Mesmo com os desafios trazidos pela Covid-19, a temporada de cruzeiros 2021/2022, que começou em 5 de novembro de 2021 e será finalizada no próximo dia 22 de abril, registrou uma oferta de 193,9 mil leitos, com cinco navios, 56 roteiros e 183 paradas. Durante os dias 3 de janeiro e 5 de março, a temporada foi suspensa voluntariamente pelas companhias por causa da pandemia.
Os dados, estimados pela CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) revelam um impacto econômico de aproximadamente R$ 1,08 bilhão, número que engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto as despesas de cruzeiristas e tripulantes, além da geração de 13.936 empregos.
Nessa temporada, os navios foram recebidos por 12 destinos: Ilhabela e Santos, em São Paulo; Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Búzios, e Ilha Grande, no Rio de Janeiro; Balneário Camboriú, Itajaí e Portobelo, em Santa Catarina; Maceió, em Alagoas; Ilhéus e Salvador, na Bahia.
“Os números mostram a resiliência e capacidade de retomada do setor de turismo, assim como o alto nível dos protocolos criados com as autoridades nacionais, que garantem a segurança e a saúde dos nossos hóspedes”, comenta Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
Entre os protocolos, destacaram-se a ocupação máxima de 75% dos navios, testes diários de mais de 10% da tripulação e dos passageiros, obrigação de testes pré-embarque, vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes (elegíveis dentro do Plano Nacional de Imunização), uso de máscaras, ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes, plano de contingência com corpo médico especialmente treinado e estrutura com modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes, entre outros.
Temporada 2022/2023
Para a temporada 2022/2023, prevista para ser iniciada em outubro, o setor tem perspectivas muito positivas, com uma expectativa de um recorde de impacto econômico, de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, número que pode superar em três vezes a temporada atual e em 47% a temporada 2019/2020, a última realizada antes da pandemia do Covid-19.
Com isso, o setor deve ofertar mais de 680 mil leitos, com 626 paradas e 160 roteiros, gerando também 44 mil empregos no país de forma direta, indireta e induzida. Isso inclui postos de trabalho gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor, como agências de viagens e operadoras de turismo. E o impacto motivado pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, que beneficia setores como o comércio varejista – despesa com compras e presentes, alimentos e bebidas, transporte antes e/ou após a viagem, passeios turísticos, transporte nas cidades visitadas e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro.