Destino com rios de águas cristalinas e paisagens naturais exuberantes, Bonito, no Mato Grosso do Sul, descobriu no ecoturismo e na preservação do meio ambiente o seu maior patrimônio. Junto com outros municípios, integra o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
Bonito segue critérios rigorosos para a visitação dos seus principais atrativos. É impossível uma pessoa chegar à cidade e se dirigir para uma localidade qualquer na região sem que esteja acompanhada por um guia credenciado. E os vouchers têm que ser comprados com bastante antecedência porque cada um dos atrativos possui um número limitado de visitantes diários. E os preços são tabelados.
A região tem atrações para atender aventureiros loucos por atividades radicais e adrenalina, bem como famílias. Caminhadas nas trilhas, cavalgadas, passeios de bicicleta e observação de pássaros também compõem o vasto leque de atividades.
ÁGUAS CRISTALINAS
São mais de 40 opções turísticas em Bonito e demais municípios. Os rios estão entre as principais atrações. Eles têm origem em rochas calcárias o que lhes dão características peculiares como a incrível transparência. As águas translucidas encantam os visitantes em flutuações, mergulhos, rafting e boia cross.
Os principais rios são o Formoso, Prata, Perdido, Mimoso, Peixe, Anhumas, Olaria e Miranda. Ao longo do curso de cada um deles também estão cachoeiras de grande beleza, tamanhos e volume de água.
Entre as principais atividades aquáticas estão a flutuação na Barra do Sucuri, no sitio Água Azul; flutuação no Rio Sucuri em um cenário de tirar o folego; flutuação no Rio da Prata no Recanto Ecológico Rio da Prata; mergulho e rafting no Rio Formoso para quem quer emoção; e boia cross com muita aventura e diversão.
GRUTA DO LAGO AZUL
Considerada a principal atração natural da região de Bonito, a Gruta do Lago Azul tem visitação limitada a pequenos grupos. Chega-se a ela através de uma trilha de 200 metros. Uma escadaria rústica e íngreme com cerca de 300 degraus dá acesso ao lago. Suas águas são absurdamente transparentes e de uma tonalidade azulada indescritível. O cenário fica completo com espetaculares estalactites e estalagmites.
A Gruta do Lago Azul é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1978 como monumento natural. A melhor época para a visitação é entre dezembro e janeiro, pela manhã, quando o sol incide diretamente na entrada da gruta.
OUTRAS ATIVIDADES
Abismo Anhumas (foto ao lado) – Ideal para a prática de rapel, flutuação e mergulho. Um buraco com 72 metros de profundidade e iluminado apenas por fendas entre as rochas guarda um imenso lago de águas transparentes. Lá embaixo há um deck flutuante paira sobre um espelho de águas cristalinas de um lago com 80 metros de profundidade.
Gruta São Mateus – O atrativo começa por uma trilha de 320 metros até a entrada da gruta. Dentro dela os visitantes avistam formações espeleológicas como estalactites, estalagmites e coraloides.
Cachoeiras da Estância Mimosa – Inclui caminhada de três horas por uma trilha que tem mirantes com vistas panorâmicas da Serra da Bodoquena. No caminho, paradas para mergulhos e banhos em um conjunto de dez cachoeiras e piscinas naturais. Há, também, exploração de grutas, observação de animais, um lago com jacarés, plataforma de saltos, passarelas suspensas e trecho percorrido em barco a remo. O local oferece almoço típico da fazenda com pratos preparados no fogão a lenha.
Cachoeiras do Rio do Peixe – Uma trilha de dois quilômetros no interior da Fazenda Água Viva passa por 11 cachoeiras e piscinas naturais no Rio do Peixe. O passeio tem paradas para banhos, uma plataforma de salto na Cachoeira do Poção e um ponto com carretilha. A atração inclui um almoço com pratos típicos sul-mato-grossenses.
Flutuação na Nascente Azul – O passeio tem início na Praia da Capela, segue por uma trilha em meio à mata e cachoeiras e culmina com flutuação sobre a incrível nascente com águas azuladas e cerca de oito metros de profundidade. O restaurante do local serve almoço com pratos típicos.
Balneário Praia da Figueira – A lagoa de água corrente e a extensa praia com coqueiros e areia branca em uma área com 60 mil m2 tem entre suas atrações a flutuação, tirolesa, passeios de caiaque e pedalinho, além de mergulho.
Parque das Cachoeiras – As sete cachoeiras formadas pelas águas do Rio Mimoso estão no caminho de uma trilha ecológica que inclui paradas para mergulho em piscinas naturais. No final do passeio o grupo retorna à sede para um almoço com pratos típicos e doces regionais.
© VisitMS/Divulgação
Balneário do Sol – Às margens do Rio Formoso, oferece atrativos como tirolesa, trampolim, piscina de água corrente, quadras de esporte, salões de jogos, redários, churrasqueiras e área de alimentação. Lindas cachoeiras completam o cenário natural.
Lagoa Misteriosa – É considerada a sétima caverna mais profunda do país com 220 metros de coluna d’água. Uma escadaria com 179 degraus leva ao espelho d’água. O passeio inclui caminhada através de uma trilha até um mirante. Possibilidade de flutuação e mergulho.
