Apesar de caro (sim, sinto dizer, mas não é daqueles destinos mais em conta), a mescla de história, cultura e gastronomia é um convite extra para se encantar por esse país de belezas naturais, vida agradável e povo hospitaleiro. Na mesma latitude do Alasca, Groenlândia e Sibéria, está situado na península da Escandinávia, sendo um dos locais mais ao norte do planeta onde há pessoas vivendo. O destino apresenta um clima agradável comparado ao destas localidades.
Por lá o grande negócio é a pesca de bacalhau e salmão, isso graças à mistura de águas quentes e frias trazidas pela Corrente do Golfo. E foi assim, em meio a deliciosas versões desses peixes, que rolou minha aventura em terras nórdicas. Tão rica em atrativos e para todos os tipos de turistas e durante o ano inteiro.
O principal deles é a região conhecida como Fjord Norway, área com a maior concentração dos famosos fiordes e que atrai pessoas de todos os cantos prontas para admirar o panorama de florestas, águas azuis, montanhas íngremes e topos nevados. E acredite o visual não decepciona. É de ficar boquiaberto. Eu fiquei. Como fica nítido na minha foto abaixo, também garanti inúmeras selfies.
Mas, se aguentar, deixe o popular passeio de barco por eles para o final da viagem. Já que antes tem uma série de atividades que vão valer a pena. E é o que pretendo contar a vocês a partir de hoje. Então comecemos por desbravar a capital, Oslo, berço da principal porta de entrada do país.
Ao leste, à beira de uma imensa baía, dentro do fiorde Oslofjorden, numa região cercada de montanhas, florestas, lagos e ilhas (40 no total), a maior metrópole da Noruega chama atenção por sua arquitetura arrojada, grande quantidade de atrações e tranquilidade de um vilarejo. Juro! Foi uma das coisas que mais me impressionou. Esqueça a correria das grandes capitais, o ritmo é outro. O silêncio reina absoluto.
Em um dia é possível passear em um bosque, nadar num fiorde e ainda assistir a algum concerto. Uma sintonia perfeita entre diversão ao ar livre e vida urbana. E o melhor, na hora de se locomover o transporte público é bem eficiente: metrô, ônibus, bondes e balsas compartilham o mesmo sistema de bilhetes, o que torna tudo ainda mais fácil. Similar a outras localidades litorâneas, na orla estão bairros badalados e pontos turísticos. Enquanto que o centro é bastante compacto, ideal para percorrer caminhando. O que é sempre uma boa pedida para se conhecer de fato um lugar.
Giro cultural
Tome como ponto de partida a Karl Johans Gate, a avenida principal. Projetada por Hans Linstow, arquiteto que planejou o Palácio Real, a via cercada de edificações históricas é uma espécie de Champs-Élysées de Oslo. Por ali, além da morada oficial da realeza e diversas esculturas, está a Radhuset (sede da prefeitura), o Museu Histórico; a Galeria Nacional de Arte; o Teatro Nacional, a Universidade de Oslo e o fascinante Centro Nobel para a Paz.
Boa parte dos cerca de 50 museus da cidade ficam nessa região, e entre aqueles que valem a visita estão o Museu Histórico, que abrange 9 mil anos de história, passando por épocas importantes, como o período Viking e a Idade Média. De terça a domingo das 10h às 17h (15 de maio a 14 de setembro) e das 11h às 16h (15 de setembro a 14 de maio). Ingresso: NOK 80 (gratuito para menores de 18 anos) – também garante acesso ao Museu de Embarcações Viking.
Bem como o de História Natural que engloba os museus Zoológico e Geológico e está dentro do Jardim Botânico, com 7.500 espécies de plantas. Terça a domingo, das 11h às 16h. Ingresso: NOK 50 (NOK 25 para crianças entre 4 e 16 anos). O Jardim Botânico funciona diariamente, das 7h às 21h e a entrada é gratuita.
