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Os encantos das Filipinas – Parte 2

Para quem perdeu recentemente nossas travelers Fabiana e Sabrina, do De Carona na Viagem, falaram aqui no Travelpedia sobre como foi buscar informações sobre as Filipinas. E, frente à dificuldade contaram sobre isso dando inclusive algumas dicas bem bacanas para quem tem o interesse de viajar para lá. Quem perdeu, é só clicar aqui. Agora as duas contam sobre a viagem em si, como ir, onde ficar e o que fazer nos destinos que visitaram: Cebu e El Nido. Confira!

A chegada ao país foi via Cebu, em voo direto proveniente do Japão. A partir do Brasil as companhias fazem no mínimo duas paradas. Apenas pernoitamos em Cebu e no dia seguinte já fomos para El Nido – decisão tomada frente ao fato que queríamos estar na cidade em que partiria nosso voo de volta, ao menos 2 dias antes, para evitar qualquer imprevisto.

Já no aeroporto de Cebu, uma dica importante: para ir ao hotel, se dirija a fila dos táxis brancos, que são os regulamentados pelo governo. Você receberá um papel com o nome do motorista e a placa. Pernoitamos no hotel Quest Hotel & Conference Center, com ótimo custo-benefício. Ah! Não estranhe ao se deparar com detector de metal na porta dos hotéis, a grande maioria deles tem.

No dia seguinte fomos para El Nido através de um voo da AirSwift. A companhia solicita que se chegue com duas horas de antecedência, mesmo sendo voo interno. Por enquanto só existe um horário, na parte da tarde, e o peso máximo da bagagem é de até 10 quilos. Uma dica importante é deixar a mala pesada no hotel que dormir em Cebu e pegar na volta.

Chegando a El Nido, o aeroporto é uma atração à parte, totalmente roots. Recomendamos que você envie ainda do Brasil um e-mail para o hotel que for ficar hospedado na cidade para contratar um transfer. Isso porque, por lá o transporte do dia a dia é o triciclo! Isso mesmo. Ou seja, não cabe mala! No nosso caso, ficamos hospedadas no Lagen Resort, da rede El Nido Resorts, e eles oferecem o traslado, que no caso se trata de uma lancha.

O QUE FAZER E ONDE FICAR EM EL NIDO

Nossa hospedagem em El Nido foi dividida em dois hotéis: as três primeiras noites no Lagen Resort, em uma ilha particular (Lagen) e as duas últimas no Bayview Resort, na própria cidade. A decisão envolveu, principalmente, a questão da logística: queríamos estar próximas do aeroporto pelo menos um dia antes do embarque.

Antes de começarmos a falar das dicas do que fazer em El Nido, precisamos falar do Lagen Resort, que é uma experiência a parte. Situado no meio de uma formação rochosa há uma piscina natural de água do mar verde esmeralda e quartos no estilo bangalô. O resort disponibiliza caiaque, SUP e até mesmo um barquinho para levar os hóspedes a praias próximas.

Os funcionários são extremamente atenciosos e ainda é possível ver o pôr do sol do próprio hotel. Uma experiência linda, diga-se de passagem. Se o seu orçamento permitir recomendamos fortemente que fique lá ou em outro empreendimento da rede El Nido Resorts. Só fique atento com relação as características de cada um e escolha aquele que melhor ofereça os serviços que desejar. Será uma recordação para toda uma vida!

No nosso primeiro dia inteiro na ilha de Lagen, aproveitamos a região ao redor do hotel. Pegamos um caiaque e fomos a circundando. Se preferir, pode pedir para ir com o barco do resort. Não tem custo. Ao entardecer, fizemos um passeio de barco para ver o pôr do sol, até então não sabíamos que era possível apreciar do próprio Lagen Resort, algo que só constatamos no dia seguinte. Sendo assim, economize e aprecie vendo da linda piscina.

