Por Juliana Schmidt, diretora de vendas da Crystal Cruises na América Latina*
Devido ao período ser de férias coletivas, são disponibilizados itinerários em todos os lugares do mundo, que abrangem desde praias tropicais a países que nem mesmo comemoram os feriados. Mas esses roteiros são particularmente populares por levarem a diversos mercados natalinos, principalmente na Europa, onde os rios levam a cidades que são completamente tomadas pela decoração típica, que, muitas vezes, é complementada pela neve, que cai sobre os chalés rústicos de madeira.
Na Basileia, Suíça, o Natal começa quando a presidente acende as luzes do mercado de Münsterplatz. Em meio às baixas temperaturas, é um dos melhores lugares para aquecer o estômago com as comfort foods pela qual o país é conhecido: raclettes, chocolates e o biscoito original da cidade Basler Läckerli – feito a base de mel, amêndoas, avelã e kirsch. Para as crianças, uma “floresta de contos de fada” é organizada para os pequenos poderem criar suas próprias velas e decorar gingerbreads (biscoito de gengibre).
Em Amsterdã, a Museumplein se transforma na Ice Village, e, além dos chalés, há uma pista de gelo para patinação bem em frente ao museu do Van Gogh. Para repor as energias, o ideal é se deliciar com os deliciosos marzipans vendidos no local.
Já a Pure Markt – que, apesar de acontecer todos os meses, vem com um clima festivo especial em suas últimas edições do ano – traz alimentos produzidos pelos próprios vendedores, além de artesanatos. Para conhecer o lado mais erudito da época na cidade, vale também assistir a um concerto de música erudita com temas natalinos que são apresentados nas várias salas de espetáculo.
A Alemanha é bastante famosa por seus mercados natalinos e o mais popular é o de Nuremberg, provavelmente por ser o maior e mais antigo, datando desde o século 17. Nesse lugar, o aroma da salsicha local Nuremberg bratwurst pode ser sentido nas proximidades de cada lojinha, cujo estilo ainda se mantém bem fiel ao original. Brinquedos e objetos de madeira feitos à mão, como quebra-nozes, produzidos nos montes Metalíferos, na fronteira com a República Tcheca, são presentes raros encontrados por ali.
Como em dezembro o tempo de sol é mais curto nesses lugares devido ao inverno, o pôr-do-sol pode chegar tão cedo como às 4h da tarde. E é justamente por isso que, num período que poderia ser tão introspectivo, essa tradição é tão importante: a maioria das cidades, por menor que sejam, tem seu próprio mercado de Natal. As iluminações de pisca-pisca, lâmpadas, velas e fogueiras trazem, em meio a um clima frio e escuro, um sentimento quente de aconchego que merece ser experimentado.
*Juliana Schmidt é diretora de vendas e marketing da Crystal Cruises na América Latina, Caribe e Bermuda. Tem formação em Turismo pela PUC/RS.