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Morro de São Paulo é atração imperdível no litoral Sul da Bahia

Considerado um dos lugares mais badalados e descolados do Nordeste brasileiro, Morro de São Paulo, no litoral Sul da Bahia, era frequentado apenas por mochileiros em busca de aventuras há cerca de 25 anos atrás. Atualmente, resorts e pousadas charmosas, restaurantes com gastronomia refinada, lojas elegantes e uma agitada vida noturna atraem turistas do mundo todo.

E motivos de atração é o que não faltam. Afinal, a pequena vila tem praias e paisagens belíssimas. Situada em uma ilha com acesso apenas através de barcos ou avião, os carros são proibidos de circular. Portanto, prepare-se para caminhar muito.

Distante pouco mais de 300 quilômetros de Salvador, em uma região conhecida como Costa do Dendê, Morro de São Paulo está na Ilha de Tinharé, no município de Cairu. O destino possui raízes que remontam ao Brasil colonial. Em 1531, Martim Afonso de Sousa, ao desembarcar batizou a ilha de Tynharéa. Com o tempo e com o sotaque baiano se transformou em Tinharé. Morro de São Paulo surgiu em 1535.

ROTEIRO TEM HISTÓRIA E PRAIAS ENCANTADORAS

Quem visita Morro de São Paulo não se arrepende. Entre os atrativos estão as praias, ilhas vizinhas, trilhas ecológicas, roteiros históricos e a agitação noturna.

A vila também guarda alguns monumentos históricos do período colonial. Entre eles a Fonte Grande, construída em 1746 para que a população e as tropas tivessem fornecimento de água. A Igreja Nossa Senhora da Luz, construída em estilo barroco entre os anos de 1628 e 1845.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Bem como o antigo sobrado em frente à Praça Aureliano Lima − chamado de O Casarão −, que abrigou Dom Pedro II em 1859 durante visita à ilha. E o Farol erguido entre 1848 e 1855 para facilitar o acesso à cidade de Valença.

Primeira Praia

O roteiro das praias começa nela. Sim esse o nome dela. Lá existem quatro praias designadas dessa maneira. Nela estão as primeiras casas de veranistas da região, sendo que a maioria delas se transformou em pousadas, lojas ou restaurantes.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Quiosques modernos e bem equipados oferecem comida sofisticada e música de qualidade. A diversão fica por conta do surfe, mergulho, banana boat e tirolesa que desce do alto do farol.

Segunda Praia

É a mais famosa da ilha. É frequentada principalmente por jovens, já que é lá que acontecem as festas noturnas que só terminam quando o sol desponta para mais um dia. Também é a mais agitada.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Quem chega de barco tem um deck à disposição. Se estiver à pé terá que descer uma escadaria que é também um mirante. Momento para parar e apreciar o mar cristalino e azul que envolve a ilha.

Terceira Praia

Ela é famosa pela Ilha do Caitá, uma ilhota rodeada por uma grande barreira de corais e um único coqueiro no centro. É um dos pontos preferidos para a prática de mergulho.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Quem nunca mergulhou pode procurar uma das escolas que existem por lá. Depois é só alugar o equipamento e programar uma saída de barco para apreciar os corais e os cardumes de peixes coloridos.

Quarta Praia

É uma praia tranquila de todas. Ideal para quem procura sossego. Ela tem piscinas naturais formadas por uma barreira de corais. Então basta uma máscara de snorkel para apreciar as belezas marinhas escondidas. Não muito distante estão o pequeno vilarejo Zimbo e o Morro da Mangaba.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo
Praia do Encanto

Após desbravas as praias numeradas, os visitantes estão prontos para descobrir essa quinta praia. Para chegar até ela é preciso atravessar um manguezal e cruzar um pequeno riacho. O esforço vale à pena.

Garapuá

Esse vilarejo de pescadores está na ilha vizinha de Boipeba – separada de Tinharé pelo Rio do Inferno. Garapuá possui uma enseada deslumbrante com águas calmas e cristalinas. Destaque para as praias de Cueira, Moreré, Bainema e Ponta de Castelhanos.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Lanchas e tratores partem diariamente de Morro de São Paulo para passeios organizados por agências locais. Passeios compartilhados ou privativos de pick-up 4X4 off-road também podem ser contratados.

Boipeba

Foi reconhecida como Reserva da Biosfera e Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e está integrada à Área de Preservação Ambiental. Possui uma densa floresta da Mata Atlântica, restinga, dunas, manguezais e praias com coqueirais e recifes, que se estendem pela costa e deixam as praias abrigadas das ondas.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Entre as opções de passeios estão o de quadriciclo para quem quer se aventurar pela ilha; ou em pick-up 4×4 off-road.

