Um dos principais critérios para avaliar a cultura de um povo é o quanto a arte está presente na vida de cada cidadão. Assim sendo, sua valorização se concretiza na importância dos museus, já que são espaços que contam a história da arte e da humanidade. Pensando nisso, Marisa Melo, artista, curadora artística, crítica de arte e fundadora da galeria de arte itinerante UP Time Art Gallery, dá dicas na França para quem ama uma viagem cultural.
Afinal de contas, a arte europeia, por exemplo, apresenta a sua trajetória desde a pré-história até a arte contemporânea e moderna, em um período que compreende quase 40 mil anos. Entretanto, foi na Idade Média que foram criadas as principais bases estéticas e técnicas da pintura, que são praticadas até hoje no mundo todo.
“Já estive em muitos lugares do mundo prestigiando a arte, mas nenhum deles me tocou tanto como os museus europeus. Por lá se respira arte. Nos últimos 2 anos, estive mais envolvida em exposições na França e, por isso, vou compartilhar os pontos artísticos mais interessantes para se conhecer nesse país incrível”, comenta Marisa Melo.
Na França, Marisa realizou um tour e aponta, abaixo, os principais museus que todo brasileiro que ama cultura deve visitar quando viajar para lá. Confira:
Museu do Louvre – Paris
O maior museu de arte do mundo, com um acervo de 35 mil obras. As coleções do Louvre são separadas em oito grupos: antiguidades egípcias, antiguidades gregas, etruscas e romanas, antiguidades do Oriente Médio, arte islâmica, pinturas, esculturas, artes decorativas e impressões/desenhos.
Diferencial: “O museu do Louvre não exibe arte moderna. As obras de arte mais antigas têm 7.000 anos e as mais recentes são do ano de 1840. Esse palácio de arte histórica é para quem realmente tem interesse nas origens artísticas e em apreciar a origem da cultura no mundo.”, conta Marisa.
Grand Palais – Paris, França
Monumento consagrado pela República que chama a atenção para a glória da arte francesa. Foi construído na mesma época que a torre Eiffel e representa uma jóia arquitetônica de Paris. Encontro de cultura, o Grand Palais apresenta exposições que são divididas entre os muitos salões, cada um com uma temática diferente.
Diferencial: “Esse palácio recebe todo tipo de evento cultural francês, desde mostras de artes plásticas, moda, fotografia, música, dança, cinema, teatro e até mesmo esporte, sempre com objetivo de valorizar o que eles têm de melhor dentro do país.” aponta.
Palácio de Versalhes – Versailles
O palácio foi uma das construções mais caras e extravagantes já erguidas em todo o mundo. Os reis da França viveram nele por mais de 100 anos. Hoje, serve como museu e abre suas portas para que os turistas conheçam os cômodos e apreciem a arte e decoração do que existia de mais luxuoso nos séculos 17 e 18. Além de terem acesso também ao belo e famoso jardim.
Diferencial: “É interessante perceber que a arte está tão intrínseca no europeu que um monumento tão grandioso requer muita arte para ser considerado sofisticado e luxuoso. Com o pé direito alto, o palácio abriga obras de arte enormes, que ocupam a parede inteira. Além dos mínimos detalhes, como louças, todas pintadas à mão.”, analisa Maria Melo.
Outros museus pela Europa
Confira, de bônus, alguns dos outros templos sagrados da arte no continente europeu e destacados por Marisa:
- Rijksmuseum, em Amsterdã (Holanda) – Considerado o Museu Nacional da Holanda, é conhecido por ter uma das coleções mais extensas de obras do mundo.
- Museu do Prado, em Madri (Espanha) – O mais importante do país, onde são encontrados marcos na história da pintura;
- Galleria Degli Uffizi, em Florença (Itália) – Um verdadeiro palácio em Florença, abriga um dos mais antigos e famosos museus do mundo e leva o visitante à diferentes períodos artísticos;
- Hermitage, em São Petersburgo (Rússia) – Museu com vasta coleções de itens dedicados à arte da história ocidental.
“Falamos de culturas diversas, mas o apreço à arte é um elo comum a todas. Sejam holandeses, espanhóis, italianos ou russos, todos cultuam e respeitam o riquíssimo legado cultural que receberam, eternizando a noção de que a Arte representa algo superior, que nos distingue como seres humanos, em um nível que transcende as diferenças de idiomas, climas e tradições.”, finaliza Marisa Melo.