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Panamá direciona seu foco para o turismo sustentável

Com confiança no potencial emissor do mercado brasileiro e no seu público, sempre ávido por viajar e explorar destinos em sua totalidade, o Panamá toma como premissa para sua promoção turística o compromisso com o turismo responsável e sustentável, mostrando ao turista consciente seus principais atributos: uma mescla de história, tradições, patrimônios e belezas naturais. Além, claro, de ressaltar que se trata de um destino completo, com um leque de atrativos e experiências, bem como o fato de ser de fácil acesso, com voos diretos a partir de diferentes cidades brasileiras.

TRAVELPEDIA conversou com Fernando Fondevila, CEO da Promtur Panama, organização de marketing para o país, que esteve no Brasil para participar da 10ª edição da WTM Latin America, principal evento internacional da indústria de viagens e turismo na região.

Segundo ele, o Panamá está repleto de experiências imersivas únicas que convidam os viajantes ativos e conscientes a relaxar de atividades autênticas enquanto fazem a diferença no país por meio do turismo. “Da conservação da vida selvagem e dos ecossistemas à promoção do crescimento das comunidades locais, nossa abordagem é atrair a sensibilidade turística de hoje para a participação imersiva e o desejo de voltar. Queremos atrair um outro tipo de turistas e estamos focados na busca desses viajantes”, disse.

Durante o evento, o Panamá também apresentou aos brasileiros a nova marca turística do país, que já está em uso desde setembro de 2021. “Fizemos estudos profundos para chegar a essa nova marca. E o Brasil é muito importante para o país, porque é o terceiro maior emissor de turistas para o Panamá, atrás apenas dos Estados Unidos e da Colômbia. Os brasileiros representam 5% dos 1,9 milhão de turistas estrangeiros que recebemos anualmente”, informa Fondevila.

Plano prevê inovação e sustentabilidade

Recentemente o Panamá reafirmou o compromisso pelo turismo sustentável ao assinar nova declaração “Transformação para o turismo do futuro”. Atestada por autoridades do turismo de alto escalão, se trata de uma resposta à chamado feito pela Organização Mundial de Turismo (OMT), para os setores público e privado, para que se repense o desenvolvimento intencional do segmento à medida que se recupera dos impactos da pandemia.

Tudo está ancorado no “Plano Mestre para o Turismo Sustentável do país para 2020-2025”, reconhecido pela Unesco como um exemplo de inovação e sustentabilidade. E que tem três pilares fundamentais:

Foto: Roberto Maia/Travelpedia

Patrimônio Cultural – Narra a história do Panamá como a Ponte do Mundo, conectando atrações de classe mundial como a Cidade Velha (Patrimônio Mundial da Unesco); o mundialmente famoso Canal do Panamá; a primeira ferrovia interoceânica (foto acima), entre outras. Além disso, os circuitos culturais mostram a diversidade do país, oferecendo experiências por seus sete grupos indígenas, sua herança afro-caribenha, incluindo a cultura do Congo (Patrimônio Imaterial da Unesco) e sua colorida cultura colonial espanhola. A culinária também é ponto alto, com a Unesco tendo inclusive reconhecido a Cidade do Panamá como uma cidade criativa em gastronomia.

Foto: Roberto Maia/Travelpedia

Patrimônio Verde (biodiversidade) – Desde a formação do istmo do Panamá, há 3 milhões de anos, houve uma grande troca de espécies entre as Américas do Norte e do Sul, proporcionando ao país uma extraordinária biodiversidade. Um terço do país está protegido. As rotas do Patrimônio Verde levam o visitante por Parques Nacionais, áreas protegidas e reservas privadas na floresta neotropical do Panamá, incluindo experiências através dos centros de visitantes do Instituto Smithsonian Tropical Research. Sendo uma delas o Monumento Natural Barro Colorado na bacia do Canal do Panamá, considerada a floresta tropical mais estudada do mundo.