Nossa grande expectativa, no entanto, era com relação ao passeio para ver a Big e Small Lagoon, as duas principais atrações de El Nido, e que são absolutamente imperdíveis. Essas atrações fazem parte do Tour A, o principal de El Nido. Há ainda o Tour B, C e D. Como do Lagen estávamos mais próximos dessas lagoas de água do mar, optamos por fechar um tour privado com o próprio hotel, que custou 5.000 pesos filipinos (php) por pessoa – mais 500 por hora extra.

Queríamos estar lá antes das 8h30, horário que alguns barcos já começam a chegar às lagoas, para aprecia-las ainda vazias. Eis uma decisão bem acertada da nossa parte, e por isso recomendamos que faça isso. Tivemos uma Big Lagoon só pra gente, um paraíso de água verde esmeralda!

As duas lagoas são o ponto alto da viagem. Perto delas fica o Miniloc Resort, que também é da rede El Nido Resorts e por isso pudemos almoçar lá e depois seguir para outros passeios. No final do dia, pedimos para nos levarem até a Snake Island, o ponto alto do Tour B (o resto do B nem recomendamos). Assim, fizemos dois dos tours principais de uma só vez. Tanto o tour A quanto o B também são possíveis de serem feitos a partir da cidade de El Nido.

O terceiro dia foi dividido entre a ilha de Lagen e a ida para a cidade de El Nido. O próprio hotel providencia o trajeto e inclusive o transfer até o Bayview Resort. O Bayview é ok. Não imagine como resort, pois não é – ainda mais se comparado ao Lagen. O custo-benefício é caro se levado em conta os valores praticados no país. Mas, como decidimos a viagem apenas quatro meses antes de ir, não tivemos muita opção. O hotel ficava a 10 minutos de triciclo do centro da cidade, o que até achamos bom, pois saía da muvuca da região central e era fácil conseguir transporte (o triciclo para a cidade foi cerca de 150 php).

A cidade de El Nido é uma experiência social. A verdade é que o país é pobre e mesmo para a gente a pobreza é chocante. A cidade não oferece muitos serviços e o foco realmente é curtir o dia. Ficamos duas noites e durante os dias fomos ao mesmo restaurante, o Art Café, indicado por um europeu dono de uma agência de mergulho. Os europeus ainda são os turistas mais numerosos em El Nido. Fica a dica: experimente o mango shake.  É divino!

Na praia da cidade, à noite há alguns bares que tocam música, mas acabamos só dando uma caminhada para dar uma olhada. O própria Art Café conta com uma agência que organiza passeios, mas acabamos fechando com a Sealand Tour. Bem próxima do café por sinal. Aliás, na região há outras várias opções de agências. Fizemos o Tour C, que junto com o A são os principais. Com desconto pagamos 1.000 php. Diferentemente do A, no C optamos pelo passeio coletivo. É preciso pagar também uma taxa de fiscalização ambiental de 200 php antes de ir aos passeios. Se informe no hotel ou nas agências.

O Tour C inclui um snorkeling na Helipcopter Island, depois uma parada na Secret Beach, almoço na Colasa Beach e outro snorkeling na Star Beach (leva esse nome por ter muita estrela do mar). Não se esqueça de levar itens básicos como boné ou chapéu, e, claro protetor solar. O passeio é de dia inteiro no sol e pode ser que você não consiga um lugar na sombra dentro do barco, como foi no nosso caso. Os passeios nas Filipinas são feitos no outrigger boat.

No nosso último dia inteiro em El Nido fomos à Nacpan Beach, à uma hora de triciclo, com o nosso super guia Dexter (@index_ter) – que além de falar inglês fluente era a animação em pessoa! A praia é linda e bastante roots. A ida até ela custou 500 php por pessoa e alugamos cadeira e guarda sol para duas pessoas por 1000 php. Esse passeio pode durar um dia inteiro, então é possível almoçar em um dos restaurantes na praia, que são bastante simples. Se preferir, leve algo pra comer ou aguente firme até voltar para a cidade. A gente não sabia o esquema então comemos em um indicado pelo guia.

Por fim, no dia de ir embora fomos até a praia de Las Cabanãs, que vale visitar mesmo que mais rapidinho. Como o avião só parte à tarde, acorde cedinho e aproveite!

