grandiosa, MSC Orchestra, MSC Poesia, MSC Seaview e MSC Splendida. Já a Costa Cruzeiros trouxe três navios para a temporada: Costa Diadema, Costa Favolosa e Costa Pacifica.
Os principais portos de embarque e desembarque incluíram Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Paranaguá e Itajaí. Paralelamente, várias cidades serviram como pontos de escala, entre elas Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios e Ilhabela.
Além disso, no exterior, os navios também visitaram destinos como Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, consolidando a integração turística sul-americana.
Benefícios locais comprovados
De acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), cada passageiro gera impacto econômico médio de R$ 668,91 nas cidades de escala. Nas localidades de embarque e desembarque, esse valor aumenta para R$ 877,01.
“Foi uma temporada importante para nossa indústria e para os destinos, que comemoraram os impactos positivos dos cruzeiros nas economias locais”, afirma Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
Os benefícios se estendem para muito além dos portos principais. Restaurantes, hotéis, comércio local e serviços de transporte observam aumento significativo no faturamento durante a temporada.
Brasil como destino internacional
Além dos cruzeiros de cabotagem, o país recebeu mais de 30 navios internacionais que fizeram escalas em mais de 40 cidades brasileiras. Desde Manaus e Belém, no norte, até Rio Grande, no sul.
Destinos como Parintins, Alter do Chão e Ilhabela entraram definitivamente na rota internacional de cruzeiros. Por conseguinte, o fluxo de turistas estrangeiros aumentou consideravelmente nessas regiões.
Perspectivas e desafios futuros
Após o encerramento da temporada, a CLIA Brasil iniciará reuniões com autoridades públicas e representantes do setor turístico. O objetivo principal é identificar oportunidades de melhoria para as próximas temporadas.
“Para crescer ainda mais, o Brasil precisa avançar em competitividade frente a outros destinos globais”, explica Ferraz. Segundo ele, custos equilibrados, segurança e sustentabilidade são pilares essenciais para o desenvolvimento do setor.
O potencial de crescimento permanece enorme. Contudo, investimentos em infraestrutura portuária e simplificação de processos burocráticos são necessários para atrair ainda mais embarcações.
Por fim, com planejamento adequado e parcerias estratégicas, a temporada 2025/2026 promete superar os resultados atuais, consolidando definitivamente o Brasil como polo de excelência no turismo marítimo mundial.