Ilha em Bocas del Toro (Foto: Pixabay)

Patrimônio Azul (vida marinha) – As experiências oferecidas nos diversos ecossistemas das rotas do Patrimônio Azul incluem a observação de baleias nos arredores do Parque Nacional de Coiba (Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco) e a admiração dos projetos de conservação de tartarugas no Oceano Pacífico. Além da exploração das águas caribenhas azul-turquesa de Bocas del Toro.

Panamá Stopover

Aeroporto de Tucumen na Cidade do Panamá (Foto: Copa Airlines/Divulgação)

O CEO da Promtur Panama também falou sobre o apoio da companhia aérea Copa Airlines para alcançar o objetivo. “A Copa Airlines oferece aos seus passageiros o Programa Panamá Stopover, que permite que, com o mesmo bilhete e sem custo adicional em sua passagem aérea, o turista possa visitar dois destinos por um, ficando no Panamá entre uma e seis noites e aproveitando a conexão com o destino final, por meio do Hub das Américas, localizado no Aeroporto Internacional de Tocumen”, explica Fondevila.

A Copa Airlines oferece voos diários e diretos para a Cidade do Panamá, a partir de seis capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Manaus. As rotas são operadas com modernas aeronaves Boeing 737-800 NG e Boeing 737 MAX9. A rota desde São Paulo tem duração de sete horas.

Muito mais que um hub para conexões

O Panamá não é apenas o centro das Américas, é um destino multifacetado com muito a oferecer a seus visitantes. Ao mesmo tempo em que é cosmopolita e moderno, preserva sua rica história e culturas ancestrais. Lar de uma extraordinária biodiversidade e ecossistemas, além de belas e variadas paisagens, indo de praias a florestas, proporciona a seus uma gama de experiências e sensações.

Ruínas do Castelo Real de Chagres em San Lorenzo (Foto: Roberto Maia/Travelpedia)

Um dos destaques, das iniciativas culturais do Panamá, é o trabalho junto a comunidades locais e indígenas para reativar o turismo em várias áreas por todo o país e com isso ajudar a preservar e sustentar o legado dessas culturas.

Na bacia hidrográfica do Canal do Panamá, por exemplo, é possível viajar pelo Rio Gatun para visitar a comunidade Embera, um dos sete grupos indígenas que vivem no Panamá. A comunidade dá as boas-vindas aos visitantes para que eles entendam melhor a sua cultura ancestral e aprendam sobre seu estilo de vida. Já em Bocas del Toro, o governo colabora com comunidades afro-antilhanas para destacar a gastronomia única da região, proveniente de raízes caribenhas e evoluída por décadas de influência local.

Las Perlas (Foto: Pixabay)

A expansão da Zona de Proteção Marinha no Parque Nacional Coíba e seus arredores, posicionou o Panamá como um “Líder Azul” em conservação. Por lá os visitantes podem aprender e experimentar uma vida sustentável nas comunidades locais que ainda praticam a pesca artesanal e os principais projetos de conservação de tartarugas. Entre outras regiões de interesse estão a Baía do Panamá e o Arquipélago Las Perlas (foto acima), que oferece um refúgio para baleias migratórias todos os anos.

Enquanto que, no Planalto de Chiriquí, onde o café Geisha – o mais valioso do mundo – é colhido nas comunidades indígenas de Ngäbe e Buglé, o governo expandiu o circuito cafeeiro para incluir uma variedade de experiências turísticas nas fazendas locais. Também está em andamento um projeto para desenvolver e reabilitar 1.000 km de trilhas em todo o país, concentrando-se em integrar as comunidades locais para que estas sejam beneficiadas pelo retorno turístico.

No Panamá existem 125 unidades de conservação, 30% terrestres e 10% costeiras. As áreas protegidas, reservas particulares, estradas entre comunidades rurais, praias, manguezais, entre outros, contêm infinitos atrativos recreativos e turísticos, mas requerem infraestrutura. Por isso o esforço multissetorial do país para melhorá-los.

Foto do destaque: Forte de São Lourenço (Roberto Maia/Travelpedia)

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