© VisitMS/Divulgação
Recanto do Peão – Cavalgada com 1h30 de duração, oferece uma interessante experiência sobre a vida do homem no campo. Antes do passeio os participantes são recepcionados com uma roda de Tereré e ao final é servido um delicioso lanche típico sul-mato-grossense.
Buraco das Araras – A gruta, localizada na cidade de Jardim, tem 120 metros de profundidade e 160 metros de diâmetro. Ela é habitada por muitas araras vermelhas e papagaios que proporcionam verdadeiros espetáculos. O passeio contemplativo dura aproximadamente uma hora.
© visitmsoficialLobo Guará Bike Tour – O passeio tem um percurso de mais ou menos 14 quilômetros até o Parque Ecológico do Rio Formoso. No caminho os participantes farão duas paradas para banho e em mirantes para observação. Há duas saídas diárias, às 7h30 e 15h30, da rua principal de Bonito.
Ecoparque Porto da Ilha – No Rio Formoso, oferece stand up padle, slakeline, bois cross, passeio de bote e duck. Os visitantes também podem saborear um delicioso almoço típico no restaurante do Porto da Ilha com pratos à base de peixes, carne e frango.
Fazenda Ceita Corê – Cachoeiras, trilhas, piscinas naturais, pequenas grutas e nascentes fazem parte desse atrativo. Há também passeio a cavalo e almoço típico regional preparado em fogão à lenha.
Arvorismo Cabanas – A atividade é desenvolvida em um circuito a 15 metros de altura e com 18 obstáculos, além de duas tirolesas, sendo a última aquática no Rio Formoso. Os visitantes também podem aproveitar uma cachoeira no Rio Formosinho.
Boca da Onça – Com 165 metros a Cachoeira Boca da Onça tem a maior queda d’água do Mato Grosso do Sul. Chega-se até ela após uma caminhada pela mata e com paradas em cascatas e piscinas naturais. Um rapel com 90 metros de altura leva os praticantes a se projetarem no abismo em uma descida com muita adrenalina passando por grutas sobre o cânion.
AQUÁRIO DE BONITO
Oferece aos visitantes a possibilidade de conhecer cerca de 60 espécies de peixes encontrados na Serra da Bodoquena e Pantanal. O Aquário de Bonito tem 32 tanques com cerca de 150 mil litros de água, onde estão peixes como os raros albinos, ornamentais pantaneiros, as pouco conhecidas arraias de água doce, além de pintados, cacharas, pacus, dourados e enormes jaus com 1,2 metro e 30 quilos em média. Os visitantes podem inclusive tocar as dóceis arraias. Abre diariamente das 9h às 23h.
GASTRONOMIA
A Rua Coronel Pilad Rebuá – a principal da cidade – está repleta de lojas de artesanato, bares e restaurantes com mesinhas na calçada. Churrasco pantaneiro, pratos à base de peixes de água doce e carne de jacaré estão entre as atrações gastronômicas oferecidas nos cardápios.
O peixe-símbolo da cidade é o piraputanga. A moqueca pantaneira, prato tradicional da cozinha do Pantanal, é outra atração local. Para quem aprecia, não deixe de provar a cachaça típica da região, feita com mel, guaraná em pó e canela.
Entre as boas opções de restaurantes estão os seguintes:
Restaurante Casa do João – Pratos com traíra, pintado a urucum e típicos da região pantaneira. Informações: tel. (67) 3255-1212
Restaurante Juanita – Comida regional, incluindo pacu na brasa e acompanhamentos tradicionais. Informações: tel. (67) 3255-1924
Restaurante Pantanal Grill Gourmet – Carne de jacaré, peixes do Pantanal e culinária sul-mato-grossense. Informações: tel. (67) 3255-2763.
Varandas Restaurante – No cardápio estão o Peixe de Caverna, Piraputanga Safadinha, Dourado Grelhado, Pintado na Telha com Camarão e Filé Mignon ao Molho Mielé. Informações: tels. (67) 3255-1893 e (67) 99142-4788.
E contou com o apoio da Secretária de Turismo Indústria e Comércio de Bonito. Bem como da Impacto Operadora de Ecoturismo.
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SERVIÇO
Como chegar – Bonito tem um pequeno aeroporto e, se possível, escolha um voo direto. Antes da pandemia, a Azul voava duas vezes por semana para o destino a partir de São Paulo (Aeroporto de Viracopos, em Campinas).
Outra opção é voar até Campo Grande que oferece um maior número de voos. Depois ainda tem que encarar 300 quilômetros de estrada em carro alugado ou em veículos compartilhados a partir do aeroporto. Há também a possibilidade de viajar de ônibus a partir da rodoviária da capital sul-mato-grossense.
Quando ir – Embora possa ser visitada o ano inteiro, a cidade apresenta duas estações bem definidas: a chuvosa (verão) e a seca (inverno). Durante o período mais quente, as cachoeiras e rios estão mais cheiros. Já durante a temporada sem chuva as águas dos rios são mais cristalinas. Uma boa opção viajar durante a primavera ou no outono, quando o calor não é tão intenso.
Como circular – Alugar um carro é a melhor opção, pois as atrações são distantes do centro da cidade e entre elas. E o transporte até a maioria das atividades não está incluso no preço e deve ser contratado separadamente. Outra opção é contratar traslados em vans privativas.