Hoje, 8 de março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher! Além de uma forma de homenagem, a data serve também como uma forma de discutir e de aprender mais sobre o papel da mulher na sociedade. Eis então quatro livros que de alguma forma abordam o empoderamento feminino e a luta feminista em diversas áreas, além de três deles contarem a história de três grandes mulheres.
Seja como obra de ficção, biografia ou como livros históricos, as indicações ajudam a entender o papel da mulher na sociedade atual. Confira! 😉
Eu e não outra
Este livro permite um vislumbre da personalidade e da vida de Hilda Hilst. Aborda desde o seu nascimento em Itu, até sua morte na Casa do Sol, detalhando uma série de episódios fascinantes de sua vida – a juventude glamurosa na capital paulista à decisão de se recolher num sítio, dos livros pornográficos à fantasia de se tornar freira, ou à vontade de ser reconhecida como grande que foi. Seria possível pensar que a obra procura retratar a pessoa por trás da escritora, se em Hilda essas duas faces não fossem, justamente pela consciência com que construía sua imagem, a mesma coisa.
Dizendo a que veio
Atrevida e solidária, Soninha Francine não cansa de surpreender. Em uma ação social pela cidade de São Paulo, ela se apaixonou por um morador de rua, e por essa paixão enfrentou a resistência de todos. Não foi fácil, mas Paulo finalmente venceu o alcoolismo e hoje formam uma família. No livro, Soninha revela sua atração pelos “feios e sujos” e também conta os bastidores de seu convívio com protagonistas da política brasileira, como José Serra e João Doria.
Ela sabe que ser feminina tem mais a ver com a capacidade de transgredir limites. Ao ir além, enfrentar preconceitos e expandir possibilidades para todos, assume sua luta pela evolução da espécie: “nossa história darwiniana não é uma narrativa de adaptação, e sim uma história de desafio e destemor”.
A Política Sexual da Carne
Na obra publicada pela Editora Alaúde, a autora, Carol J. Adams, analisa as ligações estreitas entre os movimentos sociais feministas e as práticas vegetarianas. Seja para destacar-se do restante dos seres vivos ou para afirmar sua masculinidade e virilidade, o homem branco e hétero fez com que o consumo da carne traga em suas raízes o machismo. A autora mostra que, ao enxergar a existência dos pontos de intersecção entre a forma com que as sociedades patriarcais tratam a mulher e os animais, os leitores entenderão também, que combater a violência praticada contra esses dois grupos é o único caminho para uma sociedade mais igualitária.
Mademoiselle Chanel e o cheiro
Baseado em fatos reais, o romance narra um período fascinante e misterioso da vida de Coco Chanel. Na efervescente Paris de 1919, no ápice de sua carreira, Gabrielle sofre um revés: seu amante morre num acidente. Muitos temem que ela não consiga mais produzir, mas ela se renova com um projeto que lhe devolve a vontade de viver: a criação de um perfume que sintetize uma fragrância misteriosa e moderna, a combinação de muitos elementos, o cheiro do amor.
Em sua busca pelo aroma perfeito, ela se inspira no perfume de Catarina, a Grande, e conhece Dimitri Romanov, príncipe russo exilado na França. Ao mesmo tempo em que se abre novamente para a vida, Gabrielle cria o Chanel N° 5, que se tornará o perfume mais famoso do mundo.