Para acompanhar uma cerveja gelada (saiba mais clicando aqui) que tal umas fritas? Vendidas em cones de papel, elas estão por todos os cantos, nos frietkot (espécie de barraquinha/ quiosque). Livros de receitas do século 18 indicam que ela já era preparada por lá desde 1680. As batatas utilizadas são as bintje, cultivada na região.
O preparo também é bem peculiar, já que primeiro é frita em banha derretida e, na sequência, em óleo vegetal. A tática garante a crocância por fora e a maciez por dentro. Na hora de comer, não importa se será pura ou acompanhada de algum molho (geralmente de maionese) pode ter certeza que será difícil parar.
Entre as opções de friteries na capital Bruxelas, destacamos: o Belgin Frites, na Rue de la Madeleine 1 e o Maison Antonie, na Place Jourdan 1. Se estiver na região do Atomium, tem um único trailer por ali que faz fila, mas vale a pena.
Um ícone nacional
Assim como os ingleses são conhecidos pelo Fish ‘n’ Chips, a Bélgica é famosa pelo Moules et Frites. Uma combinação também bem sucedida e, que tende agradar os paladares de quem gosta tanto de mexilhão quanto de fritas. Quase que uma obsessão nacional, não se espante ao vê-lo por todos os cardápios.
Os mexilhões são cozidos em molho de vinho branco, manteiga e ervas, enquanto que as batatas são mergulhadas no caldo em que os frutos do mar foram preparados. Ou seja, par perfeito!
Mas vale dizer, manda a tradição belga que se deve comer mexilhões apenas em meses cujo nome contenha a letra R. A crença tem seu sentido, isso porque as chances de se adoecer comendo mariscos, mais especificamente bivalves, é maior durante os meses de maior calor – os sem R. Isso devido ao fato que, neste período há maior concentração de microalgas tóxicas nas águas. Dito isso, vamos as dicas pela capital:
Um dos restaurantes mais conhecidos de Bruxelas, o Chez Léon, na Rue des Bouchers, nos arredores da Grand Place/Grote Markt, data de 1893. A fama, no entanto, veio décadas depois, durante a World Expo 1958. Desde então a cidade se transformou na Capital do Mexilhão e deu à Bélgica um dos seus ícones.
Uma opção mais refinada, o Aux Armes de Bruxelles, na vizinhança de Îlot Sacré, também bem próximo a praça, foi fundado em 1921, e, é um dos mais tradicionais. Além de clássicos da culinária local, o que vale para o Moules et Frites, tem também outras opções com mexilhão, bem como pratos com peixes e carnes.
Pode se dizer que o Le Zinneke, na Place de la Patrie 26, está para os mexilhão o que o Delirium Café está para a cerveja. Isso por conta da variedade de opções. A casa serve 70 molhos diferentes – que vão desde os clássicos (natural, provençal e com vinho branco) até alguns mais exóticos, o que vale para uma série à base de cerveja. Entre outras opções estão o La Boussole, próximo a Igreja de Santa Catarina, e o Le Chou de Bruxelles com pratos típicos.
Cerveja até no prato!
Começamos este post falando que as fritas podem ser ótimas pedidas para acompanhar a cerveja, depois contamos sobre um ícone nacional, e agora, para finalizar, temos de voltar a falar da bebida mais servida no país, isso porque ela não vai só nas taças, mas é também ingrediente de muitos pratos. É o caso do carbonade flamande, que nada mais é que uma espécie de Boeuf Bourguignon, porém preparado com cerveja.
Quem quiser mais opções nesta linha encontra no Les Brigittines, sob o comando do chef Dirk Myny. Muitas das receitas levam a bebida. Dentre as quais estão o ballotine de foie gras de pato cozido em Zinnebir (do estilo Belgian Pale Ale) e a bochecha de vitela braseada por 4 horas em cerveja Kriek.
Fotos: Visit Flanders Flickr e arquivo pessoal
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*O Travelpedia viajou em virtude do prêmio recebido pelos jornalistas Carolina e Roberto Maia no Concurso Europa de Jornalismo – realizado anualmente pela Comissão Europeia de Turismo. Além das cidades belgas o roteiro contemplou ainda o glamoroso Principado de Mônaco e um stopover em Lisboa a convite da TAP e do Dom Pedro. Durante a viagem os profissionais contaram com o seguro da GTA – Global Travel Assistance.
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