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O que não compensa comprar em Nova York?

NOVA YORK É fato: quando o assunto é compras, os Estados Unidos é preferência dos brasileiros – todo mundo inclui um outlet, uma unidade da Target ou do Walmart e uma passadinha na farmácia no roteiro. Nos tempos áureos do Real, quando a cotação não passava muito dos R$ 2 para cada dólar, o “estrago” era bem maior. Nos últimos anos, o dólar subiu bastante – passou dos US$ 4 e assustou muita gente. Hoje, o valor está um pouco estabilizado. Isso tudo acabou modificando os planos de compras de muita gente.

A verdade é que, mesmo com o dólar mais alto, ainda compensa comprar muitos produtos nos EUA – roupas, acessórios, tênis, eletrônicos, algumas marcas de cosméticos. Porém, há muitos itens cujo preço final, com a conversão, acabam tendo preços similares aos preços praticados no Brasil. E aí não compensa… Ainda mais considerando que no Brasil existe a vantagem do parcelamento. Para ajudar no planejamento das compras, listei alguns produtos, serviços e afins que não compensam comprar ou consumir aqui em Nova York.

Biquinis – Nesse quesito, o Brasil dá um show. A qualidade, as estampas e os modelos tem maior variedade. Sem contar que muita gente prefere calcinhas menores para a praia e as americanas já preferem um padrão maior.

Esmaltes –  A O.P.I, uma das marcas de esmalte gringas mais famosas no Brasil, também não é barata por aqui. Um vidrinho custa, em média, US$ 9, valor bem salgado para esmaltes. Os esmaltes da Essie também custam esse preço. Vidrinhos da L’oréal e da Revlon custam US$ 6 em média. As marcas mais acessíveis são a Sally Hansen (a partir de US$ 3) e Wet n Wild (com vidrinhos a partir de US$ 1).

Maquiagem da MAC – Antigamente, todo mundo adorava viajar para o exterior para rechear o necessaire com batons da MAC. Hoje, a diferença de preço não é tão grande. Sem contar que a marca tem feitos ótimas promoções no Brasil.

Calçados – Com exceção de tênis de marcas como Adidas, Asics, Nike e New Balance, dá pra encontrar modelos em lojas de descontos e sample sales por preços bem em conta. No geral acho que não compensa comprar calçados como botas, sapatos, sandálias, etc – a não ser modelos muito específicos, como botas para neve. Isso porque no Brasil há uma infinidade de marcas e a qualidade dos calçados é bem superior.

Cosméticos europeus – Muita gente recheia a lista de compras com cosméticos de marcas como La Roche Posay, Vichy, e Avène, mas a verdade é que os preços de muitas marcas de cosméticos da Europa não são atrativos aqui. Acabam tendo preços similares aos do Brasil.

Óculos de sol de grifes – No geral, óculos da Dior, Fendi e outras marcas famosas não compensam – mas isso falando em lançamentos, já que em lojas de desconto dá para encontrar vários modelos a partir de US$ 50.

Whey Protein – É até mais barato, mas tem muito peso e volume, o que vai acabar ocupando bastante espaço na mala. Portanto, melhor pensar bem antes de comprar.

Churrasco – Eu sempre digo: está em Nova York? Então, aproveite a oportunidade para explorar as diversas culinárias da cidade. Há incontáveis restaurantes e comida é cultura, certo? Se bater a vontade de comer comida brasileira, as churrascarias daqui certamente não serão a melhor escolha caso sua ideia seja economizar: comer churrasco (estilo rodízio) aqui é caro!

Serviços de cabeleireiro – Decidi incluir esse tópico porque já vi pessoas que queriam aproveitar a viagem para Nova York “para fazer uma transformação nos cabelos” ou até mesmo “para fazer algum procedimento, como escova progressiva”. A verdade é que falando em serviços para cabelos, o Brasil é referência. Tanto que muitas marcas de escova progressiva usadas aqui são brasileiras. Então, não tem muito motivo para procurar esse tipo de serviço fora do Brasil. O ponto que estou levantando é de deixar para fazer aqui por ser melhor ou algo espetacular – o que não é.

Tatuagem – Eu não tenho tatuagem, mas sei que quem tem, faz por algum motivo. A tatuagem sempre tem um significado especial. E já vi muita gente comentar que gostaria de fazer uma tatuagem para simbolizar o amor por Nova York – e não só isso, que gostaria de fazer a tatuagem aqui. Se este for um desejo seu, prepare o bolso: uma tattoo não sai por menos de US$ 100.

E aí? Concordam? Discordam? Obviamente, também levei em conta a minha opinião para escrever o post… 

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Catarinense, natural da pequena cidade Meleiro, a jornalista Laura Perucchi mora, desde 2014, em Nova York e aborda em seu blog todas as maravilhas que a Big Apple tem a oferecer. Dicas, lugares, o que fazer, onde comer, onde e o que comprar e crônicas de lifestyle são alguns dos assuntos. Todo mês iremos reproduzir aqui no Travelpedia algum conteúdo dela ligado a cidade que nunca dorme. Mas, quem quiser saber mais só acessar www.lauraperuchi.com .

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Foto de destaque: Shutterstock

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