Os amantes de chocolate têm uma ótima desculpa para abusar e se lambuzar. Afinal de contas, hoje, dia 7 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Chocolate – o doce mais famoso e consumido do mundo. Portanto, não importa em qual de suas versões, a guloseima à base de cacau, que já passou por tudo que é tipo de forma, cor e sabor, é uma delícia difícil de resistir.
Tradição em festividades, tema de livros e filmes, inspiração até para música e novela. Assim, é um alimento que fascina e está em constante transição. Entretanto, há sempre alguma novidade no universo do chocolate. Porém, têm diferentes texturas e aromas. Quanto ao formato, pode ser encontrado em barra, gota, bombom e formas mais peculiares.
Além disso, em sua forma sólida há as versões amargo, meio amargo, ao leite, diet e branco. Segundo a história o branco surgiu em 1913, quando a Baker’s Company publicou a primeira receita de “tabletes de baunilha”. Ou seja, um doce feito com manteiga de cacau, açúcar, leite e baunilha. Depois foi batizada de “chocolate branco” que não leva cacau na fórmula, apenas a gordura tirada da semente. Por fim, todos servem de base para diferentes sabores. Assim, são diversos ingredientes para recheios como amendoim, amêndoa, avelã, nozes, castanhas, frutas secas, caramelo, biscoito, flocos de cereais, frutas cristalizadas, doce de leite, Nutella, ganache, coco, café, pimenta…
Veja aqui 12 receitas deliciosas para comemorar a data.
A HISTÓRIA
No Dia Mundial do Chocolate vale à pena contar a história dessa irresistível delícia. Com mais de 3 mil anos de existência, os primeiros vestígios de sua descoberta são de 1.500 a.C. e vêm da civilização Olmeca que habitava o México. Posteriormente, em forma de bebida, o cacau foi aproveitado pelos Maias. Considerado sagrado, nas cerimônias religiosas era torrado e servido com especiarias e mel. Já no tempo dos Astecas serviu como moeda. Em 1502, quando a esquadra de Cristóvão Colombo chegou à Ilha de Guanaja, os nativos o serviram com uma taça, que lhe garantiu ser um dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate.
Os conquistadores espanhóis então o introduziram na Europa, onde era considerado um alimento energético e especial, por seu valor nutricional. Inicialmente era uma iguaria que somente mulheres, sacerdotes e nobres consumiam em cultos da Igreja Católica. Foi com os espanhóis que começou a tomar o formato que estamos familiarizados. Antes disso, era amargo e condimentado. Em território espanhol, surgiu a ideia de substituir a pimenta, muito consumida com o chocolate, pelo açúcar.
Energético e antidepressivo
Mais tarde, no século 18, o botânico sueco Carlos Linnaeus batizou o chocolate de Theobroma, que em grego quer dizer alimento dos deuses. Depois o cacau foi se popularizando e se diversificando com a adição de outros ingredientes. Por volta de 1700, a novidade chegou à França e Inglaterra. Os suíços tiveram então a sábia ideia de misturar ao leite, dando origem ao chocolate como nós conhecemos hoje. Amém!
Anos depois, conquistou a indústria com o início da produção nos Estados Unidos. No Brasil, o cultivo de cacau começou no século 19 em Ilhéus, Bahia. No século seguinte, o poder energético e antidepressivo do chocolate foi reconhecido pelo exército americano e passou a fazer parte da “ração D”, levada para a guerra pelos soldados. Mais 100 anos depois a ciência comprovou que sua versão meio amarga, quando consumida moderadamente, traz inúmeros benefícios para a saúde. Além de saboroso, é uma excelente fonte de energia, sais minerais, potássio, fósforo e magnésio. Ainda bem! 🙂
A PRODUÇÃO
Tudo começa quando as frutas de cacau são quebradas para extrair as sementes, base do chocolate. Nesse momento ainda são amargas. A transformação ocorre quando a matéria-prima é decomposta, recebe açúcar e leite, é agitada, passa por várias trocas de temperatura e, no final, é moldada para ganhar forma. Da escolha do cacaueiro até a embalagem, uma série de rigorosos cuidados garante o sabor e a textura de um dos doces mais apreciados pela humanidade.
Para a versão ao leite, a mistura leva açúcar cristal, manteiga de cacau e. claro, leite, gerando uma nova massa. Já o amargo, não recebe leite, enquanto que no branco, a manteiga de cacau e o açúcar predominam na receita. Em todos os casos há um processo de refinamento. Esse passo serve para deixar o chocolate mais leve e homogêneo, além de adicionar novos ingredientes ao produto.
São horas seguidas sendo processado, em ambiente aquecido, onde parte da acidez e umidade é perdida. Dando continuidade o doce passa por uma troca de temperatura, para que os cristais de manteiga de cacau e açúcar se estabilizem. Etapa muito minuciosa, pois um erro na intensidade de calor pode resultar em manchas esbranquiçadas, falta de brilho ou na presença de cristais de açúcar. Nessa fase também é feita a moldagem. Depois de pronto, é preciso embalar – normalmente a vácuo – para que não haja contato com o oxigênio e a umidade externa.
DOCES DESTINOS
Quando se pensa em chocolate é inevitável não associá-lo a Suíça e Bélgica, já que tanto Zurique quanto Bruxelas dividem o título de Capital Mundial dessa irresistível guloseima. No caso do país belga, já abordamos aqui no TRAVELPEDIA o pioneirismo do destino na produção dos bombons recheados, os famosos pralinés. Quem perdeu ou quiser relembrar é só clicar aqui. Agora, quanto a Suíça, que ainda iremos trazer para vocês, vamos adiantar este saboroso “pedaço” em referência a data.
Porém é um dos produtos suíços mais conhecidos em todo o planeta, devido sua alta qualidade, adquirida ao longo de décadas quando passou de simplesmente produzir para transformar em uma espécie de arte. De fato algumas marcas se sobressaem por conta de seu sabor. É o caso da Lindt, Milka, Toblerone e Nestlé. No entanto, até as menos conhecidas, como a Frey, são um deleite ao paladar.
E tudo é por conta do leite alpino produzido pelas muitas vaquinhas que vemos compondo o cenário montanhoso das fotos da Suíça. Sim, elas têm até aqueles sinos pendurados ao pescoço. Uma graça! A variedade é imensa, e para diferentes gostos e bolsos. Que pena que por aqui, mesmo os importados, são sempre os mesmos sabores.
JOIAS COMESTÍVEIS
Por fim, importante ressaltar que um produto que é alvo de tanta paixão representa também um mercado próspero. Exclusivos, caros e requintados, algumas iguarias levam ingredientes excêntricos e até ouro! Além disso, dentre tantas opções existem os tidos como os mais caro do mundo. Por exemplo, é o caso do La Madeline au Truffe, da Chocopologie e fabricado nos EUA. Cada bombom pesa 42gr e custa US$ 250! Composto de 70% de cacau, o recheio é da rara trufa francesa Perigord. Assim, ele é feito somente por encomenda tem um prazo de entrega de 14 dias.