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Um giro por Bogotá, a dinâmica capital da Colômbia

Preciso confessar algo, eu tinha certos “preconceitos” com relação a América Latina. A paixão por viajar tenho desde pequena, mas era daquelas que queria ir o mais longe possível. Acabei demorando a descobrir os encantos dessa incrível região. Mas, já diz o ditado popular: antes tarde do que nunca. E tudo começou com o Deserto do Atacama, no Chile. Em breve conto sobre ele, por hora o destino é outro, mas igualmente fascinante: a cheia de vida e cor, Colômbia. A começar por sua vibrante capital, Bogotá!

Ao pensar no país logo me vinha em mente duas coisas: a cantora Shakira e o café, que sempre ouvimos dizer que era o melhor. De fato é! Minha noção com relação ao destino ganhou uma amplitude que eu se quer poderia imaginar. Que lugar lindo − e mágico!

Comece a explorar a Colômbia por sua dinâmica capital. Bogotá é uma grata surpresa e ponto de partida ideal para a cênica Cartagena das Índias e as praias de sonho de San Andrés. Essa metrópole vai merecer sua atenção, por isso lhe dedique ao menos 3 dias. Há muito que ver e fazer por lá. É o caso da gastronomia, um dos seus principais atrativos, diga-se de passagem. E eu que achei que não conseguiria comer nada por ser um tanto fresca… Pura bobagem come-se muito bem, obrigada.

Sendo assim, anote aí o que você precisa experimentar:
© Pixabay 

As famosas arepas, elas vão ter perseguir por todo canto. Sem brincadeira, qualquer esquina tem alguma barraquinha vendendo. E meu amigo, você vai querer provar. Além de tradicionais, esse tipo de pão feito de milho com diferentes recheios é bem gostoso. Ainda mais quando está quentinho. Hummm!

Em matéria de prato principal, por assim dizer, destaco o ajiaco, símbolo da capital, é uma sopa de milho com frango servida com abacate e arroz de coco. Bem como o tamal, arroz temperado com carne de frango e servido em uma folha de bananeira.

Se estiver com muita fome, encare a bandeja paisa, que está para o colombiano o que a feijoada está para nós brasileiros. E por falar no Brasil, não é só por aqui que encontramos um bom churrasco. O que foi algo que nem poderia imaginar, até então sabia apenas dos nossos hermanos argentinos que também mandavam bem no assunto. As carnes são macias, suculentas e muito bem temperadas. Em suma, uma delícia.

Para beber, prove a aguapanela, uma espécie de chá feito à base de açúcar caramelizado, ou refresque-se com um suco de lulo, uma frutinha azedinha cujo néctar se mostra um deleite ao paladar.

© Carol Maia

Há diferentes locais bons para se comer bem em Bogotá, mas se eu fosse destacar um, diria na lata: Andrés DC. Um lugar “muy loco”, mas no bom sentido. É esse espaço situado em uma galeria na calle 82 entre as carreras 12 e 13, no centro comercial El Retiro.

São quatro andares que remetem à obra Divina Comédia, de Dante Alighieri. Ao entrar você se encontrará no inferno, na sequência a Terra, o purgatório e então o céu. Com uma decoração kitsch bem alegre e colorida, seria caótico, não fosse o fato de ser tudo até que muito bem harmonioso.

E se não bastasse o lugar em si ser fantástico, as opções do longo cardápio também são. Por isso, quando em Bogotá não deixe de ir ao Andrés DC, é quase que como uma atração turística. Sério! 🙂

Atrativos turísticos

Familiarizado com a culinária típica é hora de conhecer os pontos turísticos, então nada mais justo que começar pelo principal cartão-postal de Bogotá, o Cerro Monserrate. O Cristo Redentor da capital colombiana. A analogia é válida, já que – de fato – se trata do principal ícone da cidade. Utilizado na fundação do destino, como referência geográfica para o traçado das ruas e avenidas, está a 3.152 metros acima do nível do mar.

