O mercado brasileiro de educação internacional cresceu 20,46% em 2018. Em números: fomos de 302 mil estudantes embarcando para fazerem intercâmbio para 365 mil. Isso ocorreu mesmo em um ano de crise econômica e de instabilidade política. Esse e outros números foram apresentados recentemente, no Consulado da Irlanda, em São Paulo.
O total movimentado pelo setor foi de 1,2 bilhão de dólares e um dado que chamou a atenção dos presentes foi sobre o processo para fechamento do pacote de intercâmbio. Apesar da maioria dos estudantes começarem a pesquisar pela internet e terem o primeiro contato com a agência de forma online, 67% deles concluíram a compra na loja física. Ou seja, o atendimento pessoal ainda é o que traz a segurança a esse estudante. Além, claro, da agência possuir o Selo Belta. Que tem todo um processo legal para se obter e continuar operando com o Selo. Uma espécie de certificado de segurança para o estudante.
Os destinos mais procurados são: Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Malta. “Malta aparece pela primeira vez entre os seis destinos mais procurados porque implantou a política do intercambista ter a possibilidade de estudar e trabalhar. É um ganho para a ilha, para nós, e para todos do setor de viagem de estudos no exterior”, comemora a presidente da Belta, Maura Leão. O Canadá lidera a primeira posição há 13 anos.
A análise mostrou também que os cursos de idiomas, em primeiro lugar de língua inglesa, são os mais procurados seguido de cursos de idiomas com trabalho temporário e cursos de férias para teens (Período de julho e janeiro). Os cursos de graduação aparecem em quarto lugar e em seguida vem o conhecido High School.
“Um dos motivos de vermos essa ascensão dos cursos de graduação é a especialização maior das universidades do exterior em receber os brasileiros e também pela possibilidade desse aluno ir como intercambista esportivo. Várias instituições de ensino do exterior valorizam o esporte e por isso tivemos um aumento de 20% no número de jovens indo neste modalidade de intercâmbio. Em números absolutos: 3 mil indivíduos embarcaram para fazerem graduação com bolsa parcial e/ou total devido ao esporte”, explica Maura Leão.
A pesquisa separou os respondentes por gênero e identificou que 60% das pessoas que viajam são mulheres e que a maioria viaja sozinha. Outro dado relevante é sobre a faixa etária, pessoas acima dos 40 anos estão fazendo mais intercâmbios, sejam eles culturais, educacionais, para aprender idiomas, e outros. “Em 2017 já tínhamos chegado na marca de 30 milhões de idosos no Brasil. Esse número só cresceu e ele também é refletido no setor de estudos no exterior. Afinal, esse público tem a tendência de já estar mais estável financeiramente e por isso podem fazer a tão sonhada viagem com intercâmbio que sempre quiseram fazer”, evidencia Maura Leão.
Outro número relevante para o crescimento do setor veio das agências respondentes: 73,3% afirmaram que tiveram aumento na comercialização de produtos de intercâmbio. E embora, a maioria delas, tenham negociado intercâmbios para o aprendizado do idioma inglês, línguas como o Espanhol e Francês ocupam as primeiras posições no ranking. “Os jovens perceberam que desfrutar de países próximos ao nosso é um excelente custo-benefício. Aprender espanhol na Argentina, Chile, e/ou Uruguai pode render experiências únicas com o idioma e próximo de casa. O que causa menos ansiedade nesse estudante”, finaliza Maura Leão.
A Pesquisa Selo Belta 2019 contou com o patrocínio e colaboração da Education New Zealand, Education In Irleand, Pag Tur, EC – English Language Centers, e do Consulado Geral da Irlanda.