Ainda no clima após a inédita conquista de Portugal de um título internacional no futebol, deixamos o sangue lusitano falar mais alto e listamos algumas atrações imperdíveis para quem visita a bela capital, Lisboa. Sem mais viver da sombra do passado, das glórias de suas conquistas, o país tem se reinventado principalmente para o Turismo, e a cidade mostra com primor isso.
O primeiro ponto seria o fato de ser banhada pelo famoso Tejo, o rio é uma constante na cidade, há quem diga que todos os caminhos levam a ele, e olha, é bem por aí mesmo. Ao final das estreitas e tortuosas ruelas ele está sempre lá, imponente mais parecendo um mar do que um mero curso de água doce.
Estreitamente ligado à Casa Real Portuguesa e à epopeia dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerónimos é hoje uma das mais importantes atrações turísticas da capital. Perto do local onde o infante D. Henrique, em meados do século 15, mandou edificar uma igreja sobre a invocação de Santa Maria de Belém. Sob as ordens do rei D. Manuel I foi ali construído um grande mosteiro, para então perpetuar a memória do infante e sua grande devoção a Nossa Senhora.
Ponto culminante da arquitetura manuelina é o mais notável conjunto monástico português do seu tempo e uma das principais “igrejas-salão” da Europa. Doado aos monges da Ordem de S. Jerônimo é um referente cultural que não escapou da realeza, artistas e poetas. O que dirá então de viajantes não é mesmo? O mosteiro foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a Unesco o classificou como Patrimônio Cultural da Humanidade. Aberto para visitação de maio a setembro das 10h às 18h30 e de outubro a abril das 10h às 17h30. O ingresso individual sai por € 10, se combinado a Torre de Belém fica € 12.
Outro ponto que não passa batido – e nem deve – é o Castelo de São Jorge, em referência ao santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas. Monumento nacional integra a zona nobre da antiga cidadela medieval (alcáçova), constituída pelo castelo, os vestígios do antigo paço real e parte de uma área residencial para elites. No alto de uma colina, a fortificação, construída pelos muçulmanos em meados do século 11, era o último reduto de defesa para as elites que ali viviam: o alcaide mouro, cujo palácio ficava nas proximidades, e as elites da administração da cidade, cujas casas são ainda hoje visíveis no Sítio Arqueológico.
Após a conquista de Lisboa, em 25 de outubro de 1147, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, o Castelo de São Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão. Os antigos edifícios de época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o rei, a Corte, o bispo e instalar o arquivo real em uma de suas torres. Transformado em paço real pela realeza portuguesa, foi o local escolhido para se receberem personagens ilustres nacionais e estrangeiras, bem como para a realização de festas da Coroa. Em 1580, a fortificação adquire um caráter mais militar, que se manteve até ao início do século 20.
Ao longo do tempo o castelo, assim como as diversas estruturas militares de Lisboa, foi sendo remodelado, ao ponto de na primeira metade do século passado estar em avançado estado de ruína. Até que na década de 1940 foram realizadas monumentais obras de reconstrução. Investigações arqueológicas promovidas em várias zonas contribuíram, de forma singular, para confirmar o inestimável valor histórico que fundamentou a classificação do Castelo de São Jorge como Monumento Nacional. Funciona de março a outubro das 9h às 21h e de novembro a fevereiro das 9h às 18h. O ingresso custa € 8,50.
E por fim, mas não menos importante, a Praça do Comércio, um dos principais cartões postais da cidade e que inclusive serviu neste domingo, dia 10/07, de cenário da comemoração do título da UEFA Euro 2016. No seu entorno os palacetes agora abrigam restaurantes, bares, cafés e sorveterias, ou seja, um ótimo jeito de encerrar esse giro por Lisboa. Ah! Bem próximo, não deixe de vencer a preguiça e subir a escadaria que leva ao topo do icônico Arco da Rua Augusta, acredite vai valer muito a pena, lá do alto o mirante proporciona um visual deslumbrante da cidade. Aliás, essa região faz jus a Rua Augusta que temos por aqui, também é repleta de lojinhas.
Dica bônus
Fotos: Commons Wikimedia e divulgação