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Museu em Berlim faz uma narrativa de mais de 800 anos de história

A Alemanha possui uma capital pujante e com mais de 800 anos de história, mas que poucos de fato conhecem. Por isso, quando por lá, uma visita ao museu Story of Berlin é uma ótima pedida. De forma interativa ele faz uma incrível narrativa histórica.

Situado na via mais famosa da cidade, a Kurfürstendamm (dentro da Kudamm Karree, entre as vias Uhlandstraße and Knesebeckstraße), é possível se ter uma boa noção destes mais de oito séculos, desde os primórdios em 1237, quando Berlim registra seu primeiro documento datado, até a atualidade.

O museu funciona em esquema bilíngue, alemão e inglês, mas há também a disponibilidade de funcionários que falam outras línguas, como o português. Além do fato que há folders instrutivos e em diferentes idiomas que ajudam durante o tour.

Berlim passou por cinco reformas territoriais, e suas principais religiões são o Islamismo, o Judaísmo e o Cristianismo. A revolução industrial deixou importantes marcas na sociedade como um todo, e em Berlim isso não foi diferente, tanto que uma das áreas temáticas representa bem este desenvolvimento. Os destaques ficam para as máquinas usadas na época.

Foto: arquivo pessoal/Carolina Maia

Este era o prenúncio da construção de uma metrópole. Entre 1871 e 1914 a cidade foi se tornando um império. Com a revolução de 1918/19 o imperador caiu, por conta da derrota na Primeira Guerra. Depois da queda do segundo império é instalada uma República Democrática. Mesmo pós guerra a situação financeira de Berlim era muito boa, graças a empréstimos dos norte-americanos, o que deixou uma marca na cultura local, na época conhecida como Anos 20 Dourados. Berlim era então a terceira metrópole do mundo nesta época.

Neste mesmo período em outra área temática se tem em evidência, além da influência norte-americana, a emancipação da mulher na região. Com escolas unificadas e não mais separatistas. Muito da atual sociedade berlinense se deu nesta época. Outra área da exposição é dedicada ao boom automotivo, em 1925. Na sequência começa as áreas destinadas a “queda”, desde o início, em 1930, quando a Alemanha sofreu com a queda da Bolsa de Nova York, e então o nazismo começou a crescer, se propagar e ganhar força. E então, em 1933 a Alemanha como um todo passa da democracia para a ditadura. O regime totalitário é instalado e começava então as perseguições. Eis então a parte da história mais conhecida por todos.

Ironicamente o interessante da exposição é justamente ver isso, o desenvolvimento da cidade, sua ascensão, representada até nos caminhos das áreas temáticas – subidas -, para então ter a queda, quando através de escadas vamos chegando as áreas que marcam este período tão triste da história.

Outra área mostra bem o período em que Berlim ficou dividida, em 1950/60, as sombras da guerra e o muro da discórdia. Após ver como viviam os berlinenses neste período, com medo, caminhando rumo à queda do muro, há um bom pedaço dele em exposição, que inclusive mostra a diferença entre o lado Oriental, não pintado, e o Ocidental, todo pintado.

O tour é finalizado com a visita guiada por um dos 20 bunkers (abrigo antiatômico) que a cidade possui. Este cedido ao museu. Uma experiência curiosa e marcante como um todo, mas este gran finale é sem dúvidas um plus ao tour. Só vendo para entender.

O Story of Berlin funciona diariamente, das 10h às 20h (última visita ao bunker às 18h). Entrada: €12 (€ 5 para crianças entre 6 e 16 anos e ingresso família, para dois adultos e até três crianças até 16 anos sai por € 25).

Informações: http://www.story-of-berlin.de/en

Fotos: divulgação / destaque arquivo pessoal

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