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Ainda da para curtir a neve em Bariloche

Não há dúvidas de que o Brasil tem ótimos destinos para aqueles que gostam de viajar durante o inverno e curtir um friozinho aconchegante, mas se a ideia é experimentar a estação de forma mais intensa, muitos viajantes pensam logo em San Carlos de Bariloche, ou simplesmente Bariloche, na vizinha Argentina.

Seja pela proximidade ou pelo seu charme despretensioso, a cidade é um dos destinos preferidos dos brasileiros. Porta de entrada da Patagônia, o local esbanja cenários cinematográficos com muita neve e, todos os anos, entre junho e outubro, milhares de pessoas são atraídas pelas suas belezas e suas estações de esqui.

Outro ponto positivo é que os brasileiros não têm necessidade de visto para entrar em solo argentino e, além do passaporte, o RG também é aceito.

Vista de bariloche – Flickr: Jeff Warren

Para quem ainda tem dúvidas se Bariloche vale a visita, a momondo, buscador de passagens aéreas e reservas de hotéis, preparou uma lista de razões irresistíveis para arrumar as malas e aproveitar o restinho da temporada. Confira!

Só o caminho já vale a pena

Lagos a caminho de Bariloche – Flickr: Jennifer Morrow

Se o ponto de partida para chegar a Bariloche for Buenos Aires, a escolha mais rápida e cômoda sem sombra de dúvidas é por via aérea. São 1.600 quilômetros de distância entre as cidades, o que rende duas horinhas de voo. Porém, existe aí a possibilidade de fazer uma road trip muito bacana. Por terra, é possível começar pela capital argentina, onde vale a pena fazer paradas em Neuquén e Villa La Angostura, ou ainda partir do Chile e passar por cidades como Puerto Varas, Osorno e Pucón. A vantagem? Estradas e rotas cercadas por paisagens incríveis, com lagos e montanhas a perder de vista. Um percurso para guardar para sempre na memória.

Tem diversão para a família toda

Sabemos que brincar na neve e esquiar são atividades capazes de deixar crianças e adolescentes empolgados e que, para os menorzinhos, dependendo da escolha do hotel, a diversão já começa por lá mesmo, nos playgrounds e piscinas aquecidas. Mas Bariloche oferece mais. A 25 quilômetros do centro, fica a Colônia Suíça, uma atração imperdível para um passeio em família. Trata-se de um vilarejo com casinhas de madeira, córregos, lojinhas e restaurantes bem interessantes, como o Las Siete Cabritas, que parece saído de um conto de fadas.

Um pouquinho mais longe, do outro lado do lago, junto ao Parque Nacional Nahuel Huapi, fica a Villa La Angostura. Lá é possível fazer um passeio de barco até o Bosque de Arrayanes, famoso por ter sido a inspiração de Walt Disney para criar a história de Bambi. Além disso, no alto do Cerro Otto, fica o Território Husky, um centro dedicado à raça de cachorros Husky Siberiano, onde além de aprender sobre eles, é possível fazer um passeio de trenó puxado por cães e visitar os canis.

Do alto, as paisagens são cinematográficas

Um dos programas obrigatórios para quem visita Bariloche é o Circuito Chico, que pode ser feito via agências locais ou por conta própria, de carro, transporte público, táxi ou até mesmo bicicleta. O passeio começa na Avenida Bustillo e tem a primeira parada no Cerro Campanário, com seus mais de mil metros de altura. A subida dura 7 minutos e é feita de teleférico. Lá do alto é de onde se tem uma das melhores vistas da região.

Teleférico – Flickr: Daniel Jagger Segundos

O ideal é fazer o percurso pela manhã e em um dia claro, para apreciar ao máximo as belas paisagens. O circuito segue contornando a margem do lago Nahuel Huapi até o hotel Llao Llao, todo feito de madeira, e o Puerto Pañuelo, de onde saem os barcos que fazem passeios pela região. Para finalizar, mais uma parada no Punto Panorâmico para aproveitar o cenário cinematográfico.

Você não precisa saber esquiar e ainda pode cair à vontade

É de conhecimento geral que Bariloche recebe muitos brasileiros e que estes, muitas vezes, nunca viram neve antes. Por isso, diferente dos resorts europeus, nas estações de esqui da cidade cair e levar uns bons tombos é regra e não exceção. Lá, o Cerro Catedral é a principal atração voltada ao esporte. Para aproveitar bem, vale dedicar um dia inteiro ao programa. São 600 hectares de áreas esquiáveis, com 120 quilômetros de pistas que também incluem espaços dedicados aos iniciantes.

Estação de esqui – Flickr: Andre Charland

Quem quiser se aprofundar mais, pode procurar as diversas escolas na base do cerro para fazer aulas básicas de esqui e se familiarizar com os equipamentos, além de aprender algumas manobras. Outras atividades são o divertido esquibunda, tobogã, motos de neve, esqui nórdico e caminhadas guiadas pela estância.

O centro cívico é um charme

Fundado em 1940 e considerado o primeiro centro cívico da argentina, a praça central de Bariloche tem características arquitetônicas inspiradas nas regiões montanhosas da Europa, com prédios de pedras verdes e telhados de ardósia preta. O local sedia instituições como a prefeitura, os correios, a polícia local, o Museu da Patagônia e a Biblioteca Sarmiento.

Praça central – Flickr: Dave Lonsdale

Além disso, no lugar existem ótimas lojas de chocolate, como a Mamuschka e a Rapa Nui, e uma feirinha de artesanato. É lá também que turistas podem fazer a foto clássica na companhia de cachorros da raça São Bernardo, que são símbolos de Bariloche.

O nascer e o pôr do sol são incríveis

Sol da manhã em Bariloche – Flickr: Matito

Durante o inverno, o amanhecer em Bariloche acontece bem tarde, depois das 8h da manhã. O sol realmente nasce mais tarde na estação, mas além disso, conta o fato de que a Argentina manteve na cidade o mesmo fuso de Buenos Aires, apesar da localização mais a oeste em relação à capital. Depois das 13h é quando o sol alcança o seu ponto mais alto no céu. Entre 18h e 19h é quando ele vai se pôr. Você não vai ter desculpa para não assistir os espetáculos protagonizados pelo astro-rei. De preferência, faça isso do alto de um dos vários mirantes.

Fotos: Divulgação e Flickr
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