Já o Museu Nacional mantém e preserva a mais extensa coleção de arte da Noruega, combinando exposições do de Arte Contemporânea, o de Artes Decorativas, o Nacional de Arquitetura e a Galeria Nacional de Arte. E por falar na galeria, nela se encontra a maior coletânea pública de pinturas, desenhos e esculturas do país. Grande parte é anterior a 1950, e entre as estrelas do acervo está a mais célebre das quatro versões de O Grito de Edvard Munch. De terça, quarta e sexta das 10h às 18h; quinta das 10h às 19h; sábado e domingo das 11h às 17h. Ingresso: NOK 100 (gratuito as quintas).
Outra variação pode ser vista no atual Museu Munch – de segunda a domingo a partir das 10h (exceto as terças, quando não abre) com entrada a NOK 100 (gratuito para menores de 18 anos e para quem tem o Oslo Pass) -, enquanto que as demais são de coleções privadas. E por falar no pintor norueguês, as 17 mil obras deixadas para a cidade farão parte de um novo espaço em sua homenagem, com previsão de abertura em 2019 na zona portuária de Bjørvika.
A área, que compreende os arredores do píer e outrora foi uma zona industrial ocupada por linhas de trem e contêineres, está sendo toda revitalizada com o intuito de se transformar em um enorme centro cultural e gastronômico. Por ali chama atenção a Opera House. O edifício de mármore Carrara branco e vidro apresenta uma arquitetura premiada além de apresentações e performances de nível internacional. Aberta ao público é a única no planeta onde se pode caminhar por seu telhado. A inclinação tornou-se um ponto de encontro entre os visitantes. Ainda na região, a Fortaleza de Akershus, do século 13, garante uma excelente vista sobre o porto. Funciona diariamente, das 7 às 21h e a entrada é gratuita.
Como cultura nunca é demais, não deixe de visitar o Museu de Embarcações Viking, na península de Bygdøy. O espaço é bem compacto, mal dá para crer que guarda dois dos barcos mais bem preservados da história desses guerreiros do mar. Em exposição também estão ferramentas, trenós, uma carroça e esculturas em madeira. Bem como o Museu Fram, nome em referência ao mais famoso navio de exploração polar. Os visitantes podem subir a bordo e ver como alguns exploradores viveram nos lugares mais frios da Terra mais de 100 anos atrás. Diariamente, de maio a setembro das 9h às 18h e outubro a abril das 10h às 16h. Ingresso: NOK 80 (gratuito para menores de 18 anos) – com acesso ao Museu Histórico.
Como dá para notar, Oslo é uma cidade moderna e diversificada, e cada um de seus bairros revela algo de especial. Não importa a época do ano, vai ter sempre algum bônus. Durante o inverno, por exemplo, você pode combinar com uma visita ao Parque de Inverno com 11 elevadores e 18 pistas para esqui e snowboard. Já no verão, o fiorde Oslofjord é perfeito para passeios de barco, canoagem e passeios pelas ilhas. Por lá só fica a toa quem quiser.
Bom saber
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Moeda: Coroa norueguesa (NOK). NOK 1 = R$ 0,38.
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Fuso horário: + 4h em relação ao horário de Brasília
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Electricidade: O padrão norueguês é de 220 volts AC (50 Hz).
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Clima: No verão, de junho a agosto, a máxima é de 30 ºC. O inverno, de dezembro a março, tem temperaturas baixas, podendo cair abaixo de zero, com neve.
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Curiosidade: O estilo de vida é bem peculiar na Noruega, na hora de comer o comum é uma única refeição quente por dia, o jantar que é geralmente servido a partir das 17h. Os almoços normalmente são a base de lanches.
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Fica a dica: Além de viagens gratuitas nos transportes público o Oslo Pass garante acesso gratuito a mais de 30 museus e atrações. O passe mais barato, de 24 horas, custa NOK 335 (NOK 170 para crianças).
Fotos: divulgação, Creative Commons e arquivo pessoal