O Frank Bar completou 2 anos e tem muitos motivos para comemorar. Spencer Amereno certamente é o grande artista que faz do bar, situado no lobby do Maksoud Plaza, um sucesso. E a nova carta criada por ele não poderia ser diferente, com versões exclusivas de famosos drinques, assim como grandes novidades. Lançada nesta segunda-feira, dia 11/09, a edição 2017/2018 conta com 20 drinques, sendo 17 exclusivos, além de variada seleção de bebidas para apreciar doses. Os drinques da nova seleção estão divididos nas seções: Simulacrum, Stratum, Circumlocution e Opus.
A primeira delas é focada em grandes ícones da coquetelaria, mas vai contra a mentalidade purista, de que o drinque deve seguir a receita à risca. É a escolha para quem quer viajar no tempo e entender o clima de quando e onde um drinque foi criado, com grandes interpretações e toques especiais do Head Bartender do Frank Bar.
Nesta divisão são citadas histórias de grandes nomes como Jerry Thomas, que teve enorme influência no século 19 e chamava muita atenção fazendo malabarismo com os utensílios do bar. Ele lançou o Bar-Tender’s Guide em 1862 e trouxe pela primeira vez a receita de um “cock-tail”. Baseado em Thomas foi criado o ‘Improved Whiskey Cocktail’, com uma mistura de Bourbon Woodford Reserve, tintura de absinto, estragão mexicano, folha de pitanga, charuto e Jerry Thomas Own Decanter Bitters.
Já a Stratum trata-se de uma camada da seção anterior, mas não é focada no autor e sim no drinque como influência. São coquetéis pouco populares, para não dizer esquecidos, e que precisam ser trazidos à tona, pois suas receitas têm potencial para se adequar ao paladar moderno, mas contando com um toque mais que especial de Spencer Amereno. Há três variações a serem experimentadas: ‘Ambrosia’, com Poire Williams Eua de Vie, Havana Club 7, marmelada de laranja vermelha com sour beer, Espumante Brut e CO²; ‘Mamie Taylor’, já apresentado na ação Segunda Dewar’s, e ‘Fernet Cocktail’, com um perfil de baunilha, amargo e resinoso.
Na Circumlocution, são drinques já consagrados, mas com a criatividade de Amereno. É o caso do ‘Maverick Negroni’, feito com Gin, Fernando de Castilla Classic Manzanilla, chocolate bitters, Amaro Lucano, óleo de castanha do pará e sal; o ‘Aperol Soyer Au Champanhe’; o ‘Sangre y Humo’, um Bloody Mary mais que renovado; e o ‘Non Compos Mentis’, uma nova versão do White Russian.
Por fim, a Opus é composta pelas obras de Spencer e são contemporâneas. São elas: ‘Ataraxia’, drinque defumado, cítrico, levemente frutado e doce à base de Evan Williams Black; a ‘Smash’, composto por Gin Beefeater, Sencha Noily Prat, folhas de aipo, hortelã bicolor, chutney de manga, limão siciliano e puxuri; e o já conhecido ‘Nahua Cooler’, que tem aroma de lúpulo, é refrescante, lático e leva tequila.
Na seleção também se encontra um drinque mais que brasileiro criado pelo Sub-Chefe do bar, José Ronaldo, que traz seu toque baiano para a casa. O ‘Café da Manhã Nordestino’ leva Jim Beam Black, manteiga, xarope de café com especiarias, limão tahiti, ovo inteiro e cacau 100%, mais uma vez provando que a criatividade é o principal ingrediente da carta.