De Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat e Tom Friedman, passando por Picasso, Miró, Georges Braque, até afrescos, pinturas e relevos que vão do século 15 ao 18. Assim são definidos os art hotels que tem em seus lobbies, suites e jardins inúmeras telas, esculturas, fotografias e afrescos, que não fazem papel de coadjuvantes, mas sim de protagonistas.
Para os viajantes e art lovers uma boa notícia: hotéis de luxo ao redor do mundo apostam na arte exposta como atrativo, onde mesmo no ócio a cultura está presente. Europa, Estados Unidos e Brasil são alguns países onde é possível encontrar essas relíquias.
Em Miami, o luxuoso e icônico W South Beach, Miami, tem como um dos proprietários Aby Rosen que empresta ao local uma parte de sua coleção de arte moderna e contemporânea. Andy Warhol, Tom Sachs, Rob Pruitt, Damien Hirst, Kenny Scharf, Jonathon Zawada, Harland Miller, Jean-Michel Basquiat, Sage Vaughn, Tom Friedman são algumas obras expostas no hotel. Já os quartos e hall dos elevadores são decorados com fotografias de rock de Danny Clinch, que já clicou de Missy Eliot a Elvis Costello e coleciona 3 indicações ao Grammy como diretor. Além disso, “Portrait of Claudia” e “Shiva”, do pintor e diretor de cinema Julian Schnabel, indicado a diversos prêmios por seus filmes e reconhecido por suas pinturas, também podem ser admirados por lá.
Na Itália, o Four Seasons Hotel Firenze, preserva tesouros de afrescos, pinturas e relevos dos séculos 15 ao 19. No lobby, 12 painéis de alto-relevo mostram figuras mitológicas supostamente criadas por Bertoldo di Giovanni, um dos maiores escultores da época. A capela, transformada em sala de leitura, tem as paredes pintadas pelo maneirista Jan van der Straet (dito Giovanni Stradano) e por Agostino Ciampelli. No teto da Volterrano Suite está um dos afrescos mais importantes do hotel: Cegueira da Mente Humana sendo Iluminada pela Verdade, do séc. 17, por Baldassare Franceschini (ou Volterrano).
Ainda na Europa, mas na França, o hotel La Colombe d’Or tem obras de Miró, Georges Braque, Henri Matisse, Sonia Delaunay, Fernand Léger, Raoul Dufy, Picasso, Alexander Calder, Cesar, Arman, Tinguely, Dubuffet e Jacques Prévert que por lá passaram e deixaram suas obras como pagamento.
No Brasil, o hotel Brasilia Palace é considerado um marco na capital do país, pois foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e fundado em 1958 pelo então Presidente Juscelino Kubitschek. O hotel presenteia seus hóspedes e visitantes com dois painéis do artista plástico Athos Bulcão que, em função da importância para a cultura nacional, foram tombados pelo patrimônio Histórico.
E para finalizar, o Gramercy Park Hotel, nos Estados Unidos, em New Iorque, que abriga uma coleção impressionante do século 20, com curadoria de Julian Schnabel, também responsável pelo décor. Do lobby ao Rose Bar, há obras-primas da pop art de Andy Warhol e do neoexpressionista Jean-Michel Basquiat. Nas paredes, trabalhos também de Enoc Perez, Keith Haring, Tom Wesselmann, Richard Prince, Michael Scoggins, Fernando Botero e Damien Hirst, entre outros.
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