O QUE FAZER E ONDE FICAR EM CEBU

Ficamos três dias inteiros em Cebu. Na cidade o nosso foco era ver o tubarão baleia e ir às cachoeiras. O barco para ver o tubarão baleia parte do município de Oslob, a 5 horas de Cebu, e as cachoeiras ficam a cerca de 3 horas de Cebu. Assim, decidimos ficar hospedadas em Moalboal, a 3 horas de Cebu – que se fosse nossa decisão implicaria em longas viagens de carro diárias. Também é possível ficar hospedado em Oslob, o que acarreta em duas viagens de 5 horas em apenas três dias.

Em Moaboal ficamos hospedadas no Blue Orchid. Fechamos o transfer do aeroporto ainda no Brasil. Novamente, recomendamos que façam o mesmo, isso porque os ônibus locais são um tanto precários. Os quartos do hotel são simples, assim como na maioria das pousadas, por isso tente ver hospedagem com o máximo de antecedência possível.

Fomos recebidas pelo Steve, um norueguês que mergulha e administra a pousada. Com ele fechamos os passeios que faríamos na região, que incluiu a Kawasan Falls e o mergulho com o tubarão baleia. Ainda poderíamos visitar a Tumalog Falls, mas a cachoeira estava seca no período que fomos. Se possível, tente organizar a sua viagem de modo que esses passeios não caiam no final de semana, pois o número de turistas locais é grande e durante a semana os lugares ficam mais vazios.

O primeiro lugar que conhecemos foi a Kawasan. Optamos em fazer um canyoneering a partir da cidade de Alegria que leva até a cachoeira. Para quem não conhece, se trata de uma espécie de treeking em um mini cânion, que inclui saltos de até oito metros em um rio, caminhada, nadar no rio ora verde esmeralda ora azul turquesa e escorregar em pedras. Adrenalina pura por 5 horas! Só é possível fazer com guia e o nosso foi indicado pelo hotel. Fomos de triciclo até uma casa pegar o equipamento de segurança e de lá de moto até a entrada do parque. Vá com um sapato que não escorregue em pedras molhadas. O canyoneering mais a Kawasan Falls custou 2.500 php. Caso isso não seja muito o seu perfil, é possível visitar a cachoeira fazendo uma pequena trilha que dura meros 20 minutos. A água é de um azul inacreditável. Ah! Se na época que for a Tumalog estiver cheia, dá para visita-la no mesmo dia da Kawasan.

No dia seguinte em Moalboal fizemos o passeio até Oslob (2 horas) para ver o tubarão baleia. O tour foi feito em grupo e custou 3.500 php. Fomos de van até um resort onde vestimos a roupa de mergulho e de lá em um jeepnee até o local do mergulho, onde se assiste a uma breve palestra sobre estes incríveis animais. Nos informaram que a operação é toda fiscalizada por biólogos. A capacidade do barco é de oito pessoas e só pode ficar durante 30 minutos na água. Na volta ao hotel, quando o mar baixar, vale a pena colocar um sapato e sair com uma lanterninha para tentar ver alguns bichos marinhos.

No nosso terceiro dia na cidade fomos até a White Beach, a praia mais bonita e famosa de Moalboal. Nesse mesmo dia voltamos para Cebu, pernoitamos no Quest Hotel, o mesmo que ficamos no primeiro dia no país, para então, no dia seguinte deixarmos o paraíso rumo ao aeroporto e de volta para casa. Afinal de contas, já diz o ditado popular: tudo que é bom, dura pouco. Mas ainda assim, tempo suficiente para ser inesquecível. Por isso “descubram” as Filipinas o quanto antes, vai valer muito a pena.

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Fotos: Pixabay (destaque) e Arquivo Pessoal

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*Moradoras da Cidade Maravilhosa, Sabrina e Fabiana Schneider Martinez são viajantes compulsivas, e, por isso, criaram no Instagram o perfil De Carona na Viagem  para compartilhar suas aventuras pelo mundo. E agora, também aqui no Travelpedia!
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