Ícone do site Travelpedia

Lisboa: veja as nossas sugestões de passeios na cidade

??????????????????????????????????????????????????????????

Ainda no clima após a inédita conquista de Portugal de um título internacional no futebol, deixamos o sangue lusitano falar mais alto e listamos algumas atrações imperdíveis para quem visita a bela capital, Lisboa. Sem mais viver da sombra do passado, das glórias de suas conquistas, o país tem se reinventado principalmente para o Turismo, e a cidade mostra com primor isso.

O primeiro ponto seria o fato de ser banhada pelo famoso Tejo, o rio é uma constante na cidade, há quem diga que todos os caminhos levam a ele, e olha, é bem por aí mesmo. Ao final das estreitas e tortuosas ruelas ele está sempre lá, imponente mais parecendo um mar do que um mero curso de água doce.

Ícone local, a Torre de Belém está para Lisboa o que o Cristo Redentor está para o Rio de Janeiro. Estrategicamente erguida na margem norte do Rio Tejo, entre 1514 e 1520, para defesa da cidade, é uma das joias da arquitetura do reinado de D. Manuel I. Classificada desde 1983 como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em qualquer horário chama atenção, mas experimente observá-la durante o crepúsculo, os tons do céu a deixam ainda mais impactante. A visitação pode ser feita de maio a setembro da 10h às 18h30 e de outubro a abril das 10h às 17h30. O tíquete individual sai por € 6. Quem preferir pode optar por bilhete conjunto, que combina outras atrações do destino, como por exemplo, o Mosteiro dos Jerônimos, nossa próxima indicação.

Estreitamente ligado à Casa Real Portuguesa e à epopeia dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerónimos é hoje uma das mais importantes atrações turísticas da capital. Perto do local onde o infante D. Henrique, em meados do século 15, mandou edificar uma igreja sobre a invocação de Santa Maria de Belém. Sob as ordens do rei D. Manuel I foi ali construído um grande mosteiro, para então perpetuar a memória do infante e sua grande devoção a Nossa Senhora.

Ponto culminante da arquitetura manuelina é o mais notável conjunto monástico português do seu tempo e uma das principais “igrejas-salão” da Europa. Doado aos monges da Ordem de S. Jerônimo é um referente cultural que não escapou da realeza, artistas e poetas. O que dirá então de viajantes não é mesmo? O mosteiro foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a Unesco o classificou como Patrimônio Cultural da Humanidade. Aberto para visitação de maio a setembro das 10h às 18h30 e de outubro a abril das 10h às 17h30. O ingresso individual sai por € 10, se combinado a Torre de Belém fica € 12.

Outro ponto que não passa batido – e nem deve – é o Castelo de São Jorge, em referência ao santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas. Monumento nacional integra a zona nobre da antiga cidadela medieval (alcáçova), constituída pelo castelo, os vestígios do antigo paço real e parte de uma área residencial para elites. No alto de uma colina, a fortificação, construída pelos muçulmanos em meados do século 11, era o último reduto de defesa para as elites que ali viviam: o alcaide mouro, cujo palácio ficava nas proximidades, e as elites da administração da cidade, cujas casas são ainda hoje visíveis no Sítio Arqueológico.

Após a conquista de Lisboa, em 25 de outubro de 1147, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, o Castelo de São Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão. Os antigos edifícios de época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o rei, a Corte, o bispo e instalar o arquivo real em uma de suas torres. Transformado em paço real pela realeza portuguesa, foi o local escolhido para se receberem personagens ilustres nacionais e estrangeiras, bem como para a realização de festas da Coroa. Em 1580, a fortificação adquire um caráter mais militar, que se manteve até ao início do século 20.

Ao longo do tempo o castelo, assim como as diversas estruturas militares de Lisboa, foi sendo remodelado, ao ponto de na primeira metade do século passado estar em avançado estado de ruína. Até que na década de 1940 foram realizadas monumentais obras de reconstrução. Investigações arqueológicas promovidas em várias zonas contribuíram, de forma singular, para confirmar o inestimável valor histórico que fundamentou a classificação do Castelo de São Jorge como Monumento Nacional. Funciona de março a outubro das 9h às 21h e de novembro a fevereiro das 9h às 18h. O ingresso custa € 8,50.

Dando um salto do passado para um período mais contemporâneo, por assim dizer, o Oceanário de Lisboa, é referência mundial. Não a toa foi considerado em 2015 como o Melhor Aquário do Mundo pelo Travellers’ Choice do TripAdvisor. Construído e inaugurado no âmbito da Expo 98, a última exposição mundial do século 20, com o tema “Os Oceanos, um Patrimônio para o Futuro”, abriga 8 mil criaturas marinhas e 7 milhões de litros de água salgada! Aberto das 10h às 20h. Os ingressos custam € 15,30 (adulto) e € 9,90 (sênior/+65 e jovens entre 4 e 12 anos). Crianças até 3 anos não pagam. Há ainda combo família por € 44 (2 adultos + 2 jovens).

Os bairros da capital portuguesa são um capítulo a parte, cheios de achados. Entre os mais tradicionais estão Alfama e Chiado. Por ali dá para turistar com bastante charme a bordo de um dos nostálgicos bondinhos. Sim, é clichê, mas a vida é cheia deles mesmo. Fora que acaba sendo bem útil, pois percorre os principais pontos turísticos. Se você for do tipo rato de museu, a pedida é o Museu do Chiado com suas obras contemporâneas. Outra boa opção é explorar o que restou do Convento do Carmo após o trágico terremoto de 1755. Pertinho dali está o elevador de Santa Justa, que liga as partes baixa e alta.

E por fim, mas não menos importante, a Praça do Comércio, um dos principais cartões postais da cidade e que inclusive serviu neste domingo, dia 10/07, de cenário da comemoração do título da UEFA Euro 2016. No seu entorno os palacetes agora abrigam restaurantes, bares, cafés e sorveterias, ou seja, um ótimo jeito de encerrar esse giro por Lisboa. Ah! Bem próximo, não deixe de vencer a preguiça e subir a escadaria que leva ao topo do icônico Arco da Rua Augusta, acredite vai valer muito a pena, lá do alto o mirante proporciona um visual deslumbrante da cidade. Aliás, essa região faz jus a Rua Augusta que temos por aqui, também é repleta de lojinhas.

Dica bônus

Não, não nos esquecemos da maravilhosa e farta gastronomia portuguesa, mas é que ela por si só é uma atração a parte quando em Lisboa. Sobram boas opções de onde comer deliciosos bacalhaus e os famosos doces, como o pastel de nata, que nós conhecemos melhor como Pastel de Belém. Aliás, deste tipo por lá só existe um, o feito desde 1837 pela Confeitaria de Belém e cuja receita é um segredo muito bem guardado desde então. Apesar de para muitos parecerem o mesmo docinho, os lisboetas juram que uma coisa é pastel de nata e outra é o de Belém. Pode até ser, mas para nós é uma delícia só. Assim como os vinhos e azeites que são um deleite ao paladar. Difícil será não voltar com uns bons quilos a mais.

Fotos: Commons Wikimedia e divulgação

Sair da versão mobile