Praia de Gamboa

A porta de entrada para o povoado da Gamboa é a Praia Ponta da Pedra, que é cercada por pedras e tem águas calmas e cristalinas. Para visitá-la é preciso levar água e lanche porque lá não há barracas de praia, apenas o Iate Clube.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Chega-se ao povoado após caminhada de aproximadamente 20 minutos. O lugar é tranquilo e tem boa infraestrutura com pousadas e restaurantes que servem uma deliciosa comida regional. A Praia da Gamboa (foto acima) é conhecida pelos banhos naturais de argila.

Praia do Forte

Essa praia somente aparece durante os períodos de maré baixa, quando uma linda faixa de areia surge bem próxima das piscinas naturais. O acesso se dá através de antigas ruínas de um forte.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

PÔR DO SOL, FESTAS & AGITAÇÃO NOTURNA

Morro de São Paulo e região tem muitos atrativos, porém um deles é unanimidade na ilha: o pôr do sol. No final da tarde os turistas começam a buscar os melhores lugares para assistir o espetáculo.

Depois que o sol se põe, começam os preparativos para o que a noite oferece. Primeiro o jantar e depois as baladas que varam a madrugada. Claro que a pandemia da Covid-19 freou o agito frequente de Morro de São Paulo. Mas, em épocas normais as festas e a agitação noturna não têm hora para terminar e reúne muita gente. Os principais points são a rua principal (Caminho da Praia), a Segunda Praia e a Praça Aureliano Lima, no centrinho da vila.

© Márcio Filho/Ministério do Turismo

A vocação festeira atrai muitos visitantes ao destino baiano durante o carnaval. A festa na ilha dispensa o uso de abadás e não tem blocos e nem camarotes e acontece nas casas noturnas. No povoado da Gamboa um trio elétrico anima os foliões na rua principal.

As comemorações do Revéillon também são muito animadas. A maior festa acontece na Segunda Praia com muita gente vestida de branco para assistir à queima de fogos. Depois o agito continua no Village Paraíso Tropical, na Terceira Praia.

SERVIÇO

COMO CHEGAR

A melhor maneira é através da cidade de Valença, de onde pega-se um barco ou lancha até a ilha. Até antes da pandemia a Azul tinha voos diretos para Valença aos sábados partindo de Campinas (SP). Já a partir de Salvador existem três maneiras para chegar: via aérea, marítima ou alternativa (terrestre+marítimo). O transfer aéreo tem a duração de 25 minutos. O trajeto marítimo a partir do Terminal Marítimo Mercado Modelo leva aproximadamente 2h20 a bordo de lanchas ou catamarãs.

Outra opção é cortar o caminho atravessando a Baía de Todos os Santos de ferry boat que saem várias vezes ao dia do Terminal Marítimo São Joaquim até Itaparica. Em barcos convencionais o tempo de travessia é de 1h40 e em lanchas rápidas 40 minutos. Depois é seguir micro-ônibus para Valença. Há também a opção de contratar um transfer desde o aeroporto de Salvador.

Quem estiver em Salvador e com pouco tempo disponível pode contratar passeio compartilhado ou privativo de um dia inteiro a Morro de São Paulo.

O QUE COMER
© Márcio Filho/Ministério do Turismo

Morro de São Paulo tem bons restaurantes que servem desde a comida regional até pratos da cozinha internacional. Entre os pratos típicos estão a Moqueca de peixe (foto acima), de camarão ou de polvo; Bobó de camarão, acarajé, casquinha de siri entre outras iguarias. Há, também, restaurantes que servem pizzas, massas e carnes.

ONDE FICAR

A ilha dispõe de boa oferta de meios de hospedagem com hotéis, pousadas e casas de temporada. Há, também, um resort, o Patachocas Beach Resort. Situado em uma antiga fazenda de cocos na Quarta Praia, possui excelente infraestrutura em meio à natureza e de frente para o mar.

QUANDO IR

O ideal é entre a primavera e o verão (setembro a março). O período chuvoso vai de maio a julho e a temperatura média anual é de 25,3ºC.

FICA A DICA!
  • Como as ruas não são asfaltadas, os chinelos de dedos e as rasteirinhas são ideais para as caminhadas. Mulheres esqueçam os sapatos de salto alto. Leve também um par de tênis para as trilhas.
  • Viaje com malas leves e com somente o necessário. Carregadores cobram para levar a bagagem até os hotéis.
  • A ilha não tem agências bancárias. Correntistas da Caixa Econômica Federal conseguem sacar dinheiro na casa lotérica. Há caixas eletrônicos do Banco do Brasil e do Bradesco.
Fotos (inclusive do destaque): © Márcio Filho/Ministério do Turismo
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