Especial França: restaurantes e dicas gastronômicas em Paris

Giovanna Ferraz Borges

8 anos atrás

Oi pessoal,

Tudo bem?

Dando continuidade ao Especial França no Travelpedia, depois de falar um pouco sobre os lugares clichês e fora do comum em Paris (ao final desta matéria você encontra os links anteriores), hoje será a vez de abordar os restaurantes e dar indicações gastronômicas na belle Cidade Luz.

É muito difícil (quase impossível) conhecer todos os restôs da capital francesa – são mais de 40 mil estabelecimentos! Por essa razão, para facilitar sua próxima viagem, selecionei dez que mais gosto e/ou que são bem conhecidos em geral. Todos da lista valem a pena serem visitados, mas, claro, tudo depende também do bolso de cada um, portanto, para facilitar a vida, os dividi em duas categorias: Preços altos, mas espetaculares e os bons e baratos. Assim, você escolhe, a partir do quanto quer gastar. No fim, ainda rola um extra com dicas amigas e comidas típicas, daquelas que não tem como ficar sem comer ou experimentar. Então se prepare para ficar com água na boca!

Preços altos, mas espetaculares

L’Avenue – Super bem falado, é frequentado por diversos famosos e celebridades. Fica em uma esquina e as mesas mais disputadas são as da calçada, onde além da vista, os clientes admiram as pessoas passando. O risoto de camarão e o tartare de atum são espetaculares e os mais pedidos. O bar ainda oferece uma extensa carta de bebidas, que vão desde vinhos de todas as regiões da França até champanhes e drinques. Ah! Os trajes dos clientes são, predominantemente, social.

Brasserie Castiglione – Lembram que na matéria anterior de Paris comentei sobre a Rue Saint Honoré? Então, esse super conhecido restaurante fica no número 235. O ambiente é confortável, não é barulhento e possui música ambiente agradável. O ponto alto é o fato de funcionar das 7h até às 23h30, servindo todos os tipos de refeições no maior estilo non-stop. Vão notar que sou suspeita para falar de tartare (amo!), mas o do Brasserie é memorável: bem temperado e acompanhado de um delicioso pão caseiro. No inverno, a boa pedida é a sopa de cebola. Aos domingos, entre 12h e 16h, é servido brunch com muitas opções gostosas, a € 39 por pessoa.

Le Relais de l’Entrecôte – Não tem como ir a Paris e não provar o famoso entrecôte com batatas fritas. E o Le Relais dispõe de uma fórmula única: salada verde com nozes seguido de contra-filé super macio com molho ultra secreto de mostarda e fritas quentinhas e crocantes. O detalhe fica por conta do fato que, além do prato em si, eles ainda trazem mais carne e acompanhamentos. Ou seja, você sai super satisfeito MESMO. O menu fixo, sem bebidas, sai € 27 euros por pessoa.

Maison de la Truffe – Quem não ama trufas? A especiaria é o carro chefe da casa: todos os pratos a levam de alguma maneira. No 8ème, desde 1932, é referência gastronômica, pois mistura tradições francesas com o nobre ingrediente. O risoto de lagostim com trufas negras Malanosporum e o cheesecake à la truffe de sobremesa é a combinação perfeita para um jantar após um passeio pela Champs-Elysées. Azeites, queijos e temperos estão disponíveis para a compra na lojinha do restaurante.

L’atelier Joël Robuchon – É o melhor da cidade para uma verdadeira experiência gourmet. Para o jantar, é obrigatório fazer reserva e o menu sai, em média, € 100 por pessoa! Entre os pratos servidos, caranguejo com salada crocante, gaspacho e caviar. Se quiser comer no local, mas de forma mais em conta, escolha o menu executivo do almoço. É caro, mas vale cada euro para conhecer o que a culinária francesa tem de melhor. Afinal de contas, os chefs Joël Robuchon e Axel Manes estão no Guia Michelin.

Bons e baratos

Café Charlot – Andou muito no bairro Marais e bateu aquela fome? Eis aqui um café a moda antiga na região, além de uma ótima opção com preços acessíveis. Os omeletes são bem pedidos, mas os hambúrgueres são os carros-chefes da casa: grandes, com bastante queijo e, claro, acompanhados de batata frita. Provei a salada caprese e amei: as folhas são bem temperadas e a mussarela de búfala é grandona. O brunch, aos domingos, custa € 19 por pessoa e tem muitas opções, de sucos até brioches com salmão defumado.

Café de Flore – No 6ème, é um dos mais conhecidos da região Saint-Germain. Era o predileto de Jean-Paul Sartre e, por isso, recebe muitos turistas. Entre as coisas mais gostosas do local, sentar na calçada e pedir um vinho está em primeiro lugar. Apesar das bebidas não serem muito baratas (típico em Paris), os pratos têm preços em conta. Há sanduíches, aperitivos quentes e frios, omeletes, sopas, saladas e quiches que variam de € 9 até uns € 25. É um bom lugar para fazer uma boquinha no almoço ou no fim da tarde. O Croque-Monsieur é o meu preferido: fresquinho e recheadíssimo de queijo.

Ferdi – Cansou da culinária francesa? Tá afim de um hambúrguer? Na minha humilde opinião, esse é o melhor x-burguer que já comi na cidade! A carne é macia, vem no ponto certinho e é de boa qualidade. O molho, o queijo, o pão… Hummm! Enfim, tudo é uma delícia. O lanche sai em torno de € 16 e a porção de fritas, para 2, é € 6. Apesar dos hambúrgueres, a casa serve diversas outras opções, como nachos, especiarias espanholas, frutos do mar… Tem de tudo! Para terminar, o churros com calda de chocolate, por € 10, é maravilhoso. E vale a ressalva que aos finais de semana o restaurante só abre a partir das 13h15 – quando fui cheguei às 13h e já tinha fila na porta. Se conseguir, mande uma SMS para reservar a mesa e não perder tempo esperando. O número é +33 06 51 70 29 70.

