O aluguel de carros para viagens domésticas deve continuar crescendo na alta temporada. De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), a demanda pode aumentar até 15% em comparação ao ano passado. Essa projeção considera diversos fatores econômicos que afetam diretamente os turistas brasileiros.
Segundo Marco Aurélio Nazaré, presidente da ABLA, o turismo doméstico será a principal tendência no verão de 2025. “O dólar, que segue em alta, ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 6. Desde maio de 2020, no auge da pandemia, a moeda não alcançava valores tão elevados, quando atingiu R$ 5,90”, explica Nazaré. Ele destaca que a alta da moeda americana desestimula viagens ao exterior. Assim, muitos brasileiros optam por destinos nacionais, o que aumenta, naturalmente, a procura por aluguel de veículos.
Expansão da frota
Além disso, a frota de automóveis e comerciais leves para aluguel diário deve atingir 770 mil veículos até o final de 2024. Em 2021, esse número era de apenas 545 mil. Isso representa um crescimento expressivo de 29% em três anos. Essa expansão reflete a demanda crescente de turistas e também de viajantes a negócios, demonstrando a relevância do setor para o mercado brasileiro.
Aluguel de curto prazo em alta
Outro ponto importante é o aluguel de curto prazo, que tem impulsionado o setor. Esse tipo de locação dura, em média, de uma a duas semanas e é especialmente comum em regiões turísticas. Além disso, as locadoras oferecem veículos novos e seminovos revisados, garantindo mais segurança aos motoristas. “O aluguel de carros é essencial para impulsionar o turismo e facilitar as viagens”, afirma Nazaré.
Por fim, a frota total das locadoras, incluindo veículos novos e seminovos, deve alcançar 1.650.000 unidades até o final de 2024. Isso representará um aumento de 4,8% em relação às 1.570.820 unidades registradas em 2023.
As projeções da ABLA foram baseadas em dados do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Dessa forma, os números confirmam a importância estratégica das locadoras para o turismo doméstico, especialmente em tempos de desafios econômicos.
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