Motivada por falta de componentes e o efeito da pandemia na cadeia mundial de suprimentos, a crise na produção automotiva prosseguiu em 2021 e adentrou este ano. Mesmo diante desse cenário, as locadoras de automóveis no Brasil conseguiram crescer.
O presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), Marco Aurélio Nazaré, junto do conselheiro gestor da entidade, Paulo Miguel Junior, apresentaram os dados atualizados do desempenho do setor automotivo no lançamento do Anuário ABLA, por exemplo, quais são os carros preferidos das locadoras. Bem como irão abordaram como as empresas estão lidando com a alta dos combustíveis e as tendências do mercado de aplicativos, entre outros assuntos.
O presidente da ABLA, falou sobre as perspectivas e projeções para 2022. “O setor apresentará crescimento acelerado acima de dois dígitos este ano”, disse.
Atualmente, pouco mais de 13,9 mil locadoras funcionam no Brasil. Em 2021, o setor deu um salto de 33,5%, atingindo o faturamento recorde de R$ 23,5 bilhões, que representa crescimento de 7,8% na comparação com o faturamento verificado em 2019 (ano anterior ao início da pandemia). Em 2019, o setor havia fechado o ano com faturamento de R$ 21,8 bilhões. Em 2020, o faturamento da atividade havia sido de R$ 17,6 bilhões, ainda sob o impacto das rígidas medidas de isolamento social causadas pela Covid-19.
De acordo com o conselheiro Paulo Miguel Junior, em 2021 foram registrados 50,1 milhões de usuários de aluguel de carros, ante 44,6 milhões em 2020 – crescimento de 12,3%. Já no comparativo com o período anterior à pandemia, em 2019, houve 49,6 milhões de usuários ao longo daquele ano. “Acreditamos que o crescimento siga aquecido este ano, apesar da inflação e outros fatores externos que possam atrapalhar um pouco. Se pegarmos de 2019 para 2021, tivemos crescimento de quase 9%. Tem espaço para continuar crescendo, embora sabemos que a indústria não conseguirá nos atender no volume necessário para abastecer o setor”, explica.