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Patagônia Argentina: Verão com paisagens geladas e estonteantes

Estamos em pleno verão brasileiro com clima quente em todo o país. Mas não é todo mundo que curte o calor. Para esses, a nossa vizinha Argentina tem um lugar que certamente vai agradar os amantes do frio. Trata-se da Patagônia Argentina, uma gigantesca área coberta de geleiras, menor apenas que a da Antártica.

Na Patagônia Argentina há imponentes glaciares acessíveis a apenas 80 quilômetros de um aeroporto ligado a São Paulo por voo sem conexões. É o caso do Glaciar Perito Moreno, um dos mais famosos do mundo e uma das estrelas do Parque Nacional dos Glaciares, na Patagônia.

O Parque foi criado em 1937 para preservar uma área que reúne cerca de 350 geleiras, trechos da floresta Sul-Andino-Patagônica e amostras da Estepe Patagônica. Um ecossistema único, que une onde vivem animais como o puma, o condor, o cervo andino e o guanaco.

E o verão no hemisfério sul é a melhor época para visitar o Parque Nacional dos Glaciares. Nesse período do ano os dias são mais longos e há mais tempo para aproveitar a natureza. Diferente do que acontece com a neve das estações de esqui, as geleiras não derretem nessa época. O gelo é eterno e está lá desde a pré-história.

Glaciar Perito Moreno

Glaciar Perito Moreno (Foto: Pixabay)

O Perito Moreno, por exemplo, começou a se formar durante a última Era Glacial, há 2,5 milhões de anos. Assim, ele chegou à sua forma atual há cerca de 20 mil anos.

Batizado em homenagem ao explorador e geógrafo Francisco Moreno, ele tem 5 quilômetros de largura, com paredões de até 70 metros de altura. Além disso, ele cresce continuamente – cerca de 2 a 3 metros por dia – se expandindo para os lados. Desse modo, de vez em quando, blocos de gelo se soltam das bordas e caem nas águas ao redor. Um espetáculo que muitos turistas esperam ansiosamente para filmar.

Além disso, o gigante glaciar Perito Moreno pode ser observado de várias formas. Ou seja, em passeios de barco ou em caminhadas pelas passarelas construídas pelos visitantes. Para quem gosta de ter a experiência completa, há guias que levam grupos para trilhas de trekking no gelo em diferentes graus de dificuldade.

El Calafate e Ushuaia

Trekking em El Calafate (Foto: Pixabay)

Com dois voos semanais da Aerolineas Argentinas partindo de São Paulo, a cidade de El Calafate é a mais próxima. Portanto, ela costuma ser a base para os visitantes do Parque Nacional dos Glaciares. Do mesmo modo, do seu aeroporto também há voos que, em pouco mais de 1h, levam até Ushuaia, conhecida como “A Cidade do Fim do Mundo” na Patagônia Argentina.

Em Ushuaia as atrações vão da observação de pinguins e lobos marinhos – melhor durante o verão – até o esqui, durante os meses de inverno. Além disso, ela abriga o Glaciar Martial, que os visitantes podem alcançar fazendo trekking ou subindo de teleférico. Vale ressaltar que no local, mesmo fora do inverno, há chance de encontrar neve.

Geleiras patagônicas

Foto: Inprotur/divulgação

De El Calafate saem passeios para conhecer várias das geleiras patagônicas.

Quanto mais dias o viajante tiver na Patagônia Argentina, mais cenários haverá para apreciar. Além dos glaciares mencionados acima, há, ainda, o Onelli, o Marconi e o Piedras Brancas.

El Chaltén

Lagura Torre em El Chatén (Foto: Pixabay)

No norte do Parque fica a pequena vila de El Chaltén. Considerada a capital do trekking na Argentina, tem 11 famosas trilhas, todas muito bem sinalizadas. Além disso, oferecem diferentes distâncias e durações, que podem variar de uma hora até o dia inteiro.

Chega-se até El Chatén de carro, de ônibus ou com um transfer do aeroporto de El Calafate. Na cidade, as agências de receptivo também oferecem passeios de um dia até o local. Além de pousadas e hostels, a região conta desde o ano passado com um exclusivo lodge da rede Explora, com vista para o glaciar Marconi.

Carbono neutro, o lodge foi construído com conceitos sustentáveis, bem como o projeto arquitetônico é integrado à natureza para evitar impactos. Além disso, tem estrutura para oferecer mais de 30 explorações diferentes na região. Por fim, oferece confortos como um restaurante com menu concebido pelo chef Pablo Jesús Rivero, dono do restaurante Don Julio, eleito em 2020 o melhor restaurante da América do Sul no ranking World’s 50 Best Restaurants. O cardápio é elaborado de acordo com a estação, usando apenas ingredientes locais, produzidos de forma sustentável.

Monte Fitz Roy

Monte Fitz Roy (Foto: Pixabay)

Próximo a El Chaltén fica o famoso monte Fitz Roy, no extremo sul da Cordilheira dos Andes. Com 3.405 metros e nove impressionantes pilares verticais, ele é um dos mais impactantes cartões postais da Patagônia Argentina. Além disso, seus paredões de rocha formam uma das escaladas técnicas mais difíceis e valorizadas pelos montanhistas do mundo. Entretanto, ninguém precisa ser aventureiro para desfrutar dessa paisagem. Há guias para passeios acessíveis a pessoas de todas as idades, inclusive famílias com crianças.

El Calafate tem voos saindo de São Paulo sem conexão, fazendo somente escala em Córdoba. Também há voos diretos de Buenos Aires, com duração de 2h30. A cidade é conectada com voos para Bariloche e Ushuaia. Já El Chaltén é acessível de carro, ônibus e transfer a partir de El Calafate.

Hotéis Eolo, Esplendor by Wyndham, Kosten Aike, ACA, Xelena, Pousada Los Alamos, entre outros, em El Calafate. Em Chaltén há diversos hotéis, pousadas e hostels, além do lodge Explora.

Em El Calafate há restaurantes como o tradicional La Tablita, o Shackleton Solo, com vista para o lago, e o Rancho Aparte. Por fim em El Chaltén há restaurantes que servem parrillas, pizzas, galetos e empanadas.

Foto do destaque: Inprotur/divulgação
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