Quem nunca sonhou com uma viagem à África do Sul para viver a experiência de um safári entre animais ferozes nas misteriosas savanas do país? Certamente esse é o sonho de viajantes mundo afora. E não é por menos. Uma viagem dessas fica marcada eternamente na memória e nas muitas fotos e vídeos dos turistas.
África do Sul possui diversas reservas − públicas e privadas −, algumas próximas e outras nem tanto, para a realização de um safári fotográfico. O Kruger National Park – um dos dez principais parques do planeta – é um dos mais antigos do país. Tem mais de 2 milhões de hectares espalhados por cerca de 400 quilômetros desde Mpumalanga ao sul até Northern Province ao norte. Além de outros 70 km de leste a oeste.
O Kruger abriga 300 espécies de árvores, 33 tipos de anfíbios, 114 de répteis, 50 de peixes, 507 de aves e 147 de mamíferos. Partindo da cidade de Johanesburgo há voos diários com duração de 1h10. Por via terrestre o percurso com cerca de 600 quilômetros é feito em seis horas de viagem.
Diversas reservas particulares estão localizadas próximas ao Kruger Park. Ao sul, em Mpumalanga, os lodges organizam safári no parque. É o caso do Protea Kruger Gate Lodge, The Winkler e o Malelane Sun. Anexo a ele está a reserva de Mala Mala.
Já na Sabi Sands estão algumas reservas particulares de luxo: Sabi Sabi, Singita, Londolozi, Ulusaba entre outras. Ao norte, em Northern Province, estão as reservas de Kapama, Thornybush, Makalali, Ngala, Mostwari, Royal Malewane e algumas fora da área do Kruger Park.
As reservas africanas oferecem diferentes tipos de acomodações. Em todas vivem grande variedade de animais e pássaros que revelam a verdadeira essência do chamado continente negro. Mas a grande atração de um safári é mesmo o chamado “Big Five”, os cinco grandes animais da África: elefantes, rinocerontes, búfalos, leopardos e leões.
A aventura de um safári começa com os grupos de turistas embarcando em grandes jipes Land Rover com tração 4×4 em busca dos animais. Logo no início as girafas e os rinocerontes são avistados em grande quantidade.
As emoções e as fotos se sucedem a cada nova espécie avistada. A tensão aumenta quando o jipe fica cercado por uma manada de elefantes.
Os paquidermes costumam derrubar árvores de amarula para comer os frutos e suas raízes. Comem também os que estão caídos no solo e em processo de fermentação o que os deixam “bêbados”.
Mas o ponto alto do passeio é o encontro com os leões. O veículo chega a poucos metros dos ferozes animais. Os experientes guias solicitam que os turistas fiquem em silêncio e que não façam movimentos bruscos para não incomodar as feras. Melhor atender!
Assim como no nascer do dia, o entardecer também garante um espetáculo à parte. Ao final dessa aventura fantástica e inesquecível o grupo volta aos lodges. E, quando a noite cai, uma nova emoção toma conta dos visitantes. O céu na savana adquire uma coloração alaranjada e muda a cada instante até ser tomado por uma imensidão de estrelas. É o momento para parar e observar o espetáculo. De preferência saboreando um bom vinho sul-africano.
Mas a experiência de um safári não estará completa se você não participar de um passeio noturno no habitat dos animais. A emoção é muito maior. É à noite que o último animal do grupo dos cinco grandes, o leopardo, costuma aparecer. Animal de hábitos noturnos, fica no alto das árvores à espreita. É difícil enxergá-los mas, mesmo assim, vale à pena. Você pode até não ver alguns animais, mas o fato de saber que eles estão ali, observando, faz o seu coração bater mais forte.
Na volta ao hotel outra surpresa. Os valentes aventureiros são recepcionados com coquetéis de frutas típicas e comidas exóticas servidas ao ar livre. Mesas sob as árvores, protegidas por bambus e no centro do terreno uma grande fogueira. Entre os pratos servidos no jantar predominam as carnes de caça. Há várias opções, mas o visual e o sabor dos suculentos bifes de impalas à milanesa são irresistíveis. Os animais e insetos noturnos garantem o fundo musical com uma verdadeira sinfonia de sons. Uma experiência única, saborosa e inesquecível.
