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Morar fora do Brasil: Melhores países na Europa para trabalhar

Trabalhar no exterior é o objetivo de vida de muitos brasileiros. Atualmente então, quando as coisas por aqui não estão das melhores. É inevitável não sonhar em morar fora. Antes da pandemia, só no primeiro semestre de 2019, mais de 21,8 mil declarações de saídas definitivas do Brasil foram registradas pela Receita Federal. E há uma série de países europeus onde é possível concorrer a boas vagas e obter empregos que pagam bem. Entretanto, os perfis são diversos.

SUÍÇA

Considerado o melhor país do mundo para trabalhar. Os salários altos − quase o dobro da média mundial −, oferece excelente qualidade de vida, um sistema de saúde de ponta e educação de altíssimo nível. A Suíça dispõe de muitas oportunidades no ramo de turismo, especialmente hotelaria, bares e restaurantes.

Além disso, há, também, uma grande demanda por profissionais da saúde e áreas correlatas, como cuidador de idosos, por exemplo. Jovens estrangeiros com ensino superior são facilmente recrutados por empresas do país.

A principal desvantagem, no entanto, é o frio. No inverno, a temperatura pode chegar facilmente na escala negativa. Porém, a maioria das casas, apartamentos, escritórios, hotéis e restaurantes contam com sistema de calefação. E até mesmo piso térmico, o que dá conforto em lugares fechados.

Outra questão é o idioma. Na Suíça se fala majoritariamente francês, mas é possível encontrar regiões onde a língua é o alemão, o italiano ou o romanche. A maioria da população se comunica em inglês, mas não funciona para tratar com o público no dia a dia.

Para trabalhar na Suíça, é necessário ter uma oferta de emprego. Assim, pode-se solicitar um visto de trabalho. A busca por vagas pode ser feita via Brasil. Mas também é possível obter uma autorização ETIAS, que permite viver no país por 90 dias. Ou seja, até que se consiga um emprego e finalmente o visto de trabalho.

IRLANDA

O país que tem apresentado crescimento econômico relevante. E, por isso, atrai a atenção de brasileiros que querem trabalhar no exterior. Pagando remuneração acima da média europeia é uma boa pedida para quem quer ingressar no mercado internacional. Claro, com dinheiro e aprendendo um pouco mais de inglês.

O salário mínimo mensal é de € 1.656, somando € 19.872 por ano. Montante que permite uma vida confortável, mesmo o país tendo alto custo de vida. A média salarial, no entanto, é bem mais alta: € 45.611 por ano – para quem trabalha em tempo integral – de 39 a 48 horas semanais.

O estilo de vida irlandês prevê um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Ou seja, significa uma clara separação entre horário de expediente e atividades pessoais e de lazer. Este já é um ótimo ponto positivo para quem pensa em como morar na Irlanda.

Os vistos para Irlanda devem ser próprios para quem quer trabalhar. Outras permissões não incluem o direito ao trabalho. São vários os tipos de visto, destinados a públicos diferentes. Portanto, o mais indicado para quem quer iniciar é o Stamp 1., Já para os recém-graduados é o Stamp 1G. Ambos dão permissão para trabalhar full time.

Entretanto, não é tão fácil obter as autorizações. Primeiramente é preciso ter uma oferta de emprego no país. E se enquadrar na lista de vagas com alta demanda. Para quem atua na área de tecnologia da informação, a Irlanda é um país muito promissor. Multinacionais como Google e Facebook instalaram no país seus escritórios centrais europeus. Portanto, significa que há alta demanda por profissionais de TI naquela nação.

DINAMARCA

Trabalhar na Dinamarca é o sonho de uma parcela da população brasileira. Entre os principais atrativos está a qualidade de vida. O país é mundialmente conhecido por uma excelente segurança, estabilidade política e seu engajamento com a sustentabilidade.

Com altos salários, é possível encontrar empregos para estrangeiros. Principalmente nos segmentos de alimentação, transporte, indústria metalúrgica, engenharia – especialmente em gás e petróleo – e na área de equipamentos eletrônicos.

Uma das dificuldades é a língua. Embora muitas vagas aceitem quem fala inglês, falado pela maioria das pessoas por lá, o dinamarquês é um diferencial e tanto. Especialmente nas oportunidades de trabalho em que é necessária muita comunicação.

ALEMANHA

A Alemanha é considerada a nação número um para a economia industrial europeia. O país oferta boas oportunidades nas indústrias automotiva, mecânica e farmacêutica. O salário mínimo está próximo a € 1.234 mensais, o que permite um estilo de vida razoável.

A moradia tende a consumir 1/3 do salário. Já a alimentação custa de 10% a 15%. O transporte público e carro próprio podem encarecer os gastos. Por isso, é comum ver muitos alemães usando bicicletas para se locomover para o trabalho.

Falar o alemão é primordial para conseguir uma colocação. Além disso, também é preciso ter uma oferta de emprego na Alemanha para conseguir o visto para trabalhar. Entretanto, é possível obter um visto para procurar trabalho no país. Desse modo o interessado precisa apresentar um diploma de ensino superior. Bem como comprovar que tem condição financeira para viver no país por seis meses enquanto procura uma vaga na sua área de atuação. Por fim, é preciso apresentar um seguro saúde.

NORUEGA

Salários altos, baixo desemprego, segurança, bons serviços de saúde e ótima qualidade de vida. São muitos atrativos que a Noruega reserva a quem busca trabalho por lá. No entanto, a qualificação para trabalhar no país precisa ser um pouco maior. A começar pela língua. Já que além do inglês, idioma obrigatório para ingressar em qualquer carreira internacional, deve-se falar o norueguês ou outra língua escandinava.

Em recompensa, a média salarial na Noruega por ano é de € 46.891. E a carga horária trabalhada semanalmente é bem reduzida: 27,4 horas. Porém, o custo de vida é elevado e os impostos são altos. Entretanto, todo dinheiro arrecadado retorna para a população com saúde, segurança e educação gratuita.

Além disso, o clima pode ser um entrave. A Noruega é muito fria e as temperaturas no inverno podem chegar a 25 graus negativos.

Por fim, para obter o visto é preciso ter uma oferta de emprego no país. Quem tem cidadania europeia, como a italiana, por exemplo, pode residir na Noruega por 6 meses e buscar uma vaga por lá e obter a autorização de permanência enquanto trabalha.

Fotos: Pixabay
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