© Pixabay 

O acesso até o cerro é via teleférico, funicular ou a pé. Este último caso recomendado apenas aos adeptos de uma boa caminha ou de muito espírito aventureiro, pois a subida é puxada. Sem contar que ainda é preciso levar em consideração a altitude, que pode gerar certo desconforto, como tonturas e enjoos. Por isso, na minha humilde opinião, opte por outra alternativa, até mesmo para garantir mais tempo aproveitando o lugar em si.

Que, além de um excelente mirante, é ponto de peregrinação, já que no topo fica o Santuario del Señor Caído de Monserrate, fundado em 1640. Para chegar até ele, é preciso seguir o caminho da Via Crucis: são 14 esculturas que representam a Paixão de Cristo. Ao lado da igreja há uma feirinha de artesanato com produtos típicos. Inclusive, quem quiser, pode aproveitar para experimentar o famoso chá de coca, que, de quebra, ameniza um pouco os efeitos da altitude.

Opte por ir num dia que não esteja nublado, e assim garantir um panorama mais bonito lá do alto. E de preferência, vá na parte da manhã, deixe a tarde para explorar (a pé mesmo) as calles do centro antigo e seus encantos históricos. Principalmente o bairro La Candelaria, onde estão os principais museus da cidade (que conta com 58), assim como a Plaza Bolívar, coração de Bogotá, que foi fundada em 1538 pelos espanhóis.

© Pixabay 

Nessa região você irá encontrar a  Catedral Primada, construída e destruída várias vezes entre 1538 e 1823; o capitólio nacional, que reúne o congresso, a prefeitura (Alcadia Mayor) e a Casa del Florero, o Museu Histórico de 20 de julho (data da independência do país, em 1810) e uma estátua do libertador Simón Bolivar.

Subindo a Rua 11 siga rumo ao Centro Cultural Gabriel García Márquez, em um edifício de arquitetura bacanérrima assinada por Reglio Salmona. O local, que leva o nome de um mestre da literatura – ao qual devo admitir desde já que sou fã, e na matéria sobre Cartagena vão notar bem isso –, foi inaugurado com a proposta de concentrar todas as formas de cultura em um único prédio.

A entrada é gratuita, e uma vez lá dentro será inevitável não notar como cumpriram bem essa ideia. Tem biblioteca, espaço para exposições temporárias e uma livraria com mais de 70 mil títulos! Finalize a visita na cafeteria tomando um Juan Valdez, uma das marcas de café mais tradicionais e que, ao que me disseram, faz jus ao autêntico cafezinho colombiano.

Bem em frente, outra atração que vale a visita é o Museu Botero, que vai além das esculturas gordinhas do artista colombiano Fernando Botero. A coleção de arte, tida como uma das três melhores da América Latina, conta com obras de, Degas, Marc Chagall, Matisse, Miró, Monet, Picasso, Renoir e Salvador Dalí.

Na sequência, siga em direção ao Parque de Santander, pois na esquina da Carrera 6 com Calle 16 está situado o famoso Museu do Ouro, com a mais completa coleção mundial de artefatos produzidos pelas civilizações pré-hispânicas. O acervo, de 34 mil peças, está dividido em cinco ambientes e as estrelas do local são a Poporo femenino (escultura de ouro datada de 400 a. C) e a Balsa Muisca (símbolo da lenda de El Dorado).

Esticadinha básica

A 50 quilômetros de Bogotá, na compacta cidade de Zipaquirá, fica a Catedral do Sal, considerada a Primeira Maravilha Turística da Colômbia. Mesmo que não seja religioso, vá. A estrutura do lugar em si já vale a visita: está cavada a 180 metros de profundidade em uma mina de sal ainda ativa.

© Pixabay 

São 72 arcos de sustentação na entrada e mais de dois quilômetros de extensão. Pelo caminho, a peregrinação de Cristo é retratada em 14 estações da Via Sacra. Na capela principal, um dos destaques é a escultura inspirada na feita por Michelangelo na Capela Sistina, no Vaticano (Itália).

Quer saber mais sobre a Colômbia? Clique aqui e descubra Cartagena.

Foto do destaque: Pixabay
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