Não se empolgue com o vinho e nas conversas porque, na manhã seguinte, às 5 horas, o telefone do quarto irá tocar para chama-lo a um novo safári. Por que tão cedo? Esse é o horário para observar o show proporcionado pelos pássaros. Você esquecerá do sono ao observar as espécies de plumagem coloridíssimas que emitem sons de todos os tipos.
A atração principal é a imponente águia sul-africana. Ela pousa nos galhos mais altos das árvores e parece saber que está sendo admirada e fotografada. Após alguns instantes nesse impensável ensaio fotográfico ela abre suas asas e alça voo. Um espetáculo incrível!
Conforto e sofisticação na selva
Uma das boas opções de passeio e hospedagem é o Kapama Private Game Reserve, uma reserva particular com 12 mil hectares de terras preservadas e muito bem cuidadas. O Kapama oferece três diferentes tipos de hospedagem.
O Buffalo Camp, com grandes barracas de camping dotadas de completa infraestrutura e montadas sobre estruturas de madeira elevadas do solo. A Nyala House, uma grande casa com quatro quartos, banheiros, sala, cozinha, churrasqueira e piscina. E o Kapama Lodge, confortáveis cabanas equipadas com ar condicionado, telefone, ducha quente e banheira. As instalações luxuosas incluem recepção aberta 24 horas, salas de conferência e de leitura, salão de chá, restaurante, área isolada e ao ar livre para jantares, piscina e confortáveis chalés.
SERVIÇO
Moeda – Rand Sul-Africano (R)
Idioma – Possui 11 idiomas oficiais. O inglês é muito falado. Os outros são: Afrikaans, isiNdebele, Northern Sotho (Sepedi), Southern Sotho (Sesotho), isiSwati, XiTsonga, SeTswana, TshiVenda e isiZulu.
Fuso horário – +5h em relação ao horário de Brasília.
Visto – Não exige visto para brasileiros com permanência de até 3 meses.
Clima
Por estar abaixo da linha do Equador as estações são similares às do Brasil. Durante o verão, as temperaturas mais altas ocorrem nos meses de dezembro e janeiro. Em quase todo o país, o clima é quente e agradável durante o ano todo. As chuvas são frequentes entre outubro e março.
Saúde
Febre Amarela – É preciso tomar vacina contra febre amarela um mês antes de embarcar e apresentar o Certificado Internacional de Vacina da Febre Amarela quando chegar ao destino.
Malária – Também é necessário tomar remédio contra malária antes de visitar reservas e parques de áreas afetadas pela doença. O remédio deve ser tomado 24 horas antes e, depois, uma vez por semana durante cinco ou seis semanas. A medicação pode ser obtido sem receita médica nas farmácias da África do Sul.
Como chegar
A South African Airways oferece voos diários e diretos para Johanesburgo partindo do Aeroporto Internacional de São Paulo. A viagem tem duração de 10 horas.
Dicas
Compras – Turistas estrangeiros podem ter o imposto sobre circulação de mercadorias (VAT) restituído, caso o valor das compras excedam R 250. Procure postos localizados nos aeroportos, portos e alfândegas. É necessário apresentar a fatura original, o formulário de controle de reembolso do VAT, seu passaporte e o item adquirido.
Limites alfandegários – São permitidas compras até o valor de R 500. Alguns limites devem ser observados: 400 cigarros, 255g de tabaco, 50 charutos, 1 litro de bebida alcoólica, 2 litros de vinho, 300ml de perfume e 1,5 litro de água de colônia.
Água – Por lá é seguro beber da torneira, a menos que exista avisos alertando da ingestão. Porém, não é recomendável a ingestão de água de riachos e/ou córregos, pois podem estar poluídos.
Armas – É permitido a entrada desde que sejam para fins de caça, porém com licença temporária para o período da caçada. Necessário entrar em contato com a companhia aérea, no mínimo três semanas antes da partida, para obter maiores detalhes.
Pacotes turísticos
Foto do destaque: Pixabay