Foi lançado pelo jornalista Julio Cruz Neto, o livro “O Caranguejo do Saara”, distribuído pelo selo Clube Select em versão física e digital. A obra é um relato de viagem cheio de memórias, recordações e reflexões sobre o Paris-Dakar, o maior rali do mundo, quando ainda era disputado no deserto africano.
O repórter cobriu o evento por duas vezes e aproveitou as viagens para relatar experiências que os pilotos entretidos e concentrados jamais notariam durante a prova. Com poesia e humor, revela contrastes de um continente ainda desconhecido, descrevendo de forma assertiva das altas temperaturas à imensidão das dunas.
“Numa época em que os correspondentes produzem textos tão secos, a subjetividade viva nos relatos de Neto é um oásis”, afirma Ivan Marsiglia, jornalista e escritor que assina o texto de orelha do livro.
Com muitas fotos e acontecimentos narrando o cenário encontrado, a troca de experiência com os locais ganha destaque. Em meio ao forte calor, Neto se recorda do sorriso no rosto de um povo que vive em condições precárias, sem segurança, conforto ou saneamento, mas que se distingue por sua riqueza cultural. “Tive contato com tuaregues de verdade, pessoas que vivem como nômades no deserto sem nenhum pertence, a não ser a roupa do corpo, um cajado e um chapéu”, conta Neto, que também se recorda de momentos de tensão como uma ameaça terrorista e um assalto a mão armada que apavorou dezenas de pilotos.
A obra é a ampliação de um projeto anterior do autor e conta com prefácio de Klever Kolberg, importante piloto brasileiro que participa do Rali Dakar. As palavras e imagens de Neto em O Caranguejo do Saara trazem aos leitores-espectadores estórias que somente ele pôde notar. O livro é indicado a jornalistas, viajantes, aventureiros e todos aqueles que gostam de conhecer um novo mundo e uma boa aventura.