Vamos falar de clichê: passear nas calçadas de Nova York é como estar em um set de filmagem. Tudo parece muito familiar. As luzes néon, os táxis amarelos, os letreiros de teatro, os edifícios icônicos, todos aparentemente desempenharam um papel importante em nossas vidas, principalmente através da tela da televisão – e hoje em dia dos smartphones e outros tipos de gadgets…
Pois é, a Big Apple é daqueles destinos que dispensam apresentações, tenha você ido ou não. Por isso mesmo, uma das vantagens de viajar para o cenário queridinho de Hollywood, é se sentir familiarizado, praticamente em casa. E, já que estamos muito bem acomodados – obrigado –, nada melhor do que um hotel boutique intimista de gerência familiar para aprimorar ainda mais a experiência.
Seja uma viagem a lazer ou a negócios, sempre chega aquela hora do dia em que estamos prontos para deixar a agitação da cidade, tomar um bom banho quente e colocar os pés para cima. E, nesse quesito, o hotel Roger Smith é imbatível. ❤
Distribuídos em 16 andares, cada quarto tem uma proposta de decoração diferente, porém todos seguem um estilo colonial muito aconchegante com móveis rebuscados, obras de arte, quadros e livros da coleção particular dos proprietários do hotel. São cinco tipos de acomodações, com cerca de 18 a 52 m² (muito amplas para os padrões de Nova York) e todas têm o mesmo objetivo: fazer os hóspedes se sentirem no conforto e aconchego do seu apartamento privativo na cidade.
Sendo assim, o armário da antessala abriga uma espécie de mini-cozinha com pia, micro-ondas, frigobar, louça, utensílios, sachês de chá e uma máquina Nespresso com reposição de cápsulas feita diariamente. O hotel não tem restaurante, portanto não serve café da manhã nem possui serviço de quarto, porém, no lobby, há disponível gratuitamente o dia todo maçãs verdes (bem Nova York) e um pequeno refrigerador com iogurtes e granola. De qualquer jeito, ao redor há muitas opções de cafeterias e mercados para resolver o “problema”.
Voltando às acomodações, o banheiro é um espetáculo à parte. Aliás é o único cômodo que foge da decoração tradicional e, com mármore do chão ao teto, confere um toque moderno. Há dois chuveiros em estilo ducha – um preso na parede e um para uso de mão, incontáveis toalhas macias de todos os tamanhos, secador de cabelo potente, espelho de aumento e um kit de amenities completo da marca local Beekman 1802.
Aaaaah! O colchão e a roupa de cama são tão confortáveis que fica difícil levantar no dia seguinte para continuar o roteiro. Essa atmosfera acolhedora e a proximidade com os visitantes, mesmo em um ambiente frenético como Nova York, faz com que os hóspedes tenham a sensação de estarem relaxando nas montanhas ou em meio a natureza tranquila. #saudades.
Outro ponto alto do Roger Smith é sua localização super pri-vi-le-gi-a-da! No bairro de Midtown West, na badalada região de Manhattan, o hotel está situado na Lexington Avenue com a 7th Avenue, bem no agito da cidade que nunca dorme e é uma excelente escolha para quem visita a cidade a pé.
Chega a ser até engraçado como o hotel consegue fazer você se sentir tão fora do frenesi de Nova York mesmo estando em um dos pontos mais movimentados. Parece que tudo fica concentrado lá fora, quando você fecha as portas da entrada do lobby.
Famosos pontos turísticos como Chrysler Building, Empire State Building, Bryant Park, Top of the Rock, Museu de Arte Moderna, Rockefeller Center, Times Square e outros estão a uma curta caminhada de distância. A Grand Central Station, por sua vez, está a apenas 5 minutinhos a pé (três quarteirões). Mas, se seu estilo for mais “vim para gastar”, esta parte de Nova York também é excelente para compras, com grandes grifes nas proximidades como Prada, Burberry, Ralph Lauren e Gucci. Have fun! 😉
Como é de se imaginar, deixamos a melhor parte para o final: os bons drinques, claro! Há poucas maneiras de curtir uma noite ou fim de tarde mais agradável em Nova York do que em um rooftop.
Esses espaços descolados nas coberturas dos prédios estão cada vez mais populares na cidade e basta o clima esquentar um pouquinho para ver jovens aos montes nos topos dos mais variados edifícios – por isso fique atento, pois a maioria dos rooftops são sazonais, abertos de abril a outubro.
Um dos bares mais populares de Manhattan fica justamente no topo do Roger Smith e, como está somente no 16º andar, a vista é muito bacana e você ainda se sente integrado aos outros edifícios.
O Henry’s Rooftop é um espaço intimista com umas 15 mesas e um bar central. Logo na entrada há uma placa escrita que a lotação máxima é de 100 pessoas, mas, 50 ali já preenchem muito bem o lugar.
O menu tem alguns drinques clássicos como Moscow Mule, Aperol e Mojito, além de cervejas, sidras, vinhos e, claro, algumas coisinhas para beliscar entre um drinque e outro, como guacamole, homus, queijos, diferentes molhos e torradinhas.
Peça o “The Susanita” Margarita – carro chefe da casa – que vai tequila, limão fresco e suco de toranja rosa. Ah, não posso deixar de dizer que AMEI o logo do Henry’s: um buldogue! 🙂
Atravessando o corredor da cobertura, há um salão amplo com sofás, mesinhas e cadeiras de bistrô, poltronas, lareira, tapetes e quadros. Trata-se do The Penthouse, um outro espaço do hotel, muito mais aconchegante, que serve chás e cafés durante o dia e se transforma em um ambiente com coquetéis, petiscos, queijos, vinhos e sucos a noite. Tem uma atmosfera mais clássica do que o Henry’s e é coberto, mas possui acesso para uma sacada que vale muito a vista, principalmente durante o pôr do sol.
Por fim, se você não é fã de altura, a pedida é o Lily’s, ao lado da recepção, com janelões de vidro voltados para a Lexington Avenue. Nossa sugestão é o drinque da casa com cranberry, laranja, sprite e vodca ou shots de silk panties (vodca e schnaps de pêssego) e bourbon para brindar a uma viagem incrível na Big Apple. Cheers!