Germain – Bem “modernex”, o local mistura o lifestyle de Londres com o filme Alice no País das Maravilhas. O que mais marca não é nem os pratos em si, e sim a decoração, como por exemplo uma enorme escultura amarela de uma mulher de salto alto no meio do salão, atingindo os dois andares do prédio. Eu pedi um salmão com limão e arroz basmati que era dos deuses e finalizei com o creme brûlée de pistache. O restaurante é ideal para quem está no 6ème e quer almoçar rapidinho, mas comendo bem e barato.

Le Paradis Du Fruit – Já falei aqui no Travelpedia sobre esse local (clique aqui), mas tudo que é bom merece repeteco. Com ambiente moderno e todo decorado, foge dos bistrôs clássicos. Os pratos são bem saudáveis e todos os ingredientes são feitos na casa – molhos, sucos, geleias… Para quem curte vinho, a carta é compacta, mas super gostosa. Para quem prefere suco, há mil e uma combinações. Os pratos são todos com frango halal ou frutos do mar e as sobremesas são caseiras.

Fica a dica!

Rue Daguerre – Ao invés da Mouffetard, vá para essa rua e se delicie com as barraquinhas de frutas, verduras, queijos, vinhos, pães e doces. Apesar de mais afastada, tem muito mais variedade e ainda não foi tomada por souvenires e turistas.

Jacques Genin – Troque o Angelina pelos doces e chocolates dessa casa. Apesar de ter como marco o chocolate quente, o Angelina caiu muito de qualidade devido ao número de turistas e o excesso de fama. Eu particularmente não indico para ninguém que quer provar algo além do chocolate quente local. Já o Jacques Genin é uma das maravilhas da pâtisserie francesa atual e hipnotiza os clientes desde a vitrine até a primeira mordida em um doce. Falando neles, são verdadeiras obras de arte, que dá até dó de estragar.

Musée Gourmand Du Chocolat – O museu é dedicado ao chocolate, paixão nacional dos franceses. Após saber sobre a história do cacau no país e como começaram as fabricações, vemos objetos e livros antigos que marcaram época. Uma das primeiras caixas de bombom está exposta e é muito legal notar a diferença entre o que era antes e como é hoje. Depois da visita, pode-se participar de um workshop ministrado por um legítimo chocolatier francês.

10 coisas que você tem que provar em Paris

Os caramelos franceses são simplesmente deliciosos e estão presentes em pães, cafés, bolos… Há desde o amanteigado até o salgado, cada um dando um toque diferente à comida.
Conhecido internacionalmente, o crepe francês é um clássico. Tanto que pode ser encontrado em quase todos os restaurantes e barraquinhas de rua. As creperias da Champs-Élysées são as mais conhecidas (e as mais caras). Os salgados são servidos acompanhados de salada e os doces de frutas. Minha dica: o com queijo de cabra e o de Nutella.
É impossível visitar Paris (e a França) e não apreciar um bom vinho – de preferência tinto. Os gostos mudam muito de uma região para a outra, então, é provável que você ame alguns e odeie outros. O importante, no entanto, é degustar! Garanto que “ao se aventurar nas rolhas” irá querer levar de volta na mala algumas garrafas.
Tradicionalmente feito como um croissant recheado de chocolate cremoso, o pain au chocolat é paixão nacional. Quentinho ou embalado em grandes quantidades, está em todos os supermercados, padarias e lojinhas de rua. Para experimentar um clássico, procure uma famosa boulangerie e bon appétit!
O falafel parisiense é descrito por muitas pessoas como o melhor do mundo. Eu, particularmente, amo e os melhores que comi de fato foram por lá. É uma ótima escolha para quem quer economizar em restaurantes, mas ainda sim comer algo saboroso. Há diversas barraquinhas/restaurantes na cidade.
O crème brûlée é encontrado em praticamente qualquer restaurante ou café. A sobremesa, que significa nada mais que “creme queimado”, é feita com creme de leite, ovos, açúcar e baunilha, com uma crosta de açúcar queimado por um maçarico. Pode ser servido gelado ou quente – recomendo a segunda opção. Além de baunilha, já provei de chocolate, pistache e doce de leite. Hummm!
Apesar de não ser tão conhecido quanto o chocolate belga ou suíço, o francês não deixa de ser imperdível. Tem trufas, barras, caldas e bombons e em diferentes sabores como pistache, creme brûlée ou até mesmo flores comestíveis. Dica: procure os chocolates com recheio de caramelo. Desta maneira, você pode experimentar dois itens desta lista de uma vez só.
Inventado pela Ladurée no início do século 20, o macaron em si é um merengue recheado com diversos sabores, como ganache e morango. Os doces franceses estimulam três sentidos: olfato, paladar e visão.
Paris está repleta de restaurantes que oferecem ostras junto a outros pratos da culinária francesa. É aquela história: ame-a ou a odeie. Coloque sal, limão e prove! Se gostar, você já será quase um cidadão parisiense!
Dessa listagem eis aqui uma das minhas maiores paixões, o queijo. Paris tem todos os tipos imagináveis e a culinária utiliza muito o produto em seus pratos. Há muitas lojas com especialistas que permitem degustações e sugerem as melhores opções possíveis para o seu paladar.

Bom, é isso… Tem algum outro restaurante que você amou ou odiou e gostaria de compartilhar? Comente aqui! Na próxima quarta-feira vou falar de dicas para famílias, casais, crianças e idosos em Paris. Fiquem ligados!

See you soon!

Bisous,

PS: Me segue lá no Instagram: @mundodagibr 😉