Com o alto preço das passagens aéreas as viagens rodoviárias ganharam força nos últimos tempos. A tendência de pôr o pé – seja de carro, de moto ou de motorhome – tem mais adeptos a cada dia. Desde o confinamento forçado pela pandemia de Covid-19 as pessoas tinham necessidade de ter contato direto com a natureza. Além disso, querem interagir com paisagens e fazer desvios para apreciar cenários de cartão postal. Nesse contexto, a mítica estrada Rota 40, na Argentina, é uma excelente opção para uma roadtrip.
O interesse pela estrada é facilmente explicável. A Ruta Nacional 40, seu nome oficial em espanhol, é uma das maiores estradas do mundo. Ela vai do Cabo Virgenes, no Sul, em plena Patagônia – à beira do Estreito de Magalhães – até o extremo norte da Argentina, em La Quiaca, Provincia de Jujuy, próximo à Bolívia. além disso, ela corre paralela à Cordilheira dos Andes.
Cenários naturais exuberantes
Ao longo de cerca de 5.200 km, a estrada Rota 40 é vizinha de glaciares ao Sul e desertos ao Norte. Em seu caminho encontra vinte Parques Nacionais e Monumentos Naturais, bem como cruza 236 rios e 27 postos de fronteira com o Chile. Das 7 Maravilhas Naturais da Argentina, eleitas pelo voto popular, quatro ficam em seu caminho. São elas: o Glaciar Perito Moreno, o deserto de Salinas Grandes, o Parque Nacional de Talampaya e o Parque Nacional de Nahuel Huapi, em torno do lago que banha a cidade de Bariloche.
A Rota 40 começa próxima ao nível do mar, no Sul, no farol do Cabo Vírgenes. Porém, chega a 4.895 metros de altitude, no trecho rodoviário mais alto do continente americano, ao passar por Abra del Acay, na Província de Salta, ao Norte.
Famosa mundialmente
Presente em diversas listas das estradas mais cênicas do mundo, a Rota 40 é acessível de diversas maneiras pelos brasileiros. Para quem mora no sul do país, é possível chegar lá de automóvel ou moto. Entretanto, para quem mora mais longe, chega-se de avião em alguma das cidades maiores ao longo do caminho, como Mendoza, Salta ou Bariloche e de lá alugar um veículo.
Como seu percurso é imenso – maior que a distância entre Madri (Espanha) e Moscou (Rússia), por exemplo – a grande maioria dos viajantes prefere escolher um determinado trecho para sua viagem. Assim, e27ntre as possibilidades está a região da Patagônia, que tem invernos rigorosos. Porém, os motociclistas consideram que a melhor época para viajar é justamente no verão, de dezembro a março.