 Muito da chamada Turismofobia, é por conta do perfil desse público. Tanto é que, existe a discussão: turista x viajante. Há quem não veja diferença, mas ela existe. Principalmente de postura. Viajante tem espírito aventureiro, quer conhecer tudo e um pouco mais – da cultura as pessoas –, e não apenas ir aos ícones locais. Tanto é que gostam de ter experiências imersivas. Diferente do turista, que tende mais para o clichê. Por isso são sempre estereotipados como aqueles com as câmeras fotográficas penduradas no pescoço, que não largam o celular para tirar fotos e que tendem a ser barulhentos e espaçosos.
Muito da chamada Turismofobia, é por conta do perfil desse público. Tanto é que, existe a discussão: turista x viajante. Há quem não veja diferença, mas ela existe. Principalmente de postura. Viajante tem espírito aventureiro, quer conhecer tudo e um pouco mais – da cultura as pessoas –, e não apenas ir aos ícones locais. Tanto é que gostam de ter experiências imersivas. Diferente do turista, que tende mais para o clichê. Por isso são sempre estereotipados como aqueles com as câmeras fotográficas penduradas no pescoço, que não largam o celular para tirar fotos e que tendem a ser barulhentos e espaçosos.
Claro, não podemos generalizar, mas ao longo dos anos é esta a imagem que se tem dos turistas, e aí está um dos motivos de não serem tão queridos as vezes. Por mais que influenciam na economia local nem sempre compensa o incomodo e transtorno. Já que muitos não tem o menor zelo pelo destino. Tratam como apenas mais um na bucketlist. Em contrapartida os viajantes tendem a se misturar, sem atrair muita atenção para si mesmo, já que o que interessa para eles é aproveitar e conhecer ao máximo.
A parte a isso, deve se levar em conta também outros importantes fatores para tal aversão. Como o fato que muitos habitantes possuem aquele famoso sentimento bairrista, e não querem dividir com estranhos suas vidas e cidades. E a grande quantidade de turistas influencia no equilíbrio de um lugar, ou seja, atrapalha o dia-a-dia, já que visitantes e moradores precisam compartilhar os mesmos recursos, serviços e espaço público. E tem casos que é por conta da estrutura, pois nem sempre se trata de não ser fã, mas de o destino não comportar tanta gente.

Em alguns casos a fobia com relação aos turistas é frente a preservação. Algo que acontece inclusive aqui no Brasil, em lugares como Fernando de Noronha, que mantém uma taxa ambiental. A cobrança serve para custear projetos de conscientização de moradores, melhorar a infraestrutura local e controlar o fluxo de visitantes.
 Há outros lugares que possuem restrições específicas para um determinado tipo de turista, como os tatuados que não são bem vistos no Japão, onde a tatuagem ainda é tabu. Tanto é que, quem tem é proibido de frequentar as tradicionais casas de banho termal públicas, as onsen. Uma coisa é certa, a parte a qualquer que sejam os motivos destes e outros lugares não deixam de ser incríveis!
Há outros lugares que possuem restrições específicas para um determinado tipo de turista, como os tatuados que não são bem vistos no Japão, onde a tatuagem ainda é tabu. Tanto é que, quem tem é proibido de frequentar as tradicionais casas de banho termal públicas, as onsen. Uma coisa é certa, a parte a qualquer que sejam os motivos destes e outros lugares não deixam de ser incríveis!
Confira então onde rola a chamada Turismofobia. Adiantamos que alguns podem surpreender por, ironicamente, serem tão turísticos.
Barcelona – Não estranhe ao se deparar pela cidade com pichações, cartazes e avisos em paredes e postes como “Turist, go home” (“Turista, volte para casa”) e “El turismo mata a la ciudad” (“O turismo mata a cidade”). Em 2016 foi a 12ª cidade mais visitada do mundo e a 3ª da Europa, atrás de Londres e Paris. Foram 8 milhões de visitantes. Para tentar frear um pouco o destino implementou ações como taxa turista.

Veneza – Apesar dos benefícios na economia, a cidade italiana recebe anualmente cerca de 30 milhões de turistas. Por isso foram tomadas medidas para preservar sua estrutura e tradições. Entre elas a proibição de abertura de novos restaurantes de fast food, instalação de catracas nas três pontes de acesso à cidade e nos terminais onde desembarcam cruzeiristas. E há ainda a possível (em análise) cobrança de ingresso para visitar a icônica Praça San Marco.

Amsterdã – Com 800 mil habitantes, o destino holandês recebe anualmente cerca de 17 milhões de turistas. Este ano, durante o Fórum Mundial de Turismo, na Suíça, o diretor executivo de Marketing de Amsterdã, Frans Van der Avert chegou a afirmar que “as cidades europeias estão morrendo pelo turismo”. E por isso não vão mais investir em sua comercialização. A preocupação não é quantidade e sim qualidade dos visitantes. A motivação é receber quem esteja interessado de fato em Amsterdã, e não apenas em busca de farra e curtição.

Arlington – Apesar do sul dos Estados Unidos ser considerado uma das regiões mais hospitaleiras do país a cidade texana vai contra o fluxo. Uma pesquisa classificatória realizada pela empresa de táxi aéreo americana Stratosjets, mostrou isso ao avaliar os melhores e piores comentários no Twitter sobre visitantes em cidades americanas. Arlington se mostrou a mais hostil.

Machu Picchu – A Cidade Perdida dos Incas também teve que restringir o número de visitantes para não sofrer um colapso. O destino mais visitado do Peru resolveu ceder as “ameaças” da Unesco em colocar o sítio arqueológico na lista dos locais ancestrais em risco. Sendo assim, o acesso só será permitido com um guia oficial certificado, com grupos limitados a 16 pessoas e os ingressos estão disponíveis somente para dois horários: às 6 horas e às 17h30.

Roma – A capital italiana é outra que se cercou de ações que ajudem ao menos controlar o intenso fluxo de visitantes que recebe. É o caso da implementação pelo governo de limitar o acesso a monumentos históricos, como a Fontana di Trevi – que recebe por dia 30 mil pessoas.

Santorini – Uma das mais belas e populares ilhas gregas é muito procurada por turistas de cruzeiros o que a deixa sobrecarregada. Em 2016, durante a alta temporada – entre maio a setembro – o destino recebeu por dia 10 mil cruzeiristas, número este que as autoridades locais querem diminuir para 8 mil a partir deste ano. A ideia não é evitar, mas conter a quantidade excessiva.

Ilhas Koh Khai – Apesar de ser conhecida como a Terra do Sorriso e ser um dos mais amáveis países com relação a receber os turistas, desde outubro de 2016 o governo da Tailândia fechou Koh Tachai, parte do Parque Nacional Similan. Como forma de preservação e para se regenerar do elevado grau de deterioração ambiental turistas estão banidos de Koh Khai Nok, Koh Khai Nui e Koh Khai Nai.

Galápagos – Um dos ícones do Equador, devido a proteção de sua biodiversidade é cuidadosamente monitorado para que não haja mais impacto na saúde ou vida selvagem das ilhas. Os turistas só podem acessar locais específicos e devem aderir algumas regras, incluindo o acompanhamento de um guia certificado.

Cinque Terre – A Itália em peso nesta lista. Compreensível, já que se trata de um país muito visado turisticamente. Patrimônio Mundial da Unesco, a região também passou a limitar o número de visitantes a a 1,5 milhão por ano, um milhão a menos do que recebia até 2015. Muito por conta de questões ambientais. O destino também pretende introduzir cobrança aos turistas que querem conhecer a área costeira.

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