De acordo com o diretor da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) no Amazonas, Sidney Reche Galdeano Filho, apesar da valorização dos veículos seminovos no mercado amazonense, atualmente o grande desafio das 277 locadoras que atuam no estado é a reposição de suas frotas com veículos novos.
“As empresas do nosso setor enfrentam, neste momento, uma enorme dificuldade para a compra de veículos zero quilômetro”, diz Galdeano. “Primeiro, por causa das paralisações nas montadoras diante das medidas de isolamento social e, mais recentemente, devido à crise mundial da falta de semicondutores essenciais para produção”.
O diretor da ABLA acrescenta que a situação do mercado para a compra de veículos é “absolutamente crítica” para as locadoras, principalmente para aquelas que não anteciparam os seus pedidos junto às montadoras.
Com a falta de automóveis para entrega imediata, Galdeano lembra que o setor de locação também já deixou de contar com descontos das montadoras, “o que acaba pressionando as tarifas de aluguel de carros. Nossa previsão é que o mercado automotivo só será normalizado no segundo semestre de 2022.”, diz.
Até lá, para contornar a crise, a alternativa tem sido esticar a vida útil das frotas e adaptar uma nova rotina operacional dentro das locadoras. “Estamos recomendando com ainda mais ênfase a adoção de boas práticas de gestão, no sentido de minimizar o impacto da dificuldade de comprar carros.”, completa Galdeano.
Conforme o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, as 277 empresas de locação de veículos que atuam no Amazonas possuíam, ao final de 2020, uma frota total de 7.555 veículos. Essas empresas são responsáveis pela manutenção de 1.280 empregos diretos em todo o estado.
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