Enviar dinheiro para fora do Brasil é cada vez mais comum entre os brasileiros. E o procedimento é relativamente simples. No entanto, requer alguns cuidados para evitar cair em fraudes ou ter prejuízos. Sendo assim, fique atento a este texto, já que ele destaca quatro pontos importantes que requerem atenção especial antes de efetuar qualquer tipo de pagamento ou transferência de valores para outro país.
1. Escolher a melhor forma de enviar
Muita gente não sabe, mas as agências bancárias não são as únicas opções para o envio de dinheiro para fora do País. Tampouco são as mais vantajosas. Embora as transações realizadas via bancos tradicionais sejam bastante seguras, carregam uma grande carga burocrática. Ou seja, deixa a operação mais demorada. Além disso, os bancos utilizam o câmbio turismo, que é mais caro do que o comercial, e cobram taxas bem salgadas.
Para fugir delas, há opções como vale postal eletrônico e as transações digitais, que estão se popularizando dadas às suas inúmeras facilidades. Independentemente da forma escolhida, é importante verificar junto ao Banco Central se a instituição tem autorização para funcionar oferecendo esse tipo de serviço financeiro.
2. Conhecer os impostos
Antes de fechar contrato com alguma empresa no exterior ou se comprometer a enviar remessas, é importante saber que toda transação realizada entre bancos situados em países diferentes implica no pagamento de impostos e taxas. Conhecê-los é importante para o planejamento da operação, evitando sustos e dores de cabeça na hora do envio.
O primeiro deles é o IOF (Imposto sobre Operação Financeira), que é cobrado em todo tipo de operação de crédito como empréstimos, seguros, câmbio, títulos mobiliários e o envio de dinheiro para outro país. O valor do IOF cobrado para transferências internacionais varia entre 0,38% e 1,1%, de acordo com a natureza da remessa. Nos envios de dinheiro para terceiros costuma ser de 0,38%; já nas compras feitas com cartão de crédito ou débito, o imposto sobe para 6,38%.
As taxas de câmbio são referentes à compra e venda de moedas estrangeiras. Existem, basicamente, dois tipos delas: o câmbio comercial e o câmbio turismo. O comercial é aquele cobrado por importação e exportação. O turismo é aplicado sobre o câmbio comercial de cada moeda para fins de compra e venda de divisa estrangeira para cobrir gastos de viagens internacionais.
Há ainda as tarifas de envio que bancos e casas de câmbio cobram para realizarem movimentações financeiras entre contas bancárias situadas em países diferentes. Esse valor é variável e pode ser cobrado tanto de quem recebe quanto de quem envia, a depender do caminho escolhido.
O banco ainda cobra IOF de acordo com a titularidade da conta, taxa de câmbio, taxa de transferência do código Swift (que permite a comunicação entre os bancos), mais o VET (Valor Efetivo Total). Este, por sua vez, é o custo em reais que uma pessoa vai pagar pela compra de qualquer moeda estrangeira. Neste valor estão inclusos: tributos, taxas de câmbio e tarifas incidentes na operação.
3. Prestar atenção na cotação
Normalmente, a taxa de câmbio considerada pelas instituições tradicionais como bancos e casas de câmbio é o turismo, o que inclui uma margem de lucro. A prática é legal, porém, deixa a operação bem mais cara. Já as plataformas digitais consideram o câmbio comercial, assim, a transferência internacional em dinheiro fica consideravelmente mais barata.
Por isso, é importante acompanhar o câmbio da moeda pretendida para fazer simulações e enviar o dinheiro quando a cotação estiver favorável. Ou seja, quando o valor da moeda estrangeira em reais estiver mais baixo é bom enviar o dinheiro para o exterior. Já quando a ideia for enviar dinheiro de fora para o Brasil, o melhor é esperar a alta do câmbio.
4. Prazos
Planejamento é palavra de ordem quando o assunto é transferir dinheiro para o exterior. Isso porque embora o procedimento seja relativamente simples, as transferências podem levar de um a cinco dias, dependendo da instituição escolhida.
Portanto, uma pesquisa prévia dos prazos evita surpresas desagradáveis. Conhecê-los permite que o emissor consiga saber exatamente quando o dinheiro irá cair na conta do beneficiário e estar disponível para utilização.